Cidades

Semsa oferta programa de saúde voltado às pessoas com HIV/AIDS

A UBS da Unifap, onde o programa funciona, está localizada na Rua Amadeu Gama, 1355, no Zerão e funciona de segunda a sexta, das 8h às 11h e das 14h às 17h.


A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) continua com os atendimentos do programa Linha de Cuidado Integral a Pessoa Vivendo com HIV/AIDS (PVHIV). A iniciativa é inédita e começou a funcionar em dezembro de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

A partir do programa é possível fazer a testagem na própria unidade de saúde e caso o resultado seja positivo, o paciente é encaminhado ao Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) para que o exame seja refeito.
Se o diagnóstico se manter, a pessoa passa por consultas para conhecer as particularidades de cada caso e, assim, realizar a medicação adequada. Posteriormente o paciente é encaminhado à UBS da Unifap para acompanhamento e continuidade ao tratamento.
O coordenador de Infecções Sexualmente Transmissíveis do município, Fernando Oliveira, comenta que o atendimento à Pessoa Vivendo com HIV/AIDS é totalmente sigiloso e respeita a integridade do paciente.

“A pessoa vivendo com HIV/AIDS pode se apresentar à sala de acolhimento da unidade sem a necessidade da exposição da sua condição de saúde na recepção. O paciente entra no fluxo de atendimento da unidade junto aos outros sem distinção de comorbidade para assim preservar o seu direito ao sigilo. Este atendimento é realizado de forma humanizada e garantindo qualificação no serviço ofertado”, explica.

A principal forma de transmissão do HIV é o sexo sem preservativo e qualquer relação sexual desprotegida está suscetível à contaminação pelo vírus, que pode levar à AIDS. A gestante com HIV também pode transmitir a doença para o filho durante a gravidez, no parto ou na amamentação com o leite materno infectado.

Para Oliveira, conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus.

“Deve haver sempre a preocupação quando se trata de HIV. O Amapá, em comparação ao restante do país, está acima do esperado em relação à taxa de infecções sexualmente transmissíveis. A taxa de HIV está com uma prevalência alta em relação aos outros estados”, destaca o coordenador.

 

Serviço
A UBS da Unifap, onde o programa funciona, está localizada na Rua Amadeu Gama, 1355, no Zerão e funciona de segunda a sexta, das 8h às 11h e das 14h às 17h. Para ser atendido é necessário apresentar um documento oficial com foto e o Cartão do SUS.

 

Sintomas
O vírus apresenta diversos sintomas no corpo humano e podem ser atribuídos a outras doenças. Em função dessa característica é difícil diagnosticar a doença sem realizar o teste.

Febre baixa, perda de apetite, perda de peso, dor de cabeça, cansaço excessivo, garganta inflamada, dores nas articulações, diarreia e sudorese noturna estão entre os sintomas mais comuns da infecção por HIV.

 

Tratamento
Os medicamentos antirretrovirais impedem a multiplicação do HIV no organismo, ajudando a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. A medicação aumenta o tempo e a qualidade de vida e reduz as internações por infecções. O Sistema Único de Saúde (SUS) distribui gratuitamente antirretrovirais.

 

Dados
De acordo com o SAE/CTA, em 2021 o Amapá registrou 338 novos casos de HIV/Aids. Comparado com o ano de 2020, que fechou com 268 casos, houve aumento de mais de 26% nos diagnósticos.

O SAE/CTA também aponta que 62% dos casos acontecem entre homens jovens e adultos com faixa etária entre 21 a 30 anos.


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