Política

Segurança Pública polariza debate entre os candidatos ao governo do Amapá

Waldez Góes e João Capiberibe se enfrentaram na Rádio Diário FM.


Waldez e Capiberibe debatem mediados pelo jornalista Luiz Melo.

Douglas Lima
Da Editoria de Política

O tema segurança pública polarizou o debate realizado pela Rádio Diário FM (90,9), nesta quarta-feira, 24, entre os candidatos ao governo do estado do Amapá, Waldez Góes, do PDT, e João Capiberibe, do PSB. A eleição, em segundo turno, será domingo próximo, 28.

Os candidatos se alternaram em acusações, principalmente em relação ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) , criado em dezembro de 2002.

Waldez Góes disse não acreditar numa boa atuação de João Capiberibe, no setor de segurança pública, uma vez que apoiou, no Senado, a desmilitarização da polícia.

Amarelo versus azul: as claques do PSB e PDT deram um show à parte no debate desta quarta-feira na Diário FM.

O candidato do PSB negou o dizer do concorrente, e pediu provas de que atuou, como membro da Câmara Alta, para a possibilidade da desmilitarização da polícia brasileira.

Num outro momento do debate, o candidato pedetista mostrou notícia do site do Senado da República, registrando o apoio de Capiberibe à desmilitarização. Capiberibe, por sua vez, argumentou: “Tem a minha assinatura aí, não, né; então isso é uma fake news”.

Waldez Góes acusou o adversário de desmontar o Batalhão de Choque da Polícia Militar do Amapá, quando foi governador, e de pensar em extinguir o Bope.

João Capiberibe se defendeu dizendo que ao desativar o então Batalhão de Choque tomara a medida porque essa corporação já tinha cumprido a sua fase de atuação, e chegava a vez da criação do Bope.

O pedetista contra-argumentou lembrando que o Bope foi criado pela então governadora Dalva Figueiredo, ensejando a que Capiberibe registrasse que a petista fora a sua vice governadora e que ficara na gestão estadual porque ele se desincompatilizara para concorrer ao Senado da República.

Waldez Góes também lembrou que trouxe o GTA para operar no estado, serviço desativado pela administração de Camilo Capiberibe, também do PSB e filho de João.O candidato peessebista registrou que no gabinete governamental do Palácio do Setentrião está um prêmio (troféu) de 750 gramas de ouro maciço concedido pela ONU em reconhecimento ao programa de segurança pública implementado por ele quando governador do Amapá.

Capiberibe garantiu que não extinguirá o Bope, mas o manterá bem mais aparelhado para atuar em situação de grave crise. Também disse que não abrirá mão da volta da Polícia Interativa. O peessebista condenou a demissão de vigilantes escolares para a instalação de monitoramento eletrônico nos educandários do estado. Waldez respondeu que a medida foi para atender a uma necessidade circunstancial.

“Com a retirada dos vigilantes todas as escolas do estado foram saqueadas”, pontuou João Capiberibe. Waldez, por sua vez, prometeu que os vigilantes serão inclusos no programa de agente escolar que está sendo criado pelo governo com a finalidade de manter o patrimônio e a segurança das comunidades estudantil e docente.

Waldez Góes lembrou os concursos públicos já realizados pela sua atual gestão, contemplando a segurança pública, e prometeu fortalecer ainda mais o setor com os investimentos que vem fazendo, de maneira que em 2019 a população já possa sentir melhor esse avanço.

Waldez e Capiberibe (C) com os candidatos a vice governador Jaime Nunes e Andréia Tolentino.

Os dois candidatos, no debate, discorreram também sobre outros vários assuntos. Waldez Góes disse que continuará promovendo os direitos humanos em sua administração, trabalhando no setor infraestrutural do estado, garantindo emprego e renda e dando maior força ao programa Amapá Jovem. E fez a promessa de que cerca de 45 mil famílias carentes terão isenção do pagamento do consumo de energia elétrica.

João Capiberibe, por sua vez, prometeu igualar os ganhos do professor horista ao do colega do quadro do governo, voltar com os vigilantes para as escolas, implantar indústria de extração de óleo, acabar com o parcelamento no pagamento dos servidores estaduais e baixar a conta de energia elétrica.


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