Cidades

Jornalistas vivem ‘Um Dia de Polícia’

Jornalistas vivenciaram um dia como policial. A ação faz parte das comemorações do 41º aniversário da Polícia Militar do Amapá


Da Redação

Treze jornalistas de vários veículos de comunicação viveram uma experiência única em suas vidas profissionais na manhã desta quinta-feira (24) quando o Comando da Polícia Militar do Amapá (PM-AP) proporcionou a eles ‘Um Dia de Polícia’.

Segundo o comandante geral da instituição, coronel Carlos Souza, o objetivo foi estreitar os laços entre polícia e imprensa, e, sobretudo, mostrar aos profissionais da área a rotina dos policiais que atuam na defesa da sociedade.

“A Polícia Militar do Amapá completa 41 anos e estamos realizando várias atividades. Escolhemos trazer os profissionais de imprensa para dentro da instituição no sentido de que eles compreendam como funciona esse sistema. A partir disso eles podem falar com maior conhecimento sobre nossas atividades. Ao mesmo tempo nós estamos aprendendo com cada um deles. É uma troca de experiências muito importante para ambos”, disse.

Para o jornalista Elden Carlos, que integra o Sistema Diário de Comunicação, onde é responsável, entre outras, pela editoria de polícia, foi uma oportunidade de conhecer as entranhas da atividade policial militar. O profissional, que tem dez anos de casa, experimentou uma roupa usada em operações que envolvem explosivos. O equipamento – avaliado em cerca de US$ 400 mil, pesa entre 35 e 40 quilos. A roupa pertence à Polícia Federal (PF) que montou uma parceria com o Bope para a utilização do traje.

“Hoje, aprendi o verdadeiro sentido da expressão ‘caminhar juntos’. Aprendi mais ainda sobre lealdade, respeito, honra, sobre como cuidar do próximo, e sobre como manter o controle em situações extremas para resolver conflitos. Fomos, de cara, entregues ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) e tivemos um dia como integrantes da Tropa de Choque. Fizemos simulação de tomada de pavilhão presidiário com um cenário muito real ao que esses homens enfrentam quando necessário no Iapen. E, não foi fácil. É preciso destreza, habilidade, conjunto, disciplina e todos os fatores necessários para que a missão seja cumprida. Ao final, conseguimos êxito na tomada do pavilhão e contenção dos ‘presos’ rebelados. ‘Choque!!!’, é com esse grito coletivo que anunciamos a tomada do pavilhão e o fim da crise. Vou levar essas lições para o resto da vida”, disse o jornalista.

Durante as instruções os profissionais de imprensa tiveram conhecimento sobre as subdivisões do Bope e o armamento utilizado em missões distintas, como gerenciamento de crises em presídio, manifestações públicas, assaltos com reféns, dentre outros. Toda ação vivenciada pelos jornalistas ocorreu sob instrução de militares capacitados em outros estados, e que dominam técnicas imprescindíveis para execução plena de suas missões.

“Os senhores estão tendo a oportunidade de experimentar apenas uma fração do que nossos policiais enfrentam todos os dias. Esse treinamento é diário e implica na manutenção do condicionamento físico e mental de cada um deles. Estamos preparados para qualquer chamado, não importa o lugar, não importa a hora. Missão dada é missão cumprida no Bope, senhores”, disse o comandante do Bope, coronel Jackson Rodrigues.

 O Bope conta ainda com um canil que prepara cães para operações envolvendo drogas e até mesmo uso de artefatos explosivos. Um único cão que está em treinamento chega a custa R$ 15 mil.

Mas, além de policiais dedicados, o Bope mantém peritos em outras áreas. Foi com essas cabeças pensantes que o Batalhão montou uma academia de musculação onde foram gastos apenas R$ 5 mil. Todos os equipamentos foram desenhados e construídos por policiais.

Também foi criado internamente um fundo financeiro, onde cada policial contribui mensalmente com R$ 90. O dinheiro garante a manutenção da sala de fisioterapia e outras atividades desenvolvidas como o próprio setor jurídico. O dinheiro é administrado por uma espécie de instituto que é presidido pelo tenente PM Joab.

“Criamos esse fundo para ter certa autonomia. Isso garante a manutenção dos nossos espaços e se um ‘guerreiro’ precisar em determinada situação poderemos ajudar. Temos um fundo de reserva hoje na ordem de R$ 15 mil. Mas, essa é uma ação interna do Bope, nós dialogamos e decidimos colaborar mutuamente. É assim que funciona”, concluiu o comandante Jackson.

Após seis horas de intenso treinamento, os jornalistas foram recebidos novamente pelo comandante geral da PM que fez a entrega de certificados de participação. Para a surpresa dos jornalistas, no momento da entrega o coronel Carlos anunciou que os diplomas seriam entregues pelos parentes dos jornalistas que foram comunicados sem que os profissionais soubessem. A surpresa causou emoção.

Ano que vem, segundo o comandante geral, haverá novas surpresas.


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