Nota 10

Autora fala da repercussão de livro e filme sobre habitação em áreas de ressaca

Considerada uma leitura obrigatória para qualquer candidato a prefeito, pesquisa sobre habitação em alagados é valiosa plataforma de planejamento.


Cleber Barbosa
Da Redação

 

A professora-doutora Bianca Moro, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), concedeu entrevista no rádio nesta terça-feira (01) sobre a repercussão do livro que acaba de lançar, sobre a ocupação popular das áreas de ressaca em Macapá – uma pesquisa considerada uma leitura obrigatória a qualquer pretenso candidato a prefeito da cidade.

 

Ela foi entrevistada pelo programa Café com Notícia, na Diário FM (90,9), quando deu mais detalhes sobre a enorme repercussão que as suas pesquisas ganharam e ainda estão recebendo no Brasil e no exterior.

A publicação foi objeto de pesquisa ainda em 2015, durante a defesa de tese no curso de doutorado da autora, que é amapaense.

“A pesquisa era sobre assentamentos populares na Amazônia brasileira, onde tinha um estudo de caso sobre as áreas de ressaca de Macapá, então fiz uma adaptação dessa pesquisa e publiquei o livro agora no início do ano, mas se leva muito tempo mesmo para se lançar um livro no Brasil”, disse.

 

Durante a pesquisa de campo, também registradas em vídeo, foram produzidos pequenos documentários dentro de um outro projeto denominado “planejando com a comunidade”, que resultou em um prêmio internacional na Argentina. Tamanha relevância levou Bianca Moro à Nova Iorque, onde recebeu treinamento para realizar um trabalho exatamente com as comunidades em áreas de ressaca de Macapá.

 

O filme

Uma das pessoas que demonstrou muito interesse no trabalho, foi o professor Peter Lucas, que também é cineasta.

 

“Além de nos mostrar como se faz um documentário ele colocou Macapá num projeto internacional dele chamado ‘Houses Problems’, pois o primeiro filme de habitação popular no mundo data de 1935, de Londres, então ele teve a ideia de fazer a filmagem em várias versões pelo planeta, Hong Kong, Nova Iorque, Rio de Janeiro e ele escolheu Macapá por ser a versão da Amazônia”, disse a pesquisadora.

O filme foi produzido pela procuradora-geral do MP-AP, Ivana Cei, contando com a direção de Peter Lucas e codireção da pesquisadora Bianca Moro. Agora, tanto o filme como o livro estão disponíveis como uma grande fonte de pesquisa e um legado para os futuros planejamentos urbanos para Macapá, a Amazônia e o mundo.


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