Cidades

Oiapoque já tem quase 2 mil casos confirmados de chikungunya

No município, doença é tratada como epidemia pela Defesa Civil estadual.



 

Levantamento feito pela Defesa Civil do Amapá mostra que 1.911 pessoas estão contaminadas com o vírus da febre chikungunya no município de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. O número corresponde ao período entre setembro de 2014, quando foi detectado o primeiro caso interno do vírus na cidade, até 21 de fevereiro de 2015. Uma ação social prevista para iniciar na quarta-feira, 25, vai mapear as regiões de infecções.

A Defesa Civil estadual considera a doença uma epidemia em Oiapoque. Para manter o controle da chikungunya, a instituição diz que contribui com a limpeza urbana, visitas às residências de infectados e a barreira de inspeção sanitária na saída da cidade, para monitorar quem entra e quem sai do município.

O secretário executivo da Defesa Civil estadual, Janary Picanço, acredita que todo o trabalho contribui para que o número de doentes não seja maior.

“O foco principal de proliferação do mosquito é na área urbana. Como nosso trabalho tem acontecido nessa região, acreditamos que isso tenha evitado a proliferação para o estado, apesar de sabermos que há casos em outros municípios”, falou Picanço.

A operação realizada pela instituição em Oiapoque, que notifica os casos de forma clínica e epidemiológica, vai continuar. Segundo Picanço, a equipe da Defesa Civil voltará ao município para ajudar a Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims) a mapear as pessoas infectadas com a doença e que estão impossibilitadas de trabalhar.

“Um estudo do Ministério da Saúde aponta que cerca de 60% dos casos confirmados no município evoluíram para o estado mais agudo da doença, incapacitando as pessoas para fazer atividades profissionais. Junto à Sims, vamos fazer uma ação e procurar dar apoio a essas famílias”, informou o secretário executivo.

O chikungunya foi identificado pela primeira vez entre 1952 e 1953, durante uma epidemia na Tanzânia. O primeiro caso da doença no Amapá foi diagnosticado em julho de 2014 em um menino francês de 13 anos, que passou as férias em Oiapoque.

A gravidade no índice da doença no Amapá levou a prefeitura de Oiapoque a decretar situação de emergência em setembro de 2014, por causa das ocorrências de chikungunya na cidade, que tem cerca de 20 mil habitantes (Censo 2010). O município foi o primeiro a registrar casos de infectação interna no país. Macapá teve o primeiro caso confirmado em 17 de janeiro de 2015, na Zona Norte de Macapá, área considerada de risco para a infestação da doença.

O agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti, mesmo causador da dengue, e Aedes albopictus. Os sintomas da doença são febre repentina acompanhada de dores nas articulações, e, ainda, sintomas parecidos com os da dengue, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele. Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la.


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