Política

Juiz federal elogia convênio para retomada de obras do Hospital Metropolitano

Intermediador das negociações entre PMM e GEA, juiz João Bosco destaca que Clécio Luís (Rede) e Waldez Góes (PDT) esqueceram divergências políticas para priorizarem o Amapá


Principal responsável pela celebração do convênio entre a Prefeitura de Macapá (PMM) e o Governo do Amapá (GEA), o juiz federal João Bosco Costa Soares, da 2ª Vara Federal, elogiou na manhã desta quarta-feira (24), no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) o que chamou de “grande exemplo” dado pelo prefeito Clécio Luís (Rede) e Waldez Góes (PDT) para “tirar o Amapá da triste estatística de 101 obras paralisadas no país na área de saúde por problemas de gestão e de política partidária”.

Para o juiz, que intermediou as negociações entre Estado e Prefeitura, a atitude “responsáveis” do prefeito e do governador, é elogiável: “Finalmente o problema foi solucionado através do convenio entre o Município e o Estado, através do prefeito Clécio e do governador Waldez; o que chama mais a atenção é que essas duas autoridades estão colocando o interesse público acima das divergências partidárias. O Hospital Metropolitano vai complementar as áreas de traumatologia e ortopedia no estado. Quero lembrar que no Brasil 101 hospital estão com suas obras paradas por problemas gestão e por questão políticas; aqui está sendo dado um grande exemplo, em que acima de interesses partidárias, o Amapá está sendo tirado dessa triste estatística”.
 

Convênio
O governador e o prefeito de Macapá assinaram convênio para a retomada das obras do Hospital Metropolitano. O documento, que ainda depende de aval da União, define atribuições para o governo estadual e federal sem tirar a responsabilidade da prefeitura, que permanece com a incumbência de concluir a obra com os recursos oriundos da União. Por não ter condições de gerir a unidade hospitalar, o município deverá entregá-la ao Estado equipada e mobiliada, para que o governo assuma sua administração.

A Prefeitura de Macapá contratou uma empresa para executar em 120 dias o projeto de readequação da obra hospitalar, que a princípio deverá ser usada para dar suporte às especialidades de neurocirurgia e traumatologia, desafogando, sobretudo, a fila de cirurgias eletivas do Hospital de Emergência (HE) e do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal).

“Administrar essa unidade nos dará a oportunidade de desafogar umas das maiores demandas da saúde, que é a traumatologia. Além disso, temos que reconhecer as iniciativas da Justiça Federal, que não só hoje, mas em outras pautas, tem beneficiado a população. Aqui é mais um desses casos em que, de braços dados com a prefeitura, vamos encontrar uma solução que seja a menos burocrática, para destinação final do Metropolitano”, ressaltou Waldez Góes.

O prefeito Clécio Luís reiterou que o momento é histórico e reconhece que manter um hospital é muito difícil. “Eu acredito que a saúde só pode avançar se nós tivermos soluções integradas. Infelizmente não temos condições de gerenciar uma unidade de alta complexidade. Porém, transformar o Metropolitano em um hospital de trauma vai solucionar uma das maiores mazelas vividas pelos macapaenses”, previu.

O prédio precisa de R$ 14 milhões para ser concluído. Desse valor, aproximadamente R$ 7 milhões estão na conta do município. Para que o hospital funcione, são necessários cerca de R$ 5 milhões por mês, quase R$ 60 milhões por ano, ressaltou a Prefeitura de Macapá. O restante do valor deve ser garantido com auxílio de recursos federais.

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