Coluna Esplanada

Mais uma bravata

 

O Governo do Maranhão tenta se aproveitar de uma decisão favorável do STF relativa a precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) para fazer um afago nos professores da rede pública. Mas, na verdade, quando chamado a se manifestar na ação judicial, atuou para se apropriar desse dinheiro. Na ação judicial que corre há mais de 20 anos, a Procuradoria Geral do Estado disse que “não se amolda ao texto constitucional qualquer a previsão de vinculação de elevados recursos financeiros e orçamentários oriundos de precatórios recebidos após condenação judicial para pagamento do funcionalismo público”. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Pública Estadual e Municipais do Estado do Maranhão conseguiu garantir quase R$ 3,9 bilhões para a educação. Essa discussão envolve recursos do Fundef que deixaram de ser repassados entre 1998 e 2006. Procurado, o Governo do Maranhão não se manifestou até o fechamento desta edição da Coluna.

 

Golpe voador

O programa Voa Brasil, iniciativa do Governo Federal que vai proporcionar descontos em passagens aéreas, nem foi lançado e já é alvo de golpistas. Sites e links maliciosos estão usando o nome do programa e do Ministério de Portos e Aeroportos para capturar dados pessoais de usuários. O programa oficial está em fase de estudo e ainda não tem data para lançamento.

 

União e diálogo

Nas inserções do União Brasil que estão sendo veiculadas na TV aberta, o novo presidente estadual do partido no Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, destaca a importância do diálogo para as grandes transformações. Além disso, reforça a necessidade de somar forças em torno da pauta da segurança pública no RJ.

 

Luz no fim do túnel

O PSDB – com bancadas enxutas no Congresso e câmaras municipais – tenta retomar fôlego como voz de oposição ao Governo do PT. E o canal escolhido foi o Instituto Teotônio Vilela. O principal alvo dos ataques é a transparência do Governo. “Em flagrante desrespeito à lei, a CGU mantém quase 50 pedidos de acesso a informações engavetados”, diz no documento chamado “Farol da Oposição”.

 

Placar apertado

O placar da aprovação do novo seguro obrigatório para veículos (DPVAT) no Senado mostra que o Governo está com dificuldades na articulação na Casa. Foram 41 votos a favor, o mínimo necessário para aprovar a matéria, e 28 contrários. Placar apertado, embora o Governo tenha dado ao texto prioridade para aumentar em R$ 15,7 bilhões o limite para as despesas da União.

 

Malha precária

Relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançado dias antes das trágicas chuvas mostrou que 81% das empresas do Sul sinalizaram a precariedade da malha de transporte como principal gargalo de infraestrutura. A má qualidade dessas infraestruturas, que tende a piorar, tem impacto direto sobre os acidentes, o meio ambiente e a competitividade da região.

 

ESPLANADEIRA

# A Editora Edebê investe R$ 30 milhões para ampliar os recursos pedagógicos impressos e digitais nas coleções didáticas. # Childhood Brasil promove exibição do curta-metragem ‘Eu tenho uma Voz’ em São Paulo, no CEU Inácio Monteiro no dia 09 de maio, às 20h. # Prolata Reciclagem e Instituto Akatu lançam formação online gratuita para educadores. # Acordo interministerial permitirá internacionalização e comercialização do artesanato brasileiro. # Sebrae: quase 60% das contratações, pequenos negócios aquecem economia em março. # MPT promove campanha Maio Lilás que reforça a importância da participação de jovens em sindicatos.

 

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Zonas de milícias

 

O Tribunal Regional do Rio de Janeiro instituiu, pela segunda eleição consecutiva, um Gabinete Extraordinário de Segurança Institucional (Gaesi/TRE-RJ). O órgão reúne representantes de forças de segurança, de diferentes esferas, e autoridades públicas que atuarão em conjunto – de modo coordenado -, na prevenção e no enfrentamento de condutas criminosas e ilícitos eleitorais. À Coluna, o TRE-RJ confirma que haverá também a alteração de seções eleitorais em áreas mapeadas como sensíveis. Serão pelo menos 50 mudanças: “Os novos destinos estarão dentro da área de cobertura de cada Zona Eleitoral, para que não haja prejuízo ao eleitor com relação ao deslocamento, preservando o critério de proximidade entre o local de votação e o domicílio eleitoral”.

 

Fundão solidário 

Partidos políticos podem ajudar e muito as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul doando parte do fundo eleitoral para as regiões afetadas. Essa é a ideia defendida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO). O chamado Fundão destinará R$ 4,96 bilhões para financiar as eleições municipais de 2024.

 

Alerta

A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que confirmou queda de cinco pontos percentuais na aprovação do Governo Lula, acendeu alerta no Planalto. Principalmente pelos dados da sondagem sobre as eleições municipais: 31,3% vão votar em apoiadores ou apoiados por Lula, 19,7% em apoiadores ou apoiados por Bolsonaro; 28,4% não se importam por quem o candidato é apoiado.

 

$O$ Farroupilha

O corte do ICMS feito pelo Governo Federal em 2022 deixou o orçamento do Rio Grande Sul no vermelho.  A tragédia causada pelas fortes chuvas no Estado, neste mês de maio, impossibilitou o reequilíbrio das contas. À Coluna, o Prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin (PL-RS), posiciona: “Os recursos não estão chegando para os municípios. Nós estamos pedindo socorro. Tem que ter um projeto emergencial, agora!”.

 

Intempéries

As intempéries na região Sul do País comprometeram o estoque de barcos pequenos a motor, jet ski e botes. Empresários, condomínios e associações abriram o bolso pra custear resgates e ajuda humanitária. A demanda agora está em São Paulo.

 

Custo Madonna

O deputado Abilio Brunini (PL-MT) quer saber se algum recurso público do Governo Federal foi utilizado no show da Madonna, seja por aplicação direta, indireta ou via alguma lei de incentivo à cultura. O requerimento (RIC 1284/2024) no qual pede posição da Casa Civil já está na Mesa Diretora da Câmara.

 

Gestão Cármen

 

Antes de assumir oficialmente o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Cármen Lúcia pavimenta as regras que vão sustentar sua gestão pelos próximos dois anos. A prioridade da ministra para este ano é o enfrentamento da desinformação e do uso indevido de inteligência artificial (IA) nas Eleições Municipais de 2024. Ela relatou 12 resoluções, chanceladas pela Corte Eleitoral, que norteiam e disciplinam as regras que serão adotadas no pleito de outubro. A ministra reforça uma frase que tem repetido em conversas, entrevistas e palestras sobre a Inteligência Artificial. “Que essa tecnologia não seja usada para desservir à Democracia, aos eleitores e às garantias das liberdades”. Cármen Lúcia vai substituir o ministro Alexandre de Moraes a partir de junho, para o biênio 2024-2026.

 

Juiz de paz

O líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), recebeu a missão do Planalto para reaproximar o ministro Fernando Haddad e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após o atrito provocado por declarações do chefe da Fazenda. A estratégia deu certo: ambos admitem o fim das tensões e o diálogo foi retomado.

 

No ostracismo

Demitido da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por faltar ao serviço sem justificativas, abandonado pelo clã e séquito Bolsonaro e sem apoio do próprio partido – o PMB (Partido da Mulher Brasileira) – o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub amarga ostracismo político. Cogitou se candidatar à Prefeitura de São Paulo, mas a legenda não embarcou no projeto aventureiro.

 

Força restrita

A Força Aérea Brasileira (FAB) não revela os valores dos custos das viagens dos voos que transportam autoridades. À Coluna, posiciona: “Os custos operacionais das missões em aeronaves são considerados estratégicos por envolverem aviões militares. Portanto, são informações restritas em prol da segurança das operações aeroespaciais e da defesa do país”.

 

Massa falida

A desocupação da sede do Incra de Alagoas pelo MST só ocorreu após o novo superintendente, Junior Rodrigues do Nascimento – indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira – garantir que vai atender às demandas do movimento. Uma delas é a destinação das terras da massa falida da Usina Laginha para a reforma agrária.

 

Ação fantasma

Em depoimento no Senado, Thales de Queiroz Sampaio afirmou à CPI da Braskem que a empresa processou o Serviço Geológico do Brasil (SGB), do qual ele é ex-diretor. Ocorre que a ação, que provocou alvoroço entre os membros da comissão, simplesmente não existe. A tal peça fictícia que, segundo alega, cobrou R$ 1 bilhão por danos morais à instituição jamais apareceu. Não há sequer registro de processo da Braskem contra o SGB.

 

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PL agora ignora inspeção das urnas

 

Condenado em 2022 ao pagamento de multa de R$ 22.991.544,60 por litigância de má-fé, após questionar a segurança das urnas, o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu adotar postura distinta para o pleito municipal deste ano. O partido ainda não se manifestou se vai fazer a inspeção do código-fonte dos aparelhos e dos sistemas eleitorais que serão utilizados nas Eleições Municipais de 2024. Há sete meses, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disponibilizou o código-fonte como parte do Ciclo de Transparência. Além de abrir o código-fonte, o Tribunal também realizará esse mês o Teste de Confirmação, no qual são verificados os aprimoramentos feitos pela equipe do TSE para barrar investidas.

 

Corda bamba

Não foi só o ato esvaziado de 1º de Maio que levou o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, à corda bamba. Há queixas da falta de integração do ministro com os titulares das Assessorias de Participação Social e Diversidade instituídas nos gabinetes de todos os ministérios pelo presidente Lula da Silva. A bancada do PT na Câmara tem pelos menos dois nomes para substituí-lo.

 

Jogada

A base do Governo no Senado arquiteta uma jogada para evitar a derrubada do veto às emendas de comissão aos congressistas no valor de R$ 5,6 bilhões. A articulação é para aprovar hoje o projeto de lei complementar (PLP 233/2023) e aumentar em R$ 15,7 bilhões o limite para despesas da União. Se aprovado, o Governo vai propor R$ 3,6 bilhões para compensar o corte de emendas.

 

Cadê?

Cadê a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), moradora do bairro nobre Tristeza, em Porto Alegre. E o dinheiro do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como “banco dos Brics”, que ela preside, para ajudar o Rio Grande do Sul?

 

Escondido$

O Partido Liberal (PL) esconde os gastos das viagens e hospedagens do ex-presidente Jair Bolsonaro bancadas pelo partido. Questionada há duas semanas, a assessoria não se posicionou até o fechamento desta edição.

 

Campanha

O Senado lançou campanha para arrecadar 5 mil cobertores para o RS. À frente da iniciativa, o senador Paulo Paim (PT-RS) diz que é preciso muita união e que “as divisas ideológicas sejam esquecidas para o bem-estar da população”. Até o momento, já foram arrecadados cerca de 3 mil cobertores.

 

ESPLANADEIRA

# Mycon :consórcio de imóvel representa 36% do volume de vendas da empresa.

# FenaCap: Capitalização arrecadou R$ 4,8 bilhões, alta de 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

# Clube de Leitura CCBB 2024 homenageia obra de Lima Barreto.

# Motz fecha 2023 com mais de R$ 1,172 bilhões de receita líquida.

# IDS oferece seminários, entre 6 e 10 de maio, para cidades se adaptarem às mudanças climáticas.

# Conab e MDS preparam doação de 52 mil cestas de alimentos a famílias gaúchas atingidas pelas enchentes.

 

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Brasil oferece ajuda a Palestina

 

O conflito israelo-palestino, iniciado em outubro de 2023, já dura cinco meses e conta com mais de 32,5 mil mortos, segundo dados do Ministério de Saúde de Gaza. Durante todo esse período, conforme dados do Itamaraty solicitados pela Coluna, o Governo brasileiro doou às populações atingidas, por meio da Agência Brasileira de Cooperação, 190 purificadores de água portátil; kits de medicamentos e insumos para emergências em saúde; 30 mil kg de refeições desidratadas nutricionais; e 2.505 kg de alimentos. Além disso, o Brasil mantém doações à Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina que devem chegar a mais de R$ 2 milhões neste ano. Criada em 1949, a agência da ONU desenvolve ações sociais, como educação, saúde e moradia, destinadas a palestinos na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Síria e no Líbano.

 

Regalias do detento

Preso há mais de um mês, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) segue com regalias de parlamentar. Mantém com altos salários 28 pessoas – entre secretários parlamentares e assessores em cargos de natureza especial – em seu gabinete. Além disso, continua de posse do apartamento funcional em região nobre de Brasília. O processo de cassação contra ele se arrasta no Conselho de Ética.

 

Empatados

Sondagem divulgada ontem pela Paraná Pesquisas mostra o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) tecnicamente empatados, na estimulada e espontânea, para a Prefeitura. No cenário estimulado, Nunes tem 27,3% e Boulos surge com 25,7%. O apresentador de TV Luiz Datena (PSDB) aparece em 3º lugar com 15,3%.

 

Curiosidade

Uma pesquisa divulgada pela PreFab Future sobre intenção de votos para prefeito do Rio de Janeiro aponta uma curiosidade: 17,2 % dos entrevistados não sabem avaliar a atual gestão do prefeito Eduardo Paes (PSD). Em todas as pesquisas já divulgadas até agora, de diferentes institutos, o prefeito, que disputará a reeleição, lidera as intenções.

 

Cerco aos VIPs

Um ofício com a assinatura de 500 pessoas foi protocolado na Prefeitura do Rio de Janeiro requisitando a lista dos mil convidados VIPs escolhidos pela gestão de Eduardo Paes (PSD) para o show de Madonna no próximo sábado. Os VIPs ficarão numa seção reservada – e cercada com tapumes de 2m – em frente ao palco da cantora. O abaixo-assinado foi organizado por um morador de Campo Grande, o empresário Kau Magno.

 

Indenização

O setor segurador pagou cerca de R$ 39,1 bilhões em indenizações nos dois primeiros meses de 2024. Segundo levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o total representa uma alta de 1,5% se comparado com o mesmo período de 2023. A performance positiva também foi vista na arrecadação, que somou R$ 68,3 bilhões com crescimento de 17,3%.

 

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Negócios bélicos

 

Os últimos desentendimentos diplomáticos entre Brasil e Israel não interferiram nas relações de negócios bilaterais. Atualmente, a Força Aérea Brasileira possui três contratos com o país do Oriente Médio. E a Marinha informa que existem dois contratos com a empresa israelense ARES em andamento –para adequações de alças optrônicas para os Navios-Patrulha “Maracanã” e Oceânico Classe Amazonas. Os contratos citados estão sob a responsabilidade da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha. Conforme registrado pela Coluna, o Exército também dispõe de três contratos: das torres REMAX (R$ 380 milhões); das câmeras do SISFRON (R$ 32 milhões); e da torre de tiro UT30 (R$ 80 milhões), todos de fornecedores de Israel. Os contratos das três Forças são anteriores a outubro de 2023.

 

Lira irado

Depois de declarar guerra ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), abre fogo contra o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Lira não engoliu a demissão do primo do Incra de Alagoas. E está irado com a invasão da sede do órgão após a nomeação de seu outro apadrinhado, Junior Rodrigues do Nascimento.

 

Onipresente

O presidente Lula da Silva, ministros palacianos e líderes do Congresso têm recorrido a um ex-presidente da Câmara dos Deputados para pedir conselhos sobre a atribulada relação com a atual gestão da Casa. Condenado no Mensalão (AP 470 do STF), o ex-deputado João Paulo Cunha (PT) atua quase como ministro informal. Evita exposição e holofotes, mas está sempre à disposição – ao telefone – para atender e orientar a turma petista.

 

Reveses

O ex-senador, ex-ministro e ex-líder de Governos no Congresso Nacional Romero Jucá (MDB-RR) segue sofrendo reveses na política. A última foi na sua base eleitoral – Alto Alegre (RR) – onde seu candidato Valdenir Magrão (MDB) foi derrotado pelo adversário Wagner Nunes (Republicanos) nas eleições suplementares de domingo, 28.

 

Agonia de Moro

O senador Sergio Moro (União-Paraná) tem até amanhã para se posicionar no Tribunal Superior Eleitoral sobre os recursos movidos pelo PT e PL pela cassação de seu mandato. Depois dessa etapa, o processo seguirá para o relator, que ainda não foi definido. Um dos cotados é o ministro Floriano Azevedo. O TRE do Paraná rejeitou por cinco votos a dois os pedidos de cassação do senador.

 

Educação paralisada

 

Retomar obras de educação paradas, sobretudo creches, é uma promessa do presidente Lula da Silva desde o início do Governo. Mas a realidade é outra. Atualmente, o MEC possui mais de 3 mil obras de educação básica paralisadas.O Ministério possui um programa lançado em novembro do ano passado, em colaboração com o FNDE, para recomeçar as atividades, com investimento de R$ 3,8 bilhões. À Coluna, a pasta posiciona que a paralisação deve-se a uma série de fatores, inclusive irregularidades na gestão anterior. O órgão assegura que possui os recursos financeiros e o planejamento necessário para a conclusão das obras. A expectativa é concluir as reformas e ampliações com um prazo de 24 meses, podendo ser prorrogado por mais 24 meses.

 

Lula Bros x Chega aí

De olho no voto dos jovens, os dois maiores partidos do País – PT e PL – lançaram campanhas para atrair esse nicho do eleitorado. O PT lançou o Lula Bros, inspirado no personagem de jogo eletrônico Mario Bros. Já o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro investe na campanha “Chega aí” e tem como um dos influenciadores o deputado Nikolas Ferreira (MG).

 

Dias no Piauí

Um dos alvos do puxão de orelha do presidente Lula da Silva, o ministro Wellington Dias (PT-PI) tem dado mais atenção ao Estado em ano eleitoral que ao Congresso. Ou levando verba e programas da pasta ou ciceroneando colegas do Governo. Como fez na última semana ao acompanhar a visita do ministro do Transportes, Renan Filho, às obras de rebaixamento da Avenida João XXIII, em Teresina.

 

Legado da Copa?

Não são apenas obras do legado da Copa do Mundo no Brasil que ainda não foram concluídas. À época, ficou acertado com a Fifa o investimento milionário nos chamados centros de desenvolvimento do futebol. Nenhum foi entregue até agora. O Ramal da Copa, em Pernambuco, que já consumiu mais R$ 200 milhões dos cofres públicos, também segue com obras congestionadas, sem previsão de conclusão.

 

BolsoDrones

A BR Dron, uma das maiores fabricantes de drones agrícolas do mundo, vai lançar duas versões inéditas durante a Agrishow 2024, que começou ontem em Ribeirão Preto (SP). Os novos modelos, T25 e o T50, contam com a marca e assinatura do ex-presidente Jair Bolsonaro.“Temos certeza de que será um sucesso, já que a fábrica é líder global no segmento”, diz Sérgio Ricardo Orsolin, CEO da empresa.

 

 

Indenização para aldeias

 

Enquanto o fantasma das barragens assombra a região metropolitana de Belo Horizonte, as indenizações mensais para aldeias atingidas pelo lamaçal contagioso da Barragem da Samarco em Mariana vão chegar a meio bilhão de reais neste 1º semestre. É o somatório dos Auxílios Extra Emergenciais pagos a três etnias em Minas Gerais e Espírito Santo, cujos territórios, fauna e flora foram destruídos. Esses valores foram definidos pelo Fundo Renova, criado pela empresa sob tutela do Ministério Público. São repassados mensalmente R$ 5,3 milhões para 1.641 famílias de Tupiniquim e Guarani, no ES – R$ 316,6 milhões no total – e R$ 2,3 milhões para 181 famílias dos Krenak de Resplendor (MG), somando R$ 133,5 milhões. Desde a criação do fundo até este abril foram pagos R$ 450 milhões às aldeias.

 

Rompidos

O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) rompeu de vez com o ex-presidente Jair Bolsonaro. O motivo seria o fato de Mourão não mais atender e tampouco retornar os telefonemas de Bolsonaro. A caixa postal está lotada de recados de assessores do ex-presidente, conta gente do seu staff.

 

Haddad & Faria Lima

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, palestrou para o Itaú num evento seleto em São Paulo no qual participaram apenas clientes com saldo acima de R$ 10 milhões. A turma saiu animada com o que ouviu. Falta combinar o ajuste fiscal com o chefe no Palácio, que insiste em gastar mais.

 

Querido da madrinha

Olavo Noleto, Secretário-Executivo do Palácio do Planalto, está pela bola 7. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, acha que seu desgaste no Congresso vem da falta de articulação dele. Olavo é blindado pela madrinha Miriam Belchior.

 

Nova Nuclebras

A Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal concedeu parecer favorável ao Projeto de Lei 5563/23, do deputado Júlio Lopes (PP-RJ), que altera o nome da Indústrias Nucleares do Brasil S.A. para Nuclebras. A criação da marca visa impulsionar a empresa no mercado internacional, visto que ela é responsável por todo o ciclo de produção do combustível nuclear.

 

 

Celebração de Sarney

 

A celebração dos 94 anos do ex-presidente José Sarney reuniu personalidades políticas – senadores, deputados e governadores de direita e de esquerda – de quase todos os Estados. Os convidados da festa, realizada na mansão dele no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, foram recepcionados pela filha, Roseane Sarney, e assessores. Entre os ministros do Governo Lula, estiveram presentes Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda a pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou quase no final da festa. O ex-ministro José Dirceu (PT) também marcou presença e trocou palavras com o ex-senador Gim Argello. Ambos foram alvos da Lava Jato. Presidente do MDB, o deputado Baleia Rossi foi um dos políticos mais paparicados e ficou do início ao fim do evento. Todos os convidados ficaram surpresos com a vitalidade do Sarney, que estava muito bem e lúcido após a queda que sofreu há dois meses.

 

Cobrança

Nos últimos dez dias, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, recebeu em seu gabinete apenas um deputado e três senadores, conforme levantamento da Coluna: Jaime Bagattoli (PL/RO),  Laércio Oliveira (PP/SE), Chico Rodrigues (PSB/RR) e o deputado Dionilson Marcon (PT/RS). Esse foi um dos motivos para a cobrança do presidente Lula da Silva para que ele participe mais das articulações com o Congresso.

 

Solla x Brazão

Independentemente do deputado do PT escolhido para relatar o processo contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o parecer será pela cassação do parlamentar. A relatoria tende a ficar com Jorge Solla (BA) que chamou de canalhice o pedido de vistas de colegas em votação sobre a manutenção da prisão de Brazão na CCJ da Câmara.

 

Canetada

O Ministério da Saúde, que já tem recebido críticas pela epidemia de dengue, acaba de comprar uma nova briga. O decreto nº 11.999 altera o plenário da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), que faz a regulação e supervisão dos programas de Residência no país. A canetada duplicou os membros ligados ao Governo Federal, deixando as associações médicas sem efetivo peso nas decisões do colegiado.

 

TCU mira Apex

O TCU abriu processo para investigar “a atuação da Apex Brasil no processo licitatório que resultou na compra de nova sede”. O caso foi revelado pela Coluna. A comissão de licitação é apontada por uma das concorrentes – Paulo Octavio Empreendimentos -, por atuar sem transparência na tramitação e escolha de um dos projetos que concorriam, pelo qual a agência poderá pagar até R$ 6,7 milhões a mais que a proposta de menor preço.

 

Brasil em Londres

O ex-presidente Michel Temer (MDB) e seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, se encontram hoje … em Londres. Ambos são convidados do 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideia. Participam do painel “O Papel do Judiciário para a Estabilidade Democrática”. Andrei Rodrigues, Diretor-Geral Polícia Federal, também estará por lá hoje.

 

Triunvirato

 

Depois do pito do presidente Lula da Silva, os líderes do Governo, José Guimarães (CE), do PT, Odair Cunha (MG), e o deputado Carlos Zarattini (PT- SP) formaram uma força-tarefa para ouvir a insatisfação e demandas dos colegas da base para repassá-las diariamente aos articuladores do Governo. Não desgrudam e, além dos gabinetes e do Plenário, abordam deputados nos corredores. Uma das queixas recorrentes é a dificuldade de agenda com ministros, reclamação que é enviada pelos três diretamente para os chefes das pastas. Os deputados também estão atuando com elo de encontro de ministros com vice-líderes, como a reunião desta semana entre Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) e parlamentares do MDB, PDT, PSD, União Brasil, PSB e PCdoB.

 

Sob flechas

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, tem tentado apagar incêndio após o presidente Lula da Silva não ter cumprido a promessa de demarcar 14 terras indígenas. Ela admite que “é pouco”, mas tenta contemporizar as cobranças alegando que, neste um ano e quatro meses de Governo, foram homologados dez territórios indígenas. Nos dez anos anteriores, ela compara, foram apenas onze territórios demarcados.

 

Fora das pistas

Rubens Barrichello chegou acelerando fundo no mercado de apostas esportivas. Em um setor já saturado por celebridades, esportistas e ex-jogadores de futebol patrocinados por sites especializados em apostas, Rubinho adotou caminho diferente. O piloto foi anunciado como diretor não-executivo para a América Latina da SOFTSWISS, empresa europeia líder no desenvolvimento de soluções de software para iGaming.

 

Climão

Em uma coletiva de imprensa realizada na segunda, 22, no horário do almoço, na Embaixada da Autoridade Palestina, em Brasília, jornalistas de vários veículos passaram por situação constrangedora. O motivo: não foi servido o almoço para eles, sendo que serviu para os diplomatas presentes e seus respectivos motoristas. Todos os jornalistas foram embora e não publicaram nada sobre a entrevista.

 

Discrepância

Ao ver como “discrepância” a proposta de aumento de 57% para a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiro, o senador Cleitinho (Republicanos-MG) lembra que o reajuste do mínimo previsto para 2025 é de 2,6%. “Acho que tem que ter a consciência. Por isso o Brasil está como está”, afirma ao defender mudanças “no modo como o dinheiro público é administrado”.