Cidades

Beadell rebate Feijão

Mineradora diz que nunca praticou extração ilegal de ouro, como o geólogo declarou à luz de denúncia que fez sobre o caso em questão. 


A empresa Beadell Brasil Ltda. enviou release para o Diário do Amapá com o propósito de “esclarecer” declarações do geólogo e advogado Antônio da Justa Feijão, dia 10 passado, quando cobrou resultado de denúncia que ele fez pela extração ilegal de 16 toneladas de ouro realizada pela mineradora em questão, no município de Pedra Branca do Amapari. Feijão lembrou que a denúncia foi feita ainda no início de 2014, o que inclusive suscitou o seu pedido de renúncia ao cargo de superintendente do DNPM no Amapá, em 4 de março de 2014.

Para o geólogo, o Amapá foi esbulhado por gente da Austrália. “Hoje se faz leilão de um notebook em decorrência de uma ação fiscal, quando nem sequer sabemos onde está a denúncia que ofertei, registrando um valor de quase meio bilhão de reais”, protestou Antônio da Justa Feijão, que falou na Austrália porque a Beadell pertence àquele país da Oceania.

Comparando, Feijão registrou que quando o garimpeiro tira ouro é preso e tem os seus bens apreendidos, mas quando uma empresa estrangeira tira ouro sem a concessão mineral, o DNPM chama de lavra informal.

“Até para garantir a classe do colonizador  expropriando as nossas riquezas, dá um nome bonito, mineração informal, e no caso do garimpeiro, mineração predatória”, observou o geólogo.

Apesar dos problemas, o geólogo ressaltou que a produção de ouro no estado é comparada à produção de cavaco, forte, com uma quantidade que precisa ser mais olhada pela Prefeitura Municipal de Pedra Branca do Amapari, porque houve uma exploração por parte da Beadell, na queda do Porto da Icomi e na atenção dada ao problema.

No release, a Beadell Brasil Ltda. diz que “nunca praticou extração ilegal de ouro ou quaisquer outros minérios, que como de pleno conhecimento do Sr. Feijão, a empresa é detentora de Portaria de Lavra e Arrendatária de direitos minerários, de maneira absolutamente regular, exercendo suas atividades no Estado do Amapá desde 2003, nos termos da legislação mineral, ambiental e fiscal, fato este constatado quando da fiscalização realizada em 14 de março de 2014(3 dias antes de seu pedido de exonereção em 11.03.14) e que restou provado, em 8 de abril de 2014 , quando do Ofício emitido pela Equipe do DNPM/AP, formada pelos 3 (três) Técnicos do DNPM”.

A empresa prossegue: “O DNPM/AP vem periodicamente fiscalizando as instalações da Beadell, e jamais foi constatada extração de minério de ouro de forma ilegal ou qualquer sonegação fiscal. A empresa lamenta, ainda, ter sua imagem veiculada de forma indevida, como se envolvida no trágico acidente do Porto da Icomi, conforme lamentavelmente e caluniosamente afirmou o Sr. Antônio da Justa Feijão, o que será objeto das pertinentes medidas judiciais cabíveis”.

E conclui:  “A Beadell reitera que sua atuação tem sido sempre no sentido de empreender uma atividade regular com atendimento das melhores praticas de governança corporativa, ambiental, e social, vem empregando cerca de 600 colaboradores diretos e quase 1000 indiretos, recolhendo ISS, CFEM, Imposto de renda, regularmente, e assim beneficiando os Municípios de Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio, Tartarugalzinho contribuindo assim através da geração de emprego, renda e arrecadação de impostos,  para o desenvolvimento socioeconômico da região onde está instalada, bem como para o Estado e população do Amapá”.


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