Cidades

Motoristas de aplicativo do Amapá vivem expectativa sobre vínculo trabalhista

Conhecido como “Caso Uber”, processo analisa o controverso tema entre motoristas e aplicativos no Supremo Tribunal Federal


 

Cleber Barbosa
Da Redação

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou o julgamento, que vai até 1º de março, sobre a repercussão geral nas teses que tratam de vínculo empregatício entre empresas, como a Uber, e seus motoristas. No Amapá, é grande a expectativa por parte dos profissionais que atuam no segmento.

 

Em análise, a Dra. Silvia Monteiro, especialista em direito do Trabalho, explica que a existência de vínculo empregatício entre motoristas e aplicativos é um tema controverso e que esses trabalhadores precisam contar com o amparo da previdência, mas que deve ser feito com cautela.

 

“Isto porque, até hoje, não se olvida a necessidade de que se estabeleça uma legislação específica que abarque a nova relação de trabalho que surgiu em decorrência das plataformas digitais em suas diferentes esferas”, explica.

 

 

Para a especialista, é fundamental que se faça uma regra, inclusive sob o ponto de vista social, pois se não houver proteção previdenciária, quando estes trabalhadores estiverem sem condições de trabalho em decorrência da idade ou de alguma patologia, teremos uma sociedade equivalente à da época da Revolução Industrial, empobrecida, sem poder aquisitivo, sem amparo do estado, o que implicará no aumento dos índices de miséria e violência.

 

Todavia é extremamente controverso na doutrina e na jurisprudência, inclusive nos tribunais superiores (TST e STF), a existência ou não vínculo de emprego na relação existente entre motoristas e a Uber, nos moldes da atual legislação (artigos 2º e 3º da CLT), que seja ou não ideal, seja ou não suficiente, pois é a única existente no ordenamento jurídico e reconhecida pelo Estado Democrático de Direito e deve ser atualizada.

 

“Esperamos que a regulamentação deste tipo de trabalho seja feita o mais breve possível pelo Poder Legislativo, para que as empresas que pretendem investir nessa atividade tenham clareza e segurança, até mesmo para precificar a prestação de serviços, de quais os custos envolvidos na cadeia produtiva”, destaca Silvia Monteiro, do Urbano Vitalino Advogados.

 

 


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