Política

Psol espera renúncia de Júnior Favacho

Presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa é quem, se continuar no cargo, dará parecer ao pedido de perda de mandato contra o deputado Moisés Souza
da Assembleia Legislativa


O deputado estadual Paulo Lemos (Psol), foto, informou, na manhã deste sábado, 17, que até segunda-feira , 19, espera uma manifestação do colega de parlamento, Júnior Favacho, para então ingressar na Assemblei a Legislativa, em nome do partido, com pedido da destituição dele da presidência da Comissão de Ética da Casa de Leis.

Alvo das investigações da Operação Acrópole, como presidente da Comissão de Ética o deputado Júnior Favacho decidirá sobre o pedido de perda de mandato do ex presidente da Assembleia, deputado Moisés Souza, ingressado pelo Psol, semana passada. Moisés, do Partido Socialista Cristão, está recolhido na Casa de Custódia de Zerão condenado em um dos dos processos da Operação Eclésia.

A manifestação tão esperada pelo deputado Paulo Lemos é a renúncia de Júnior Favacho ao cargo de presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa. Lemos acha que Favacho demonstrará dignidade se vier a renunciar. “Ele é alvo de investigações por desvio de dinheiro do Poder Legislativo e também já condenado em alguns processos, daí não poder decidir sobre o deputado Moisés Souza e muito menos continuar presidindo uma comissão que trata de ética”, disse o deputado Paulo Lemos.

O advogado Maurício Pereira, um dos defensores de Moisés Souza, e que também atua na Operação Acrópole, entende que o Psol, através do parlamentar Paulo Lemos, provoca um açodamento ao tentar a perda do mandato do deputado Moisés Souza e o afastamento de Júnior Favacho da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá.

O causídico vê que Moisés Souza é alvo de uma condenação equivocada, protagonista de medidas liminares não aceitas, mas que ainda depende do julgamento do mérito da questão, podendo vir a ser considerado inocente. E que Júnior Favacho, por sua vez, conforme a decisão judicial de busca e apreensão em sua residência, está impedido de compor a Mesa Diretora da Assembleia, e não comissões de assessoramento.

Paulo Lemos replica que o pedido de perda de mandato em desfavor do deputado Moisés Souza não diz respeito ao fato de ele não ter sido julgado e condenado em processo transitado em julgado, mas por quebra de decoro parlamentar, uma vez que responde a outros processos, em alguns também condenados, e ainda por ter sido afastado da presidência do Poder Legislativo, por má gestão.
Sobre Júnior Favacho, o psolista argumenta que o parlamentar também é condenado em algumas ações penais, e agora se vê na mira da Operação Acrópóle.


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