Cidades

PSDB pede convocação de ministro para explicar suposta oferta

O coordenador jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), (foto), protocolou pedido



 

O coordenador jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), (foto), protocolou pedido de convocação do ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT-RS), para ele explicar na Comissão Representativa do Congresso a suposta oferta de cargos do segundo escalão do governo em troca de apoio à candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara.

A eleição para presidente da Câmara será no próximo dia 1º, quando todos os deputados eleitos toma posse. Além de Chinaglia, são candidatos ao cargo os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG).

Em reportagem na edição desta terça do jornal “Folha de S.Paulo”, Cunha afirma receber “todos os dias” relatos de deputados sendo abordados pelo Palácio do Planalto com ofertas para apoiar Chinaglia. Segundo o jornal, Cunha diz que o governo tem feito “todo tipo de proposta e de cobranças, incluindo ofertas de cargos”.

Oo ministro Pepe Vargas negou que o governo use cargos para influenciar na eleição para presidente da Câmara. “O governo não está formando as indicações do segundo e do terceiro escalão com base nesse critério, de que se o sujeito apoia o Arlindo ou o Cunha ele pode ou não indicar alguém. Não vai ser esse o critério para indicações”, disse.

Carlos Sampaio fez o pedido de convocação de Vargas à Comissão Representativa porque o Congresso está em recesso. A Comissão Representativa é formada por nove senadores e 19 deputados que representam o Legislativo durante o recesso parlamentar.
Para que o requerimento seja aprovado é preciso que o presidente do colegiado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), convoque uma reunião, o que ainda não ocorreu. Normalmente, a comissão atua em casos considerados “urgentes”, que não podem esperar o retorno dos parlamentares ao trabalho.

Para Carlos Sampaio, a suposta oferta de cargos abala a “lisura do processo de eleição do presidente da Câmara”. “Não podemos conceber que a legislatura do período 2015/2019 se inicie sob suspeição, notadamente por meio do já useiro e veseiro proceder do governo do Partido dos Trabalhadores, cooptando parlamentares mediante entrega de vantagens, como reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão e comprovado pela Polícia Federal nas investigações da operação Lava Jato”, afirmou Sampaio.


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