Política

Governo do Amapá pede aos bancos maior prazo para servidores que anteciparam o 13º salário

Segundo o governo, o principal objetivo é evitar que os servidores tenham complicações financeiras em razão da inviabilidade da antecipação da primeira parcela do 13º salário dos servidores, em julho, como ocorreu nos últimos anos. O governo também solicitou a amenização das taxas de juros.


PAULO SILVA
DA EDITORIA DE POLÍTICA

O governo do estado do Amapá anunciou que intermediou na tarde de sexta-feira (15/7), junto às entidades bancárias, a possibilidade de não haver os descontos nos vencimentos dos valores de empréstimos que tiveram como garantia o 13º salário para o funcionalismo público. A negociação, segundo o governo, contou com a participação da Frente dos Servidores do Estado, grupo que representa 34 categorias do funcionalismo do Amapá.

Segundo o governo, o principal objetivo é evitar que os servidores tenham complicações financeiras em razão da inviabilidade da antecipação da primeira parcela do 13º salário dos servidores, em julho, como ocorreu nos últimos anos. O governo também solicitou a amenização das taxas de juros.

“Temos uma mesa permanente de diálogo com os servidores. Por isso, procuramos as instituições bancárias para intermediar esta negociação, em respeito ao servidor público que fez a antecipação do décimo. Estamos pedindo um prazo até 20 de novembro para postergação da quitação dos empréstimos, além de taxas diferenciadas de juros”, explicou o governador Waldez Góes (PDT).

O Amapá tem 33 mil funcionários, e um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), junto as instituições financeiras, apontou que 22% dos servidores públicos (7.152), realizaram a operação de crédito de antecipação do 13º salário.

Segundo o governo do estado, sensibilizados ao cenário de crise, enfrentado, os representantes das instituições bancárias sinalizaram interesse em negociar. O gerente da Caixa Econômica Federal, Jonathan Trindade, informou que existe sim, a possibilidade de postergação da dívida.

“Podemos analisar cada caso e oferecer algumas alternativas, como um parcelamento suave da dívida, até mesmo a postergação do prazo, e trabalhar uma renegociação com juros diferenciados”, informou Jonathan Trindade.

O gerente geral do Banco do Brasil, Darlan Baldisere, disse que levará a proposta à diretoria geral do banco. “Não podemos dar uma resposta imediata. É necessário uma análise dos superiores. Na próxima semana sentaremos novamente com o governo para informar de que forma podemos contribuir neste momento delicado enfrentado pelo país e o estado”, ponderou o gerente.

Os representantes do Bradesco, apesar de terem um número bem pequeno de operações de antecipação, informaram que também podem negociar. Uma nova reunião de negociação será marcada para próxima semana.


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