Cidades

MP-AP realizou reunião para avaliar aplicativo de proteção às mulheres vítimas de violência

“O município de Macapá, mesmo não tendo uma estrutura de uma metrópole, já apresenta problemas de uma, principalmente relacionados à violência contra mulher.


O Ministério Público do Amapá, (MP-AP), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), realizou na manhã desta sexta-feira (19), na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, reunião de avaliação do aplicativo para proteção das mulheres em situações de risco e violência. Participaram da reunião a Coordenadora Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Anne Pariz, estudantes e ativistas dos movimentos feministas.

O aplicativo é uma plataforma para sistema Android e IOS que funciona como um botão de emergência. Após instalado no celular e/ou tablet, os contatos registrados no aparelho receberão uma mensagem de socorro, com a exata localização da vítima. A usuária poderá cadastrar até cinco contatos de sua confiança e, ao entrar em uma situação crítica, a vítima aciona o botão para enviar a solicitação de ajuda. O celular não precisa estar conectado à internet, mas é preciso que tenha créditos, pois o sistema funciona através de mensagens (SMS).

Durante a reunião foram abordados os serviços ofertados pelo aplicativo e ouvidas sugestões das participantes da reunião para o melhoramento do serviço de apoio e atendimento do sistema. Como proposta, sugeriram avaliar a possibilidade de disponibilizar uma mensagem padrão a ser enviada, assim como a possibilidade do envio de áudios e fotos para facilitar a ocorrência do pedido de socorro, em um momento de aflição da vítima.

Beatriz Castro, estudante de jornalismo da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), ressaltou: “As mulheres não denunciam seus agressores por vergonha e até mesmo intimidação, pois ao chegarem a uma delegacia, quem vai atender é um homem, e aí entra a importância do anonimato do aplicativo”.

De acordo com Arthur Silva, do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI), que está desenvolvendo o aplicativo, afirma que o serviço inicialmente estava sendo feito de forma modular, em que cada funcionalidade foi desenvolvida separadamente. Atualmente, estão consolidando as partes para montar a versão final do serviço que será disponibilizado para testes internos, a partir das sugestões feitas durante a reunião.

É muito importante a pré-estreia do aplicativo e muito oportuna por ser no carnaval, principalmente porque alguns homens relacionam esse momento de folia à liberdade sexual, que não existe. Este aplicativo dá à mulher uma sensação de proteção para ela transitar tranquilamente pela cidade”, apontou a estudante de jornalismo Luiza Nobre.

“É uma ferramenta de fortalecimento e ajuda para mulheres que sofrem com violências, não só domesticas como em qualquer outro lugar que elas estiverem. O nosso objetivo é proteger a mulher vítima para que ela se sinta acolhida e a ajude a enfrentar esse ciclo de violência”, apontou a promotora de Justiça Andrea Guedes, chefe de gabinete do MP-AP e que responde, interinamente, pela titularidade da Promotoria da Mulher.


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