Política

Senador e procurador de justiça atacam projeto que trata de abuso de autoridade

Randolfe Rodrigues e Nicolau Crispino emitiram opinião no programa Togas&Becas, da Rádio Diário FM.


O procurador de justiça Nicolau Crispino, autor das cinco denúncias contra a Assembleia Legislativa aceitas pelo Pleno do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), na semana passada, afirmou na manhã deste sábado, 8, no programa Togas&Becas (Diário FM), que o integrantes do Ministério Público local não sofrem perseguições, ameaças e retaliações, diferentemente de alguns outros pontos do país, onde a situação é inversa.

“Pelo menos até agora não temos sofrido adversidades ameaçadoras, muito menos retaliações de pessoas, órgãos públicos ou poderes. Houve uma diminuição do nosso orçamento, mas isso em função da crise que todo o Brasil enfrenta”, esclareceu o promotor.

Nicolau Crispino colocou que ao contrário de adversidades, o Ministério Público, e ele, em particular, têm recebido apoio da sociedade, notadamente nas redes sociais da internet. “Não sofremos ameaças, mas temos a preocupação de tomar decisões que atingem poderosos, porém isso faz da nossa função, e temos que fazer porque não podemos admitir a dilapidação do dinheiro público, através da corrupção”, pontuou.

O procurador de justiça acha que o projeto em tramitação no Congresso Nacional, a respeito do abuso de autoridade, é uma discussão casuística, refletindo o interesse de políticos corruptos que, para encobrirem os seus malfeitos, alegam que o país vive momentos de inquisição.

Crispino, durante a entrevista, recebeu apoio do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que luta no Congresso Nacional para a medida não ser aprovada. O parlamentar alertou que o momento, em Brasília, é desfavorável para quem é contra o projeto do abuso de autoridade.

Segundo Randolfe, há uma forte ofensiva dos que defendem o projeto, apesar de todos os brasileiros saberem, segundo ele, que o abuso de autoridade já é contemplado na lei brasileira. “Nossa legislação coíbe e inibe o abuso de autoridade, e por que, de uma hora para outra, surge essa preocupação, certamente é com receio da operações em curso e das outras que virão”, pontuou o senador.


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