Cidades

Segundo o SindSaúde, 50% dos servidores da Sesa aderiram à gre

Apenas funcionários que atuam nos setores de urgência e emergência estão trabalhando



 

De acordo com o Sindicato de Enfermagem e Trabalhadores da Saúde do Amapá (Sindsaúde), 50% dos servidores da rede estadual de Saúde aderiram à paralisação de advertência da categoria, que iniciou na segunda-feira, 11. Segundo a entidade, apenas funcionários que atuam nos setores de urgência e emergência nas unidades da capital e do interior estão sendo mantidos.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que a paralisação não compromete o atendimento nos hospitais. Pacientes e acompanhantes estão reclamando da demora nas unidades.

A estudante Cleisiane Oliveira disse que levou a irmã na manhã de segunda-feira ao Hospital de Emergências (HE), mas, segundo ela, o atendimento só ocorreu à noite: “Minha irmã está com pedra na vesícula e sentindo muitas dores. Não tinha ninguém aqui para preencher o prontuário dela. Ela só recebeu uma medicação e até agora espera a consulta com o médico. Foram mais de 10 horas nessa espera”, falou.

A doméstica Maria Sodré contou que o marido dela está internado no setor de traumatologia do HE desde o dia 1º de maio e aguarda por cirurgia. De acordo com ela, o procedimento seria realizado nesta terça-feira, mas não foi confirmado pela equipe médica.

“Essa paralisação deixou as coisas mais precárias do que já são por aqui. Cheguei às 7h da manhã e até o momento, às 10h, ainda não tem ninguém no setor de informações para confirmar se vai ocorrer a cirurgia do meu marido ou não. É uma situação difícil”, lamentou.

No Hospital da Mulher Mãe Luzia, a estudante Márcia Souza também diz ter encontrado dificuldades para receber atendimento no setor administrativo. Ela levou a irmã na noite de segunda-feira para a unidade, mas o atendimento só ocorreu, segundo ela, na manhã desta terça-feira. “Não tinha gente para dar informações, para fazer prontuário. Minha irmã recebeu medicação horas depois. Foi um sufoco muito grande”, reclamou.

A paralisação de advertência dos servidores da Saúde está no segundo dia e deve encerrar nesta quarta-feira, 13, segundo o sindicato. Enfermeiros, técnicos em enfermagem e outros servidores cobram reposição salarial de 36%, além de melhores condições de trabalho nos hospitais e contratação de servidores para o quadro de pessoal, que tem atualmente 6,5 mil trabalhadores.

A Sesa recebeu a pauta de solicitações da categoria e adiantou que o percentual de reajuste proposto pelos profissionais não será concedido em função de indisponibilidade financeira da pasta.


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