Cidades

Aneel nega adiar cronograma e Belo Monte pode ter prejuízo mil

Consórcio deve ser obrigado a comprar energia para entregar a clientes



 

Depois de quase 5 meses de análise, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu rejeitar o pedido do consórcio Norte Energia, responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, para adiar o cronograma de entrada em operação da usina.

A alteração no cronograma isentaria a Norte Energia de comprar no mercado, de outras usinas, a energia que vai deixar de gerar devido a atrasos nas obras, para entregar aos clientes. A decisão da Aneel, portanto, deve obrigar o consórcio a cumprir seus contratos, o que pode representar um prejuízo milionário.

Maior projeto do país na área elétrica, Belo Monte deveria ter começado a gerar energia, e a entregá-la a seus clientes, em 28 de fevereiro de 2015. Nesta data, de acordo com cronograma previsto em contrato, entraria em operação a primeira turbina da hidrelétrica. Porém, de acordo a Norte Energia, isso só deve acontecer em novembro de 2015 – ou seja, 9 meses depois do previsto.

Os atrasos atingem o chamado Sítio Pimental, casa de força complementar de Belo Monte, que ao todo terá 6 turbinas com capacidade para gerar 233,1 MW (megawatts), cerca de 3% de toda a eletricidade que será produzida pela hidrelétrica. O contrato de concessão prevê que, até novembro, 5 das 6 turbinas de Pimental deveriam entrar em operação, num total de 194,25 MW, mas esse cronograma não será cumprido.


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