Ex deputado Mandi sofre infarto, após assalto, e morre aos 58 anos de idade
Também empresário, conhecido ex parlamentar vinha para Macapá, procedente de São Paulo
O ex deputado estadual do Amapá, Manoel Mandi, 58 anos, morreu terça-feira à noite, 23, em Araguaína (TO), acometido de infarto depois de ter sido assaltado. Com ajuda de um motorista, seu funcionário, ele transportava um carregamento de gás no caminhão de sua propriedade, quando houve a abordagem dos bandidos.
No fim da tarde de segunda-feira, 22, Mandi, também empresário, e o funcionário, que dirigia o caminhão, decidiram parar em um posto de gasolina onde existe um pequeno hotel. O ex deputado não estava se sentindo bem. Alugou um quarto e foi descansar.
O motorista ficou no caminhão. Anteontem pela manhã, ao acordar, o empresário descobriu que a carreta tinha sido levada por assaltantes. O motorista também tinha desaparecido, mas foi encontrado vivo pela polícia num local onde costuma haver desova de cadáveres.
Mandi, que já não estava bem, começou a se sentir pior. Ele foi levado para um hospital com sintomas de ataque cardíaco e acabou morrendo à noite.
A Assembleia Legislativa do Amapá sediará os funerais oficiais do estado para o ex-deputado estadual. O corpo foi trasladado para Macapá, em voo fretado, na tarde desta quarta-feira, 24. No Aeroporto Internacional de Macapá foi recebido por familiares e amigos, seguindo escoltado por um comboio de jipeiros até o Parlamento Estadual. O velório foi feito durante toda a noite e pela manhã há celebração de Culto Ecumênico. O sepultamento ocorre hoje, no fim da manhã, no Cemitério São José.
Manoel Mandi, que foi deputado por dois mandatos, de 2002 a 2010, era conhecido pelos projetos sociais que executva na região do Jari e pelas aventuras com jipeiros pela Amazônia. Deixou esposa, e dois filhos.
O ex deputado era presidente do Jeep Clube de Macapá. Natural do Ceará, Manoel Mandi morava no Amapá há mais de 30 anos, onde chegou para trabalhar no Projeto Jari, como motorista de caminhão e depois taxista.
Mandi ajudou a fundar a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Laranjal do Jari, da qual também foi presidente. Em Macapá, atuou no Rotary Clube Internacional e no Jeep Clube de Macapá, onde foi presidente, presidente de honra e, mais recentemente, voltara a dirigir o clube consolidando o perfil social com inúmeras ações solidárias e filantrópicas.
A vida esportiva foi muito valorizada por Manoel Mandi. Ele chegou a ser campeão brasileiro de rally em 2012. A viagem que ele fazia, ao morrer, procedia de São Paulo com destino a Belém, de onde viria de avião, e o carregamento de gás transportado de balsa.
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