Política

Deputados federais do Amapá apresentam propostas diferentes para bonificação na nota do ENEM

Estão apresentando propostas, com percentuais diferentes, de bonificação na nota do ENEM, para os alunos que concluírem o ensino médio regular e presencial nas escolas do Amapá e que tenham optado pela ampla concorrência.


Paulo Silva
Editoria de Política

Os deputados federais Acácio Favacho (PROS/AP) e Camilo Capiberibe (PSB-AP) estão apresentando propostas, com percentuais diferentes, de bonificação na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), para os alunos que concluírem o ensino médio regular e presencial nas escolas do Amapá e que tenham optado pela ampla concorrência.

Por meio de ofício no último dia 21 de fevereiro, encaminhado ao reitor Júlio César Sá de Oliveira, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Acácio Favacho solicitou a possibilidade de levantar uma discussão junto ao Conselho Universitário de uma bonificação regional de 30% na nota do Enem, para os alunos que concluírem o ensino médio regular e presencial nas escolas do Amapá e que tenham optado pela ampla concorrência.

“Não poderíamos ficar calados com o desequilíbrio educacional existente, entre a região norte e as demais regiões do pais, fazendo com que essa política afirmativa, se dá pela necessidade de garantir uma política de oportunidade de acesso ao ensino superior para alunos da região do Amapá”, justifica o parlamentar.

Já o deputado Camilo Capiberibe enviou ofício ao reitor Júlio César Sá de Oliveira pedindo bonificação de 25% à nota do ENEM, pelo Sisu, aos estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas ou privadas no Amapá e municípios como Afuá, Chaves, Breves, Almeirim, Monte Dourado.

Camilo explica que o objetivo é ampliar o ingresso de alunos do Amapá e das ilhas do Pará no ensino superior da Unifap. A decisão para implantar o Bônus de Inclusão Regional, já usado em outras instituições federais do país, cabe ao reitor e ao Conselho Superior da universidade. O deputado socialista apontou que a bonificação poderá compensar disparidades, como o ingresso de apenas um aluno amapaense entre as 60 vagas do curso de medicina.

LEI DAS COTAS – O Governo Federal publicou a chamada Lei de Cotas (Lei 12.711, de 29 de agosto de 2012), considerada como grande passo para consolidar as políticas de ações afirmativas, pela qual as universidades, institutos e centros

federais devem reservar 50% das vagas em seus processos seletivos a candidatos cotistas; e a Unifap vêm cumprindo com essa determinação.

Entretanto, dados do IDEB (Índice de Educação Básica) sinalizam discrepâncias entre os avanços da região Norte e as outras regiões do país, aspecto que, de certa forma, causa prejuízo e limita o ingresso na Unifap do aluno nortista, mais precisamente dos estados do Amapá e das regiões ribeirinhas, via ENEM.

Essa realidade não se restringe ao Amapá. Diversas instituições públicas de ensino superior, em especial das regiões Norte e Nordeste, vêm adotando o sistema de bonificação.


Deixe seu comentário


Publicidade