Política

Teles Júnior minimiza pesquisa que mostra queda do Amapá em competitividade

Segundo Teles Júnior, com o agravamento da crise os investimentos diminuíram fazendo com que houvesse esse recuo.


Segundo o titular da Seplan, o resultado do estudo reflete a realidade atual que os estados vivem em função da crise, mas pondera que essas 10 posições no ranking foi conquistada porque entre 2015 e 2015 o Amapá executava grandes obras, como construção de pontes e pavimentação de rodovias estaduais

O titular da secretaria de estado de Planejamento (Seplan) afirmou na manhã desta sexta-feira (22) no programa LuizMeloEntrevista(DiárioFM 9,9), que os resultados mostrados em pesquisa divulgada nesta semana pelo Centro de Liderança Pública (CLP) refletem a realidade vivida pelos estados, mas a queda do Amapá no ranking se deve ao fato de que dois anos atrás, quando o estado subiu 10 posições no ranking, os investimentos estavam sendo feitos em grande monta, principalmente na construção de grandes obras, como pavimentação de estradas estaduais. Segundo Teles Júnior, com o agravamento da crise os investimentos diminuíram fazendo com que houvesse esse recuo.

A pesquisa mostra que o Amapá perdeu 10 posições, passando do 16º para o 26º lugar, e foi o estado com o pior desempenho em 2017, especialmente pelo resultado obtido nas áreas de educação e capital humano. Elaborado com base em 10 itens, o Ranking de Competitividade dos Estados mostra que, em meio à crise, apenas SC, RS, MG, CE, PB, AL, AC e RO, além do DF, tiveram desempenho melhor do que em 2016.

“É importante pontuar que essa pesquisa não é fruto do IPEA ou do IBGE, como foi divulgado, mas sim de uma Organização Não Governamental que visa ajudar os estados nas políticas públicas. Vale lembrar que 2016 o Amapá subiu 10 posições nesse mesmo indicativo na formulação política publica; esse resultado de 2017, mostra que apenas oito estados melhoraram a posição em relação às ultimas pesquisa. No caso do Amapá das 10 dimensões estudadas, quatro apresentaram resultado negativo em comparação à pesquisa anterior; dessas quatro, houve queda nos itens solidificação fiscal e capacidade de investimento; entre 2015 e 2016 o Amapá estava executando grandes obras, como construção de pontes e pavimentação de rodovias estaduais, o que impulsionou a subida; acontece que a partir de 2016, com a intensificação da crise o governo resolveu não fazer mais operação de crédito para evitar impacto na dívida pública, o que provocou uma redução muito forte; outra dimensão foi o item segurança pública, com o subitem ‘mortes a esclarecer’, que apresentou redução de 100% nos anos anteriores e caiu 67%, o que agora reflete mais a realidade; outro subitem que impulsionou essa queda foi ‘segurança patrimonial’, com levantamento de furto e roubo de carros, que não captou informações do Amapá e o estado pontuo zero por cento; essa soma de fatores provocou essa queda”, analisou

Sobre as críticas de setores da oposição que, com base nessa pesquisa, divulgam nas redes sociais que o Amapá teria sofrido queda nos investimentos de educação e capital humano, Teles Júnior contestou: “Esses dois itens, educação e capital humano não registraram redução e, portanto, não impactaram essa queda no ranking; a análise da oposição está errada, e na realidade eles não se preocuparam em analisar a pesquisa. A revista Valor Econômica mostrou agora que a estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) dos estados coloca o Amapá com crescimento na média nacional. Ainda temos problemas sim, principalmente na questão industrial, mas perspectiva é que a partir de 2017 os indicadores vão reagir positivamente”.


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