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Lemos quer apuração sobre criança incinerada sem politicagem

Deputado chegou a pedir renúncia do secretário de Saúde ao se pronunciar na Assembleia Legislativa


Após pedir, da tribuna da Assembleia Legislativa (AL) a renúncia de Pedro Leite da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), o deputado estadual Paulo Lemos (PSOL), líder da oposição, pediu ‘isenção e seriedade’ nas informações e nas apurações sobre o caso da incineração do corpo de uma criança que morreu no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) ocorrido no último dia 6. Durante a Sessão da última segunda-feira, 10, o líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Paulo Lemos (PSOL), pediu ao secretário de Saúde do Estado (Sesa), Pedro Leite, que deixe o cargo: “Já deu, secretário”, sentenciou o parlamentar.

Na ocasião, Paulo Lemos acusou Pedro Leite de promover atraso nos avanços da Saúde e, com isso, prejudicar o Governo, eleito pela população para, principalmente, melhorar o setor: “Se não tem condições de comandar uma das mais importantes pastas da administração, que peça pra sair, pois o Estado precisa melhorar a Saúde. A população espera por isso. Mas, com o senhor à frente da instituição, já vimos que não há como avançar”.

Na manhã desta terça-feira, 11, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), ancorado interinamente pelo jornalista e radialista Elden Carlos, Paulo Lemos baixou o tom, e pediu ‘isenção e seriedade’ nas informações e na investigação do caso: “Temos que acompanhar o processo de apuração para chegarmos ao culpado e responsabilizar. O fato é grave e tem que ser levada como grave (a apuração). Não se pode dar conotação política a uma situação dessa gravidade. Quero aproveitar a oportunidade para parabenizar a Rádio Diário e o jornal Diário do Amapá pela linha jornalística séria e isenta que vem conduzindo o caso, informando sobre os acontecimentos sem qualquer conotação política”.

Tido como um político moderado e, como ele próprio tem reafirmado, “alinhado com os interesses da população independentemente de sigla partidária”, embora integrante do PSOL, um partido de extrema esquerda e declaradamente de oposição à gestão de Waldez Góes, Paulo Lemos explicou ao à reportagem que faz uma “oposição responsável” sem levar em conta partidos: “Tenho responsabilidade e compromisso com a população do Amapá, para isso fui eleito. Não tenho nenhum constrangimento de votar a favor de matérias de interesse do governo se elas são de interesse da população e voltadas para o desenvolvimento do Estado. Porém, jamais compactuarei com quem quer que seja se os interesses do povo estiverem sendo violados de alguma forma”.
 
Competência questionada
O pronunciamento de Paulo Lemos questionando a competência da gestão da área de saúde não foi o primeiro –“e nem será o último se o grave quadro não for revertido”, assevera o deputado. Em abril, durante a vigência do estado de emergência da Saúde decretado pelo governador Waldez Góes (PDT), o parlamentar cobrou “mais engajamento e resultados” de Pedro Leite, afirmando que “sem resultados positivos neste período, aquilo (o estado de emergência) significava incompetência da gestão.

Outra reclamação de Paulo Lemos, durante o pronunciamento desta segunda-feira, foi “a recusa de Pedro Leite ter se negado a participar da coletiva de imprensa (ocorrida na terça-feira, 7, um dia após a incineração do corpo da criança) para falar a respeito do caso. Se o secretário não tem boa vontade de melhorar este cenário de horror, que ceda a sua cadeira para um gestor competente”. Quem falou sobre o caso – e admitiu a sua procedência, informando ter havido ‘erro de procedimento’ foi o titular da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Antônio Teles Júnior.


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