Cidades

Ministério da Educação repensa política do ensino médio integral

Secretária estadual de educação, Sandra Casimiro, entende que modelo adotado não se encaixa na realidade do adolescente atual


Wallace Fonseca
Estagiário

 

O cenário educacional brasileiro apresenta dados incomuns sobre números de vagas preenchidas nas escolas, sobretudo nas de ensino médio integral. Acerca do tema, o programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9) desta quinta-feira, 28, ouviu a secretária estadual da educação, Sandra Casemiro, que entre outros pontos falou sobre a situação atual das escolas amapaenses e de outros estados.

“Ainda temos vagas. Estamos com matrículas abertas para os anos finais do fundamental e para o ensino médio; a modalidade integral agora tem o itinerário informativo profissionalizante. Para esses, a procura foi grande. Já encerramos o processo de matrícula. Temos vagas disponíveis para o ensino médio integral, como no Colégio Amapaense e Tiradentes”, informou Sandra Casemiro.

A secretária informou que sua pasta tem atuado para fortalecer ainda mais a nova política para a Educação de Jovens e Adultos, a EJA, na temática para qualificação profissional. “Essa tem sido a política do governador Clécio para a educação sobre o itinerário formativo de qualificação profissional”, pontuou Sandra.

Sobre os cursos gratuitos de formação profissional, que ofertavam 2.057 vagas, Sandra celebrou a alta procura, e disse que na próxima semana será divulgado o resultado preliminar. “É muito boa a credibilidade que os jovens estão vendo nos cursos técnicos”, disse a secretária. No total, os cursos receberam 16 mil inscrições.

Ensino Integral
Acerca do número de vagas disponíveis na modalidade de ensino de tempo integral, a secretária opinou dizendo que o formato pensado pelo Ministério da Educação não se encaixa na realidade do estudante do ensino médio de hoje, que é o adolescente que já tem outras atividades, como prática de esportes, cursos, ou já está no mercado de trabalho. “Se fizéssemos essa política de educação integral no fundamental e nos anos iniciais, onde o pai trabalhador necessita deixar o filho na creche para ele trabalhar o dia todo, essa procura seria inversa”, declarou Sandra.

A secretária ainda disse que o Ministério da Educação tem feito estudos sobre a situação porque essa baixa procura não é exclusividade do Amapá, mas também de outros pontos do Brasil. “Quando a gente conversa com secretários de educação de outros estados, é a mesma situação; existe uma baixa procura para o ensino médio integral. O MEC repensa como fazer essa política”, concluiu.

 

 


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