Cidades

Amapá teve a maior taxa de desocupação do país no quarto trimestre de 2018, revela IBGE

A taxa de desocupação ficou 0,3 ponto percentual abaixo do trimestre anterior (11,9%). Considerando-se as variações estaticamente significativas, em 6 das 27 unidades da federação, a taxa caiu em relação ao terceiro trimestre de 2018.


Paulo Silva
Da Redação

No Brasil, a taxa de desocupação, no 4º trimestre de 2018, foi de 11,6%. Este indicador apresentou redução em relação ao 3° trimestre de 2018 (11,9%) e ao 4° trimestre de 2017 (11,8%). Em geral, as maiores taxas de desocupação foram observadas nos estados da Região Nordeste, e as menores nos da Região Sul. No 4 º trimestre de 2018, as Unidades da Federação que apresentaram as maiores taxas de desocupação foram Amapá (19,6%), Bahia (17,4%), e Alagoas (15,9%).

A taxa de desocupação ficou 0,3 ponto percentual abaixo do trimestre anterior (11,9%). Considerando-se as variações estaticamente significativas, em 6 das 27 unidades da federação, a taxa caiu em relação ao terceiro trimestre de 2018. Por outro lado, a taxa subiu apenas na Bahia (1,2 p.p.), indo de 16,2% para 17,4%. As quedas ocorreram em Sergipe (-2,5 p.p.), Pernambuco (1,2 p.p.), Espírito Santo (-1,0 p.p.), Rio Grande do Sul (-0,8 p.p.), Paraná (-0,8 p.p.) e São Paulo (-0,7 p.p).

No quarto trimestre de 2018, as maiores taxas de desocupação entre as unidades da federação foram Amapá (19,6%), Bahia (17,4%), e Alagoas (15,9%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso (6,9%) e Mato Grosso do Sul (7,0%). Entre as regiões, apenas a Sul não permaneceu estável nessa comparação (queda de 7,9% para 7,3%).

Pará, Maranhão e Amazonas têm mais trabalhadores por conta própria

A população ocupada, no 4º trimestre de 2018, estimada em 93,0 milhões de pessoas, era composta por 67,1% de empregados (incluindo empregados domésticos),4,9% de empregadores, 25,6% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,3% de trabalhadores familiares auxiliares.

Nas Regiões Norte (33,2%) e Nordeste (29,0%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões. Por Unidades da Federação, os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria foram do Pará (35,1%), Maranhão (33,2%) e Amazonas (34,0%), enquanto os menores ficaram com o Distrito Federal (2 0,4%), São Paulo (21,5%) e Santa Catarina (21,8%). Amapá tem 28,8%.

Santa Catarina tem o menor percentual de trabalhadores sem carteira (13,2%)

No 4º trimestre de 2018, o número de empregados no setor privado sem carteira assinada cresceu 0,3% em relação ao trimestre anterior, um incremento de 31 mil pessoas. Frente ao 4º trimestre de 2017, esse aumento foi de 3,8% (427 mil pessoas). Entre as UFs, as maiores proporções foram no Maranhão (49,4%), Piauí (47,8%) e Pará (4 6,4%), e as menores foram em Santa Catarina (13,2%), Rio Grande do Sul (18,0%) e São Paulo (19,7%). A taxa média anual dessa população ficou em 11,2 milhões de pessoas. Frente a 2017, houve aumento de 4,5% (482 mil pessoas). O Amapá aparece com 40,4%.

Maranhão tem o menor percentual de trabalhadores com carteira assinada (50,6%)

No 4º trimestre de 2018, 74,1% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, contra 75,3% no 3º trimestre de 2017, uma diferença de -327 mil pessoas. As Regiões Nordeste (59,9%) e Norte (61,9%) tinham os menores percentuais e a Região Sul (82,9%), o maior. Entre os trabalhadores domésticos, 28,4% tinham carteira de trabalho assinad a. No mesmo trimestre do ano anterior a proporção era de 29,5%. As UFs com os maiores percentuais de empregados com carteira assinada foram Santa Catarina (86,8%), Rio Grande do Sul (82,0%) e São Paulo (80,3%), e as menores ficaram com Maranhão (50,6%), Piauí (52,2%) e Pará (53,6%). O Amapá tem 59,6%

Rendimento médio permaneceu estável em todas as regiões

No 4º trimestre de 2018, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.254. Este resultado apresentou estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.237) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.241). Nas Grandes Regiões, também houve estabilidade estatística nessas duas comparações.

Na comparação entre o 3º trimestre de 2018 e o 4º trimestre de 2018, a Região Sul (R$ 2.475) foi a única a presentar expansão estatisticamente significante do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao 4º trimestre de 2017, foi observada estabilidade estatística do rendimento médio em todas as regiões.

Outras medidas de subutilização

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho adequado, ou não tinha experiência ou qualificação, ou era considerado muito jovem ou idosa, ou não havia trabalho na localidade em que residia – e que, se tivesse conseguido t rabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Ela faz parte da força de trabalho potencial.

O contingente de desalentados no terceiro trimestre de 2018 foi de 4,70 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade, valor estável em relação ao 3º trimestre de 2018 (4,78 milhões). Houve aumento de 8,1% frente ao 4º trimestre de 2018, quando eram 4,35 milhões de pessoas desalentadas. Os maiores contingentes estavam na Bahia (804 mil pessoas) e no Maranhão (512 mil) e os menores em Roraima e no Amapá, com 10 e 11 mil pessoas, respectivamente.


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