Política

Waldez Góes diz que está negociando com partidos da base aliada para definir pré-candidatos ao Senado

Dos 12 partidos que dão sustentação política ao governo, cinco já lançaram nomes para concorrerem ao cargo. Como o MDB possui dois pré-candidatos, no total seis estão na disputa.


Durante entrevista concedida na manhã desta terça-feira (12) ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), o governador Waldez Góes (PDT), que é pré-candidato à reeleição, afirmou que está negociando com sua base aliada para a definição dos dois pré-candidatos ao Senado. Dos 12 partidos que dão sustentação política ao governo, cinco já lançaram nomes para a disputa do cargo, entre eles o MDB, que já anunciou que vai concorrer com Gilvam Borges e Fátima Pelaes, o que totaliza seis pré-candidatos.

 

“No dia 12 de maio o meu partido homologou a minha pré-candidatura à reeleição, 18 nomes para deputado federal e 23 para deputado estadual e decidiu que não vai lançar candidatura própria ao Senado. De lá pra cá estou autorizado pelo PDT e também pela legislação eleitoral para, além de governar, fazer o plano de governo para o próximo período e que vou apresentar à sociedade durante a campanha, e ainda fazer a política de alianças. Temos 12 partidos me ajudando a governar e estamos conversando com todos eles; nosso prazo é até final de julho deixar tudo organizado para preparar a convenção, apresentar os nomes à justiça eleitoral para registro e começar a campanha no dia 1º de agosto. Estou conversando com os partidos; eu trabalho durante o dia na gestão do estado e à noite eu faço política”.

 

Perguntado se a decisão do MDB de lançar dois candidatos pode prejudicar a consolidação de uma aliança sem fragmentar a base aliada, Waldez ponderou que a escolha de nomes não depende apenas do MDB porque envolve todos os partidos da base aliada: “A minha resposta a essa pergunta é mais ampla, porque além do MDB, que tem como pré-candidatos o ex-senador Gilvam Borges e a ex-deputada federal Fátima Pelaes, outros partidos também apresentaram nomes para a disputa, como o Lucas Barreto (PTB), pastor Guaracy (PTC), Jaime Nunes (PROS) e Jorge Amanajás (PPS). Esses partidos estão contribuindo com o governo que estou fazendo, têm representação, participação no governo e é com eles que a gente está discutindo; não passa apenas pelo MDB, pois cada um tem seu direito nesse debate pra chegarmos à formatação final.

 

Waldez disse, ainda, que o nome do candidato a vice-governador na chapa que será encabeçada por ele será definido após a escolha dos postulantes ao Senado: “Nós fizemos um cronograma para definição de nomes que começou por deputados estaduais e deputados federais, e em seguida senadores e o pré-candidato a vice, tudo passando por uma negociação ampla com os partidos da base aliada. Essa Frente tem seis pré-candidatos ao Senado e falta definir o nome do vice, mas até o final de junho a situação vai clareando”.

 

Indefinição do PT
Provocado pela bancada do programa sobre os posicionamentos divergentes das executivas nacional, que decidiu priorizar alianças com o PSB e o PcdoB, e regional do PT, que no Amapá faz parte da base de sustentação do governo do PDT e está no comando de duas secretarias, cuja maioria das correntes do partido já havia definido apoio à sua pré-candidatura, Waldez Góes contemporizou:

 

– O PT faz parte do governo, tem duas secretarias, tem me ajudado muito com quadros altamente preparados e com o qual sempre tivemos uma aliança forte, tanto em nível nacional como local. E no Amapá a maioria local do diretório regional do PT aprovou a participação no governo do PDT; o partido tem dado importante contribuição na realização de políticas públicas; a Cristiane (Cristiane Vilhena de Souza, diretora-presidente da EAP) faz excelente trabalho na Escola de Administração Pública, que está totalmente organizada e preparada fazer a formação dos delegados (aprovados no último concurso); como também na política do meio ambiente com o Bernardino (Bernardino dos Santos, secretário de Meio Ambiente); por isso quero agradecer a todos os membros do PT que com vários técnicos contribuem muito para o governo e às lideranças do partido, o Antônio Nogueira (presidente) e o professor Marcos Roberto (vice); essa maioria tem posição de apoio à minha pré-candidatura e à aliança com o PDT.

 

Indagado se a posição adotada pelo PT durante recente reunião em Contagem (MG) o preocupa, Waldez Góes respondeu que não, porque na opinião dele, qualquer decisão do partido no Amapá será respeitada pela executiva nacional: “Não, eu confio e respeito todo esse processo que o PT tem organicamente; é um dos partidos de maior nível de organização, que possui várias correntes, mas tudo é decidido de forma bem democrática, com a participação de todos e aquele que vence é respeitado e apoiado pelos que foram vencidos. Se o partido aqui no Amapá decidir coligar com a gente, com o PDT, quero acreditar que por toda a história democrática do PT os que forem vencidos certamente vão apoiar decisão dos que construíram essa aliança”.

 

Corrida presidencial
Sobre previsíveis dificuldades de composição entre o PT e o PDT porque ambos os partidos possuem pré-candidatos à Presidência da República, Lula e Ciro Gomes, respectivamente, o governador afirmou que essa questão será discutida na reunião da executiva nacional que ocorrerá nesta quarta-feira (13):

 

– Nós governadores defendemos a união das frentes de esquerda no Brasil, mesmo já posta a pré-candidatura do Ciro Gomes e outros nomes nós continuamos defendendo; nós vamos estar na quarta-feira na reunião da executiva nacional em Florianópolis (SC), que também terá a participação do Ciro Gomes, e vamos discutir alianças com partidos de esquerda, por isso não está descartada a união desses partidos; inclusive a Miguelina (Miguelina Vecchio, presidente nacional da Ação da Mulher Trabalhista do PDT) esteve recentemente no Amapá e dialogamos muito sobre questões locais e nacionais no que diz respeito às eleições gerais no país, que serão discutidas nas reunião.


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