Política

Júlio Miranda nega antecipação de aposentadoria no TCE do Amapá

Conselheiro afastado diz que só deixa o cargo em 2022, quando completa o tempo para aposentadoria.


O conselheiro Júlio Miranda, do Tribunal de Contas do Amapá (TCE-AP), afastado do cargo em razão de processo (ação penal) que enfrenta no Superior Tribunal de Justiça (STJ), como resultado da Operação Mãos Limpas, de setembro de 2010, afirmou na tarde desta quinta-feira (10) que não passa de especulação a “informação” de que ele pretende antecipar sua aposentadoria do cargo, abrindo vaga para que a Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) indique novo conselheiro para o TCE.

“Só deixo o cargo em 2022, quando completo o tempo para me aposentar. Não é de hoje que se fala em pressão para que eu me aposente de forma antecipada, mas não tem quem me pressione”, afirmou Miranda.

O conselheiro afastado negou que esteja sendo orientado a se aposentar em razão do processo que enfrenta no STJ. Afinal, em caso de condenação final, após esgotar todos os recursos, a aposentadoria pode ser cancelada. Hoje afastado do cargo, Júlio Miranda recebe seu salário normalmente e diz que “não adianta pressão, pois não vou me aposentar antes do prazo”.

Miranda é um dos cinco ex-deputados estaduais a compor o quadro de conselheiros do Tribunal de Contas do Amapá, onde já estão Amiraldo Favacho, Regildo Salomão, Ricardo Soares e Michel JK. Todos enfrentam problemas com a justiça em ações que tramitam em tribunais superiores e na justiça local. Quatro das sete vagas são indicadas pela Assembleia Legislativa.

Nova direção – Está confirmada para o dia 22 deste mês a posse dos novos dirigentes do Tribunal de Contas do Amapá eleitos no ano passado. Assume a presidência o conselheiro Michel Houat Harb (Michel JK), tendo os conselheiros Amiraldo Favacho como primeiro-vice-presidente e Ricardo Soares (atual presidente) como segundo-vice-presidente. Ou seja, três ex-deputados estaduais no comando do TCE.


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