Política

Cientista político afirma que a reforma da previdência não é determinante para o país crescer

Segundo Antônio Elias, o resgate da dívida de grandes empresas, que soma mais de R$ 450 bilhões, seria suficiente para evitar o caos, que é o principal argumento dos que são a favor da reforma.


O mestre em Economia e Ciências Políticas Antônio Elias afirmou nesta terça-feira (12) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), que a reforma da previdência não é determinante para o país crescer. Segundo Antonio Elias, o resgate da dívida de grande empresas, que soma mais de R$ 450 bilhões, seria suficiente para evitar o caos, que é o principal argumento dos que são a favor da reforma.

Militante do PT, partido pelo qual disputou a eleição para prefeito de Mazagão em 1992, e exerceu o mandato até 1996, Antônio Elias pondera que a reforma “é um assunto que está sendo discutida por todos os brasileiros”, que segundo ele “estão aflitos, porque ninguém sabe onde vai chegar; o presidente Bolsonaro já apresentou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), e o que se escuta hoje dos prós, é que se a reforma não ocorrer o país vai parar; já os contras dizem que o problema da previdência é gerencial, e precisamos resgatar dívidas de grandes empresas, que ultrapassam 450 bilhões de reais”.

Ainda de acordo com Antônio Elias, o orçamento da previdência não se restringe ao INSS. “O orçamento existente não é só da previdência, mas também da sáude e da assistência social; é um tripé que tem vários fundos, como o COFINS, PIS, Pasep, exportação e outros, além do que entra pelo INSS, que, portanto, não é a única fonte; esse orlamento da seguridade social foi uma conquista da nossa Constituição Federal de 1988, e só pra lembrar, o Amapá teve quatro representes, Anníbal Barcellos, Raquel Capiberibe, Geovane Borges e Eraldo Trintade”, pontuou, acrescentando:

– Eu acho que os brasileiros, em sua maioria, estão sendo levados por uma propaganda muito grande dizendo que ou o Brasil faz reforma ou para; o secretário da Previdência Social do Ministério da Economia, Leonardo Muniz, diz que se o Brasil não fizer a reforma vai haver inflação; ora, o país está em crise, mas vive em normalidade social; ele diz que se fizer a reforma vamos ter 8 milhões de empregos nos próximos seis anos, mas não explica como; mas o problema exclusivamente de gestão –, analisou.


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