Política

“Se tem petróleo no Platô das Guianas, tem no Amapá”, diz secretário da Ciência e Tecnologia

Amapaense Rafael Pontes preside o Fórum Nacional da Ciência e Tecnologia em encontro na capital amazonense e aposta na retomada industrial no estado.


Foto: Poder 360

Cleber Barbosa
Da Redação

O pesquisador amapaense Rafael Pontes, titular da Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia (SETEC) disse nessa sexta-feira (10) que se existe petróleo na região do Platô das Guianas, também é possível desenvolver o setor energético no Amapá. Ele concedeu entrevista ao programa LuizMeloEntrevista, na rádio Diário FM (90,9), enquanto presidia encontro do Fórum Nacional de Ciência e Tecnologia durante encontro em Manaus (AM).

Para o representante do Amapá no colegiado, após toda a contribuição que as ciências deram ao combate do vírus da Covid-19, a hora é de apostar em atrair capital para a pesquisa e o desenvolvimento econômico.

“O Amapá está liderando o lançamento do primeiro edital de uma iniciativa chamada Amazônia +10 que visa dar luz e potencialidade a instituições de pesquisadores da Amazônia, para que a gente consiga trazer para a nossa região pesquisadores do Brasil e do mundo para desenvolver tecnologia, fortalecer a ciência e transferir tecnologia para as comunidades de base tradicional, ribeirinhos, impactando o desenvolvimento científico e tecnológico por aqui”, disse.

Ele disse que o Amapá vem conseguindo resolver passivos legais, fortalecendo o Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, mais robusto e com amparo legal, credenciando instituições amapaenses na lei de informática na Zona Franca de Manaus e tendo no radar uma série de perspectivas reais que possibilitam a atração de empresas e indústrias para o Amapá a partir de um legado de fortalecimento da economia, com a concessão de energia, do saneamento, da água e até da infraestrutura de conectividade de internet.

Petróleo
Rafael Pontes fala que a estratégia também inclui o setor energético, seja a chamada energia limpa com a tecnologia fotovoltaica, além dos combustíveis fósseis que vem sendo tratado numa articulação com a Petrobrás. “Esse diálogo está avançado, com uma possibilidade de exploração ali na região ali no Oiapoque, semelhante ao que está ocorrendo com o Platô das Guianas, onde já ocorre a exploração pelas petrolíferas”, disse.

A Guiana Francesa já vem realizando pesquisas petrolíferas há pelo menos 5 anos, mas a recente descoberta em fevereiro desse ano de duas promissoras reservas deixaram especialistas empolgados com a possibilidade daquele departamento ultramarino francês virar uma emergente potência petrolífera. A descoberta foi em águas profundas – a mais de 150 quilômetros da sua costa – na fronteira do Brasil.
Mercados

O Brasil tem apostado em estabelecer acordos comerciais com os estados da região no Platô. Após o ministro de Relações Exteriores, Negócios Internacionais e Cooperação Internacional do Suriname, Albert Ramdin, ter visitado o Brasil no ano passado, quando teve agenda com o chanceler brasileiro, Carlos Alberto Franco França, em Brasília, para discutir uma cooperação técnica e energética, o próprio presidente Jair Bolsonaro esteve na República da Guiana, onde as primeiras projeções são conta de que suas reservas equivalem a 40% da demanda brasileira por combustíveis fósseis.


Deixe seu comentário


Publicidade