Política

Waldez afirma que anunciar fim do parcelamento de salários durante a campanha seria “estelionato eleitoral”

Em entrevista à rádio Diário (90,9FM), Waldez Góes (PDT), que disputa a reeleição, declarou que afirmar que vai acabar com parcelamento de salários em plena campanha é “estelionato eleitoral”.


Candidato à reeleição para o governo do Amapá, Waldez Góes (PDT)

Segundo entrevistado no programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) o candidato à reeleição para o governo do Amapá, Waldez Góes (PDT), disse que anunciar fim de parcelamento de salários de servidores em plena campanha seria um verdadeiro “estelionato eleitoral”.

Diário – Após tantos anos na vida pública, em especial ocupando cargos eletivos, o senhor já consegue conviver com todos os segmentos políticos?

Waldez – Amadurecemos muito nessa caminhada política. Jjá venci muitas eleições e também fui vencido, mas sempre administrei com sabedoria as minhas vitórias e as vitórias dos adversários. Uma coisa que aprendi muito na vida política é respeitar a opinião contrária; vivemos na democracia e temos que fortalecer o processo democrático com nossas atitudes; há democracias melhores, mais aprimoradas, mais maduras, mas melhor sistema político que democracia não existe.

 

Diário – Nesses três mandatos de governador o senhor enfrentou momentos diferentes, e neste último com o Brasil e o Amapá mergulhados em uma crise profunda. Como o senhor avalia esses cenários?

Waldez – Governei num período em que o Brasil cresceu em todos os setores sociais e produtores, todos! O povo permitiu e eu participei dos melhores momentos; mas peguei um período que me foi entregue pelo PSB com o governo do estado desacreditado, com um enorme déficit, dívidas, com atraso de salários de até cinco meses, além da crise no governo Temer. Eu tive que administrar essas duas confusões, digamos assim. Arregacei as mangas, não fiquei choramingando nos corredores e mantivemos os salários dos servidores, os serviços… Construímos com os sindicatos e com os servidores esses avanços e conseguimos fazer o estado progredir.

 

Diário – O que levou seu governo a parcelar o salário dos servidores e como pretende retomar o pagamento integral?

Waldez – Eu inaugurei uma época de pagar os salários dos servidores todo dia 25 do mês corrente. Quem fez isso em tempos melhores fui eu, mas recebi o estado com muitas dividas. Só o empréstimo feito pelo governo Capiberibe foi de R$ 1,4 bilhão, e quem começou a pagar essa dívida fui eu, a partir de 15 de janeiro de 2015. Fui pro dialogo, fiz dezenas de reuniões com sindicatos e coletivas. Numa só eu reunia 28 sindicatos, construindo negociação com 28 seguimentoss que pensam diferente, defendem ideologias diferentes, outros projetos que não necessariamente me apoiam; mas com sabedoria e grandeza para o diálogo, discuti com eles a realidade fiscal do estado antes de fazer uma equação fiscal para garantir o pagamento dos salários, do 13º, das correções e progressões. Ainda na crise eu consegui dar 11% de reajuste para os servidores da Educação, no diálogo e de forma transparente. Ainda me falaram pra eu pagar integralmente os salários durante a campanha, mas recusei, disse que não aceitaria porque não poderia brincar com coisa séria, não poderia brincar com o servidor; não poderia pagar dois, três meses de uma vez e depois voltar ao parcelamento, pois seria um estelionato eleitoral. E isso, não aceitei e nem aceitaria; e mais de 133 mil eleitores me deram a vitória (no 1º turno), mostrando que a sinceridade, a honestidade na palavra tem mais valor.

Diário – O colunista da Revista Diário, Rugatto Boettger, em recente artigo comentou que o Amapá deu um passo errado ao brigar para virar Estado, por achar que a nossa economia ainda estava engatinhando e por isso não poderia se dar ao luxo de abrir mão do reforço significativo de caixa da União. O senhor concorda?

Waldez – Eu respeito (a opinião dele); a gente na democracia deve respeitar os conhecimentos, as belas ideias. Nunca tive problema de ser convencido, pela capacidade de escutar, de defender opiniões e construir decisões no coletivo. Respeito na maioria das vezes pensamentos como esses do Rugatto, mas estou com a decisão do Constituinte que criou o Estado. Tivemos avanços, construímos a infraestrutura no governo Barcellos, mas depois, de 1995 a 2002, não se trabalhou na infraestrutura, o processo de desenvolvimento se fechou no estado para implantação de programas de desenvolvimento, porque o governo tinha discurso ambientalista; quem criou o programa de desenvolvimento regional integral, com a construção de rodovias, portos e aeroporto fui eu, para aproximar as regiões distintas do estado e aproximar o desenvolvimento. Tivemos uma década perdida, onde programas de desenvolvimento estadual eram expurgados por um discurso ambientalista, de perseguição, de controle do plantio de soja, de mineração; era pra estarmos muito melhores se de 1995 a 2005 tivéssemos uma abertura do estado para o processo de desenvolvimento.

 

Diário – Com a corrupção escancarada e a política em crise no Brasil, por que sua opção de continuar no governo se uma eventual eleição para o Senado seria mais confortável?

Waldez – Construí os programas necessários com os agentes responsáveis pelas instituições públicas, com os servidores públicos – e agradeço profundamente a todos os servidores civis e militares porque seria difícil a tarefa se fosse só minha pra fazer a travessia. Enquanto muitos estados não conseguiram e se afundaram ainda mais na crise, nós saímos da posição de 15º Estado e somos o 5º. Somente o orçamento de pessoal era de quase R$ 900 milhões e conseguimos reduzir em quase 40%, com a organização do estado e controle, fazendo a abertura necessária para ingresso no processo de industrialização, tanto que já estamos com uma indústria de trigo e uma indústria de placas solares, além de uma indústria de ração que já está sendo processada para ser inaugurada em janeiro, e também uma indústria de fécula; recebemos o Estado, que o PSB me entregou, com tantos problemas e conseguimos superar. Agora vamos colher os frutos a partir de 2019, trabalhar na implantação de novas indústrias e na verticalização da proteína animal; tudo isso me encoraja e também me torna responsável de continuar esse trabalho com quem me ajudou a construir.

 

Diário – São muitas as afirmações e promessas desencontradas sobre o tema; afinal, o governo pode ou não baixar a tarifa de energia elétrica? E se pode, porque o senhor, enquanto governador, não o fez?

Waldez – Quando assumi o 1º governo fui eu quem assinou o ofício à Eletrobrás propondo a privatização da CEA. Em 2015 o Camilo (Capiberibe) assinou acordo com o sistema para federalizar a CEA e a Eletrobrás indicou a diretoria da Companhia de Eletricidade do Amapá. E, o pior: fez um contrato com a Caixa Econômica Federal para sanear as dívidas da CEA, que não conseguiu resolver e também não pagou, pois quem começou a pagar fui eu, em janeiro, e pago todo dia 15 de janeiro as prestações; fiz uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e enviei à Assembleia Legislativa garantindo o direito dos servidores da CEA fazerem a transposição para os quadros do governo do Estado. Infelizmente, em Roraima, os servidores foram demitidos, mas isso eu consegui evitar aqui no Amapá. Com o apoio da Marília (Góes, deputada estadual), e demais parlamentares conseguimos resolver esse problema, como também resolvemos a questão do Banap (Banco do Estado do Amapá, já extinto) e outros órgãos. Agora estamos trabalhando incansavelmente com a bancada federal eleita para virar o jogo em Brasília. Esse trabalho deveria ter sido feito pelos senadores, inclusive, por quem disputa a eleição comigo, mas não vi nenhuma iniciativa, projeto, discursos e articulações junto aos ministérios. Hoje, o senador eleito, Lucas Barreto (PTB) tem compromisso com essa bandeira, e dos oito deputados federais eleitos, sete estão alinhados com essa empreitada, para atualizar a tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) e o enfrentamento em nível nacional para reduzir a tarifa da energia elétrica. Estou criando um programa para reduzir a conta de energia para a população mais carente, que vai alcançar 45 mil famílias, além do programa Luz para Todos, que vai chegar agora ao Carnot, Lourenço, Maracá e atingir a quase todas as comunidades ainda desligadas, que agora estão sendo contempladas, com recursos da União e mais R$ 8 milhões que estamos colocando. O que deveria ser uma luta de um ou mais senadores nós conseguimos, e agora temos o Lucas Barreto pra lutar conosco, inclusive, teve uma época que o ministro das Minas e Energia era do PSB, mas o PSB não defendeu essa mudança de regras pra esperar o povo sofrer e defender em época de eleição; mas não adianta brincar com a inteligência do povo, porque o povo acompanha tudo através do rádio, da TV, do jornal e das redes sociais.

 

Diário – O senhor ousaria chamar essa promessa de baixar a conta de energia de “estelionato eleitoral”, como afirmou o ex-secretário Antônio Teles?

Waldez – Ousaria dizer que é possível baixar e falta iniciativa daqueles que vêm propor só em época eleição. O senador (Capiberibe) está a quase 10 anos no Senado. Quem pode me dizer se há alguma iniciativa nesse sentido? E temos no Senado o mesmo número de representantes de São Paulo, por exemplo. É preciso ser honesto com propostas e seu histórico. Termos de lutar com a bancada, agora alinhada, com o senador que contribuímos para a sua eleição, o Lucas, que tem esse compromisso. E não é só no que diz respeito à tarifa energia não, vamos juntos fazer o enfrentamento em nível federal que os meus concorrentes não fizeram.

 

Diário – Caso reeleito, que expectativa a população pode ter para a volta dos desfiles das escolas de samba?

Waldez – Todos sabem do meu compromisso com a cultura, com o Marabaixo, o Batuque, o Hip-hop, a Quadra Junina, com as festas tradicionais, como a de Mazagão Velho e, inclusive, estou mandando um projeto para a Assembleia Legislativa para restabelecer o feriado de São Tiago, que foi revogado por iniciativa do ex-governador; meu compromisso é sempre com a cultura, como a Escola Walkyria Lima, a maior escola de música gratuita do Brasil, o Museu Sacaca e a Fortaleza, que revitalizamos; no contexto sempre tive compromisso, mas no período de crise foi difícil, e eu não poderia manter a quadra (carnavalesca) e faltar com determinados compromissos em outras áreas prioritárias do estado; mas eu não fiz isso só, mas dialogando; também é importante dizer que tenho tido conversas com dirigentes das escolas de samba e precisamos trabalhar na organização delas, da Liga (das Escolas de Samba), afinar com a iniciativa privada, avançar nos editais em vários segmentos, como fizemos com o Áudio Visual, que avançamos muito. Em 2019 temos a oportunidade de retomar e tenho compromisso integral, mas não é tarefa só do governador, mas das próprias escolas de samba e envolver a iniciativa privada nesse projeto.

Diário – A grande preocupação hoje é a situação da CEA. O senhor já disse que vai combater o processo de privatização. De que forma? O BNDES já iniciou os procedimentos para a privatização, e deve ser concluído até 30 de novembro de 2019. O governo federal tem dito que se não privatizar outras distribuidoras da Região Norte, vai fazer a liquidação das empresas. Isso não preocupa o senhor?

Waldez – Desde que assumi o governo essa foi minha preocupação e por isso já salvamos os empregos dos servidores, pagamos em dia o empréstimo feito pelo ex-governador Camilo sem nunca atrasar, para que no processo de privatização, que é líquido e certo que é o melhor caminho, também se leve a Companhia, porque se levar só a concessão o povo vai continuar com a conta alta de energia e também pagar quase R$ 4 bilhões que a CEA deve; se levar só a concessão quem vai pagar essa dívida é o Estado. É preciso ser honesto com a população. É uma questão muito séria. O Estado pode também pagar a conta de energia dos mais carentes, mas não pode assumir uma conta de 4 bilhões de reais. Esse processo tem que ser bem trabalhado com o apoio da bancada.

 

Diário – O senhor avançou extraordinariamente na construção da Rodovia Duca Serra, mas depois arrefeceu o entusiasmo. Faltaram recursos ou o senhor achou que a obra não era tão importante?

Waldez – Ao contrário, concluimos o processo de desapropriação na saída de Macapá e o processo de encaixe do KM 09 e também de outras áreas, como conjuntos habitacionais, que precisam ter o mesmo padrão da obra que fiz no Marabaixo 1, 2, 3 e 4. Não quero avançar uma obra que precisará depois fazer outra intervenção; no Marabaixo 4 fiz três vias secundárias para interligação com os demais Marabaixos, com fluxo para o transporte público, transporte de carga, automóveis e transeuntes. Quero manter esse mesmo padrão de encaixe em cada concentração de moradores. Para isso a gente está fechando o projeto; só na saída para Santana tem cerca de três conjuntos habitacionais; a Duca Serra é prioridade para o ano que vem; e também vamos revitalizar a Rodovia JK, tirar canteiro central e implantar uma ciclovia a partir de Macapá, para atividades de esporte e também de turismo. O projeto está pronto para ser executado a partir de 2019.

 

Diário – O senhor tem projeto para retomada do diálogo e possível retorno dos vigilantes para as repartições públicas?

Waldez – Tenho uma relação muito próxima com os líderes sindicais e os trabalhadores de vigilância; quando recebi o governo existiam cinco, seis e até sete meses de atraso de salários e pagamento de prestadores de serviços; chegou um momento que para renovar o contrato da Educação o custo seria de R$ 70 milhões. Ficava no “faz de conta”, isto é, as empresas, quando recebiam, não pagavam os trabalhadores, que se mobilizavam e cobravam do governo; havia muitos problemas sociais e trabalhistas e tomamos uma decisão alinhada, dialogamos com os trabalhadores e agora com base na estabilidade fiscal nós podemos começar a montar um sistema de vigilância integrada entre o sistema eletrônico e o auxiliar educacional, pessoal de apoio, arte de vigilância entre em um novo modelo, com base na Escola do Novo Saber (Tempo integral), como agente educacional, os agentes de portaria que se chamava anteriormente; vou fazer concursos para contratar esse tipo de serviço, inclusive, já estamos com um sistema preparado na Secretaria de Estado da Educação (Seed) para implantarmos em 2019.

 

Diário – O Estado ainda não conseguiu ganhar do ex-Território em implantação de indústria, quando tivemos a Brumasa, a Amcel e várias outras, e não se tem visto divulgação dos potenciais do Amapá para atrair investimentos capazes de gerar emprego e renda, inclusive, para cerca de 70 mil jovens que nem estudam, nem trabalham. O que o senhor pensa fazer para reverter esse quadro?

Waldez – É preciso fazer, sim, divulgação interna e externa. É importante lembrar o nosso esforço e hoje o estado possui condições de ser industrializado, condições essas que eu criei quando governei; o meu adversário foi contra a Área de Livre Comércio, e, de 1995 a 2002, o Amapá ficou praticamente fechado a investimentos, à exploração das nossas potencialidades em todos os setores. Quando assumi, em 2003, abri o estado, e para isso fiz a implantação de asfaltamento, iniciei a interligação ao Sistema Nacional, que setores da oposição desacreditavam e hoje é realidade; estamos trabalhando em um sistema de comunicação que possa garantir segurança aos investidores e por isso várias indústrias estão se instalando; veio as aprovação da Zona Franca Verde (ZFV), fiz o georreferenciamento e a base cartografia com o Exército, e agora, também em parceria com o Exército, vamos fazer a regularização fundiária, que vai permitir a industrialização, a verticalização da produção e dar mais celeridade não só ao desenvolvimento da indústria, como também viabilizar o fortalecimento do comércio, da área de serviços e eventos. O Amapá está preparado para dar esse passo à frente para um seguro futuro, com vitória já a partir de 2019.

 

Diário – (pergunta formulada pelo artista plástico Wagner Ribeiro) – Caso reeleito, o senhor tem projeto para a arte-visual na frente da cidade para atrair turistas, considerando que nossa cidade tem grande quantidade de artistas com produções maravilhosas em todos os setores e precisamos implementar o setor?

Waldez – Uma das nossas ações, mesmo na crise, foi revitalizar a Fortaleza de São José e a Praça do Forte, inclusive, a Fortaleza vai concorrer agora ao prêmio de Patrimônio da Humanidade, da ONU (Organização das Nações Unidas); temos um projeto pronto para o Marco Zero, para revitalizar o monumento e urbanizar o entorno, e em parceria com o Sistema ‘S’ (Sesi, Senai e Senac) construir um Centro de Convenções para atrair eventos de vários setores e segmentos, o que vai proporcionar uma capilaridade de emprego muito grande.

 

Diário – (pergunta feita ao vivo por uma ouvinte) – Qual a sua proposta para áreas de ressaca, uma vez que se faz muitos conjuntos habitacionais, mas não diminui a concentração de moradores nesses locais?

Waldez – Nós estamos construindo, hoje, 500 unidades no Miracema e temos aprovadas mais 1.500 unidades pra lá, 1 mil em Santana e 500 no Perpétuo Socorro, e 50% dessa unidades serão destinadas ao que chamamos de “demanda dirigida”, isto é, para moradores dessas áreas de risco, com respaldo da Justiça Federal, através do doutor João Bôsco, que sempre defendeu essa ideia; a metade das três mil unidades que começamos a construir será para atender essa demanda dirigida.

Diário (pergunta formulada pela Reitora da Ueap, Katia Paulino) – A Universidade estadual do Amapá tem 12 anos funcionamento e vive históricos problema de repasses de recursos Ueap. Qual sua proposta para resolver esse problema?

Waldez – Está aí um bom exemplo de como eu governo. Respeito as decisões democráticas. A senhora foi a 1ª Reitora eleita, nomeei e eu fui à sua posse na Ueap; esse é o meu estilo de governar, respeitando as decisões democráticas e as instituições. O PSB vetou a criação da Ueap e eu implantei a Universidade; e quando assumi agora em 2015 a Ueap tinha uma dívida acima de R$ 4 milhões e conseguimos sanear, contratamos mais de 50 novos profissionais na área de educação através de concurso público, fizemos a valorização dos profissionais, pagamos a dívida anterior com recursos do Tesouro do Estado, e o repasse ainda é uma luta que estamos fazendo; além da regularidade dos repasses, em 2019 também vamos manter o projeto de expansão como fizemos com a implantação do Polo do Amapá, para atender os municípios de Amapá, Pracuúba, Tartarugalzinho e Calçoene com cursos de engenharia, agronomia e matemática.

 

Diário – O que se senhor pretende fazer nas áreas de esporte e lazer?

Waldez – Fui o governante que mais investiu nessas áreas; após o governo Anibal Barcelos fui eu quem criou mais espaços para lazer, entretenimento e esporte, tanto em Macapá como nos demais municípios, como mais recentemente em Oiapoque, com a construção de um amplo espaço totalmente equipamento para a prática de esporte, lazer e encontro das famílias, que passou a ser importante ponto turístico; mas nossas ações vão além como programas de incentivos, criei o Bolsa Atleta que dá oportunidade para atletas de várias modalidades olímpicas, além de apoiar diversas competições, desde o Futlama, que sempre apoiei e que acontece na frente da cidade e diversas outras competições, como o Campeonato Amapaense de Futebol. É esse o nosso compromisso com o desporto e o lazer do estado do Amapá.

 

Diário – Houve um estrangulamento muito forte na área de saúde, em especial nos atendimentos de urgência e emergência por causa do crescimento população e falta de investimentos. Como o senhor pretende resolver esse problema?

Waldez – Estamos com projeto pronto para construção de um novo hospital de urgência e emergência na Zona Norte, temos as unidades fixas e móveis do Hospital de Barretos, que serão inauguradas até dezembro deste ano, construí a Nefrologia de Santana, dobramos o número de médicos, concedemos o auxílio jaleco para os profissionais, temos três UPA (Unidades de Pronto Atendimento) funcionando em Laranjal do Jarí e duas em Macapá, e estamos construindo o Hospital Regional de Porto Grande, cuja construção está em pleno vapor, que vai atender toda aquela região; todas essas ações têm como objetivo descongestionar o atendimento em Macapá e garantirmos qualidade à saúde pública do estado.

 

Diário – Estamos sem ferrovia, sem porto e dificuldades para regularizar as terras, inclusive, com operações policiais atingindo o Imap. Em caso de reeleição, como o senhor pensa trabalhar essas questões?

Waldez – O setor mineral, desde o ex-Território, sempre trouxe muitos recursos para o estado; o setor estava em paralisia em 2003, quando assumimos, e trouxemos a Anglo, uma das maiores empresas do mundo; quero lembrar que a Zamin, que causou todos esses problemas, foi trazida ao Amapá pelo PSB em 2013, 2014, gerando toda essa desconfiança, virou caso policial, cuja situação está no âmbito judicial em São Paulo (SP) e o Estado quase perdeu o controle. Nós estamos processando a recuperação da credibilidade, conseguimos revitalizar a rede de energia elétrica de Porto Grande a Serra do Navio, o georreferenciamento e a base geográfica já estão prontos e agora o Exército vai fazer a regularização fundiária, através de um sistema integrado, inclusive com os órgãos de controle, que já está pronto no Prodap pra ser implantado no Imap, o que vai criar transparência 100%, cria controle e elimina em definitivo esses transtornos oriundos de quem prende ou de servidor que não cumpre devidamente as suas funções. Nós tomamos todas as providências com relação a isso.


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