Política

Procurador do Amapá defende eleição indireta para Presidente da República

Eleito recentemente para o conselho consultivo da Associação Nacional dos Procuradores, Diego Bonilla diz que crise não justifica violação à Constituição Federal


O procurador do Estado do Amapá, Diego Bonilla Aguiar do Nascimento, defendeu na manhã deste sábado (20) respeito à Constituição Federal, que prevê eleição indireta para Presidente da República em caso de afastamento de Michel Temer. Segundo ele, o ideal seria que a escolha, que deverá ser feita pelo Congresso Nacional, recaísse sobre um técnico, em especial um economista, ou mesmo um parlamentar que não esteja envido diretamente em denúncias, para reverter os “sérios problemas” que o país enfrenta na economia.

“Eu votei no Aécio (Neves, do PSDB) na eleição passada e ele me decepcionou, mas não me arrependo de não ter votado na Dilma; para desespero da democracia brasileira, o noticiário nacional dá conta de que o Janot (Rodrigo, Procurador Geral da República) vê indícios que o presidente Temer cometeu três crimes, e de que o Lula e a Dilma receberam 150 milhões de dólares, que foram depositados em uma conta na Suíça; quero deixar bem claro a fonte, que é o jornal Estado de São Paulo; nomes que poderiam até mesmo refundar a República, criar uma nova Republica depois da reconstrução da antiga, vozes que querem deixar de lado o Texto Constitucional, que é claro, expresso, veementemente, de que se vagar nos últimos meses de mandato não há eleição direta, mas sim indireta, através do Colégio Eleitoral no Congresso”.

Na opinião de Bonilla, em caso de eleição indireta pelo Congresso Nacional, o sucessor de Michel Temer não necessária deve ser escolhido entre a classe política: “Em caso de vacância do cargo de presidente, seja por renúncia, impeachment,  ou mesmo cassação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), tem que haver eleição indireta, escolhendo um nome com capacidade técnica para pacificar o pais principalmente no aspecto econômico. Toda e qualquer saída tem que ser em obediência à Constituição, mas essa saída não necessariamente tem que ser política, mas que seja por alguém com idoneidade em que tenha compromisso com o Brasil”.

Eleição para a Anape
Diego Bonilla também falou sobre sua eleição, na semana passada para integrar o conselho consultivo da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do distrito federal (Anape), que é a maior representação da advocacia publica brasileira: “Eu fiquei muito orgulhoso, muito feliz; eu já me sentia honrado por ser inscrito na Anape, que, inclusive, foi quem propôs a ação contra o Amapá para que o Estado realizasse concurso público para procuradores, o que aconteceu em 2006, e para o qual fui aprovado, e tanto me ajudou na juventude, porque na época eu tinha 22, 23 anos de idade, e hoje sou o primeiro do Amapá a integrar a Anape como titular efetivo, porque antes de mim um amapaense já havia integrado o conselho consultivo, mas como suplente”.


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