Política

Base estratégica para exploração do petróleo será construída e

Garantia foi dada pelos dirigentes da British Petroleum e Total a representantes da bancada federal do Amapá


 

Representantes da bancada federal do Amapá reuniram-se no último domingo com o vice-presidente da British Petroleum (BP) e o diretor da Total, empresas que integram o consórcio responsável pela exploração de petróleo no Amapá. De acordo com os executivos, a fase ainda é embrionária e a previsão é que a base estratégica de transporte seja o município de Oiapoque, distante 560 Km da capital, Macapá.

Na reunião, da qual participaram os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), o deputado federal Marcos Reátegui (PSC) e o vereador André Lima (PSOL), além de representantes do comércio local, o vice-presidente da BP, Ivan Simões, explicou que a fase ainda é de pesquisa e que as atividades de fato devem ser pensadas em décadas. “Encontrar petróleo é quase como achar uma agulha em um amontoado de palheiros. Só a fase de perfuração vai apontar se existe realmente petróleo em quantidade economicamente comercial”, ponderou.

Os representantes das petroleiras explicaram que os poços para pesquisa serão perfurados em alto mar, a cerca de 300 km da costa de Oiapoque, em águas com até três quilômetros de profundidade. Entre a BP e Total, nos seis blocos, serão perfurados 10 poços, cuja obra deve levar cerca de quatro meses para ficar pronto.

A previsão é que a produção começará após 2022, quando de fato o Amapá poderá se beneficiar dos empregos, impostos da operação e royalties. “Até lá devemos acompanhar cada movimentação e garantir que o Amapá não saia perdendo. Eles têm consciência que o Amapá, geograficamente, é a melhor opção em base de operações, e por enquanto não há razão para o estado oferecer qualquer tipo de vantagem, até porque eles já saíram vitoriosos do leilão da ANP”, alertou o senador Randolfe.

No município de Oiapoque será montada uma base estratégica no aeroporto da cidade para abastecer os helicópteros que farão o trajeto entre o continente e o navio plataforma que fará as perfurações. Em breve devem ser iniciadas as audiências públicas nos municípios afetados. A ação faz parte do processo de licenciamento ambiental.


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