Política

Governo federal suspende obras do Aeroporto Internacional de M

Secretário de Planejamento afirma que medida pode ser contornada através de gestões políticas da bancada federal



 

Embora já tenham sido licitadas, as obras do Aeroporto Internacional de Macapá foram suspensas. A ordem foi dada pelo ministro da fazenda, Joaquim Levy, e faz parte do ajuste fiscal do governo que atingiu obras em quase todos os estados brasileiros. Ouvido na manhã dessa segunda-feira, 8, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), o secretário de Estado de Planejamento, Antonio Teles Junior, afirmou que se esse corte realmente for efetivado, restará o caminho político.

“A bancada federal terá condições de reverter a medida, por se tratar de uma obra de invulgar importância para o Amapá, somando-se a isso o fato de que o nosso Estado tem status estratégico para o próprio País, por se tratar da porta de entrada de vários países. Com a inauguração da ponte binacional interligando o Brasil à França, milhares de estrangeiros vão usar o Amapá para viajar a outros destinos. Daí, também, a necessidade de se concluir logo essa obra, por se tratar do único aeroporto de grande porte que possuímos”, ressaltou Teles Júnior.

O secretário pontua, também, que os ajustes nas finanças públicas é uma necessidade, mas, na opinião dele, não se deve generalizar, sacrificando obras de grande relevância social e econômica: “Esses ajuste estamos fazendo também aqui no Amapá. O governo Waldez foi obrigado a fazer muitos cortes orçamentários e estamos tendo dificuldades para trazer recursos da União para cá, principalmente por causa da mudança das regras do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O ajuste tem que ser feito, mas com responsabilidade, com foco no desenvolvendo, elegendo prioridades. Por isso se justifica plenamente a política de incentivos de investimentos públicos e privados, promovendo um ciclo de desenvolvimento baseado em investimentos e não em consumo, como sempre foi feito”.

Para Teles Junior, todas as vezes que o Brasil se propôs a discutir gargalos institucionais ocorreram grandes avanços: “Foi assim com o ‘Milagre Econômico, que projetou um grande crescimento por pelo menos dez anos. E isso vai acontecer agora com as reformas, embora elas não sejam tão profundas como deveria ser, mas já é um bom começo. Haverá conseqüências sombrias, sim, como a previsão de elevadas taxas de desemprego nos próximos anos. Mesmo assim, apesar de uma crise violenta, as perspectivas a longo são boas. Infelizmente, porém, a curto prazo não se apresentam como favoráveis, vislumbrando-se o horizonte dessa crise para o ano de 2017. A partir daí os investimentos serão retomados”, prevê.


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