Cidades

Pacientes denunciam que triagem no HE é feita por profissionais não qualificadados

Avaliações para encaminhamentos às UBS estariam sendo feitas sem qualquer critério médico. Sesa afirma que procedimento é necessário para descongestionar o Hospital de Emergências, mas população não pode ser mal atendida e recomenda que reclamações devem ser levadas à Ouvidoria.


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Um ouvinte do programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) denunciou na manhã desta terça-feira (10) o que chamou de “péssimo atendimento” na recepção do Hospital de Emergências de Macapá, a única unidade de urgência e emergência de alta complexidade do estado. Segundo ele, a triagem de pacientes é feita por uma recepcionista de uma empresa terceirizada que além de não possui qualquer conhecimento médico, trata com grosseria os pacientes e os encaminha às Unidades Básicas de Saúde (UBS) sem a realização de nenhuma exame para avaliar a gravidade ou não dos casos.
“Eu levei a minha esposa no último sábado ao Pronto Socorro, por volta das 8h20, e eu tive problemas sérios com a moça que nos recebeu na recepção porque ela nos tratou muito mal; ela não está preparada para fazer triagem; o correto seria que um enfermeiro fizesse esse serviço; ela simplesmente olha o paciente, sem fazer qualquer exame e faz o encaminhamento às UBS sem qualquer critério médico; insistir insisti que minha esposa precisava e deveria ser medicada, mas ela estava inflexível, aí eu fui obrigado a entrar no consultório e o medico, após examiná-la, mandou a moça fazer a ficha; pra ter idéia do tamanho do problema, a pressão arterial da minha esposa estava 16×8; quero destacar que o atendimento dos médicos, dos enfermeiros, técnicos e auxiliares é excelente, mas a triagem está sendo um problema sério, porque é feita por uma pessoa sem qualificação, que é funcionária de uma empresa terceirizada”, avaliou.
Entrevistada por telefone pela bancada do programa, a secretária adjunta de Atenção à Saúde da secretaria de estado da Saúde (Sesa) Eli Costa afirmou que no que diz respeito à denúncia de mau atendimento não é essa a orientação da secretaria: “Essa não é a orientação da secretaria, pelo contrário, nós nos empenhamos muito para que a população tenha um atendimento de qualidade, tanto que implantamos uma equipe humanização que está trabalhando com as equipes, ouvindo permanentemente profissionais e usuários, mas até a gente conseguir profissionalizar de fato é um processo de transformação; temos também a Ouvidoria, comandada pelo Adnaldo, que é servidor público, que vem fazendo um bom trabalho com sua. Essas reclamações devem ser levadas à Ouvidoria, que funciona no próprio Hospital de Emergências.
 
Mudança no atendimento
Conforme explicou a secretária, todas as unidades de saúde do estado estão passando por mudanças, com o objetivo de se adequar ao padrão de atendimento determinado pelo Ministério da Saúde: “A gente está mudando o atendimento com a implantação da classificação de risco; essa mudança é radical e atinge todo mundo, desde os servidores, usuários e até mesmo o secretário, para melhorarmos a qualidade de atendimento a quem fato precisa de tratamento de urgência e emergência, garantindo um atendimento mais qualificado, evitando que pessoas que têm uma leve dor de cabeça fiquem na fila de paciente com prioridade, como em casos de hemorragia, por exemplo. O diretor do HE, o Waldir, está comandando com muita competência a sua equipe nessa fase de transição dos procedimentos, e todos receberam capacitação para fazer acolhimento mediante classificação de risco, seguindo os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde”.

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