Cidades

Juiz Marconi Pimenta sonha em ainda ver Amapá sem moradores de rua

Magistrado, que coordena movimento determinado pelo Conselho Nacional de Justiça, anuncia grande acontecimento para o dia 21 de março, na Praça da Bandeira


 

Douglas Lima
Editor

 

“Mais de 50% da população do Amapá está no CadÚnico; somos um estado rico com pessoas pobres”. A forte expressão foi pronunciada pelo juiz Marconi Pimenta, na manhã deste sábado, 16, no programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9), quando anunciava para o próximo dia 21 um grande mutirão de busca ativa por pessoas em situação de rua em Macapá.

 

Doutor Marconi informou que do mutirão, chamado ‘Pop Rua Jud Amapá’, participarão os três poderes do estado, inclusive órgãos federais e municipais, como também instituições como o Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil e Maçonaria, além de empresas e instituições privadas. O movimento atende Resolução do Conselho Nacional de Justiça.

 

O mutirão, como informou o juiz Marconi Pimenta, atuará na Praça da Bandeira, a partir das 19h do dia 21 de março, até ao atendimento da última pessoa necessitada. “Nosso sonho é que um dia o Amapá não venha a ter moradores e pessoas em situação de rua”, manifestou o magistrado reconhecido pelo seu empenho em defesa das causas sociais.

 

O Pop Rua Jud Amapá aborda pessoas sem teto para cadastramento e oferta de serviços de cidadania e prestação jurisdicional. Os cidadãos identificados na busca ativa têm seus pleitos encaminhados às instituições públicas para a resolução dos problemas. A ação também consegue emprego e moradia própria para os resgatados das ruas.

 

O doutor Marconi Pimenta salientou, contudo, que o mutirão do dia 21 ofertará vários serviços, na Praça da Bandeira: emissão de documentos (Certidão de Nascimento, RG, CPF etc.); inscrição do CadÚnico; acesso a programas sociais (como o Minha Casa Minha Vida) e benefícios previdenciários, bem como estabelecimento de pensão alimentícia.

 

O Governo do Estado do Amapá entregará cerca de cem kits de higiene para dignidade menstrual e kit dormitório. A Prefeitura Municipal de Macapá participará com várias atividades. Outros parceiros doarão sandálias de dedo. A Maçonaria ofertará sopa. Também haverá atendimento eleitoral, entre outros serviços.

 

“Temos que mostrar para o Brasil que estamos cumprindo a política que garante direitos a essas pessoas consideradas invisíveis na nossa sociedade”, provocou o magistrado Marconi, para lamentar o fato de o Amapá ter mais de 50% da população inscrita no CadÚnico, apesar de ser um estado rico.

 


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