Cidades

Fachin se diz ‘progressista’, mas afirma que não tem filiação

Indicado por Dilma para o STF respondeu a pergunta sobre posição política.



 

Indicado pela presidente Dilma Rousseff ao Supremo Tribunal Federal, o advogado Luiz Edson Fachin se definiu como uma pessoa “progressista”, mas negou ter filiação partidária. Durante sabatina no Senado, ele foi questionado sobre sua posição política e respondeu que, embora chamado a tomar posição como professor e jurista, nunca fez “proselitismo político em sala de aula”.

A indicação de Fachin gerou polêmica em setores políticos em razão de, em 2010, ele ter discursado em apoio à então candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em evento público. Ao comentar o assunto, o jurista afirmou que atuará com “imparcialidade”.

“Não fui inscrito em partido político, embora em 1982 integrei a equipe que elaborou o plano de governo do então candidato José Richa. De qualquer sorte, não tenho inscrição político-partidária, nunca fiz proselitismo político em sala de aula”, afirmou.

No Senado, ele disse que chegou a assinar um documento de filiação ao PMDB “há muitos anos”, mas, sem explicar o motivo, afirmou que posteriormente seu nome não constava no registro eleitoral.

Depois, o jurista Luiz Fachin explicou sua convicção ideológica. “Considero-me alinhado com as pessoas que querem o progresso do país. Sou, portanto, progressista, nesse sentido, mas preservando o Estado, a autodeterminação dos interesses privados”, disse. “Em alguns momentos, como professor, como jurista, sou chamado a tomar posição. E eu tenho feito isso com o mínimo de bondade no coração. Eu nasci com o DNA vocacionado para o magistério. Sou um professor que advoga. E quando vejo um aluno meu, ou ex-aluno, se lançando [candidatos], tenho dado dezenas de cartas de apoio”, completou.


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