Política

Senador Lucas Barreto diz que exploração de gás e petróleo na Costa do Amapá não pode ser impedida

Relator de um projeto que torna de preservação ambiental a área onde supostamente se localizam corais raros, senador amapaense promete fazer Audiência pública em Macapá com a participação de especialistas, cujas informações vão embasar o seu relatório.


Em entrevista exclusiva concedida nesta sexta-feira (22) ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), por telefone, de Brasília, o senador Lucas Barreto (PSD-AP), que é relator de um Projeto de Lei de autoria do senador Vital do Rêgo, da Paraíba, que torna de preservação ambiental a área onde supostamente se localizam corais raros, afirmou que o seu relatório vai ser embasado em estudos técnicos e com base em discussões que serão feitas em audiências públicas. Uma dessas audiências, segundo ele, será realizada em Macapá, com a participação de técnicos e estudiosos do setor.

O senador adiantou, no entanto, que já tem convicção formada, porque, conforme revelou, estudos técnicos descartam a existência da barreira de locais raros na Costa do Amapá, inclusive da Marinha do Brasil. “Esses estudos mostram que havia sim corais há 19 mil anos, e hoje há apenas fósseis; ora, todos nós ficamos surpresos, por que ali ao lado, em Pernambuco tem refinaria de petróleo, que gera empregos aos paraibanos; nós pedimos a relatoria e o presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado nos nomeou relator; iremos chamar audiência publica e se possível no Amapá para que possamos discutir esse projeto”, ressaltou.

Ele acrescentou que a área onde se cogita a exploração de gás e petróleo faz parte da Amazônia Azul, argumentando que em outros estados, que fazem parte da mesma plataforma há exploração de petróleo, não sendo coerente impedir a atividade apenas no Amapá. “Quando temos a Guiana e a Venezuela já explorando, aqui bem perto, querem impedir (a exploração) no Amapá; é a mesma plataforma de petróleo; se eles podem, e eles se tivessem problemas também atingiria o Amapá; o Pará que também tem interesse nessa questão; vamos ouvir especialistas para com base nas informas elaborarmos o nosso relatório; temos estudos técnicos informando que não existem corais ali, mas sim fósseis de corais que existiam ali há 19 anos; vamos discutir para que se possa dar oportunidade para explorar petróleo porque é muito importante para o Amapá, que inclusive vai receber 1% do faturamento bruto para serr investido em ciência, tecnologia e informação tecnológica, em especial por meio da Unifap (Universidade Federal do Amapá)”, destacou, acrescentando:

– Eu tenho dito nos quatro cantos do Senado, inclusive da Tribuna, que o Amapá é o estado mais rico do país, mas está na pobreza contemplando a natureza, com 200 mil pessoas na faixa da pobreza; e aproveitando a força do presidente do Congresso Nacional, o senador Davi; inclusive estivemos na semana passada com o presidente da República, quando pedimos que houvesse um estudo para que possamos ter uma legislação com um novo modelo de legislação mineral, para que o Amapá seja beneficiado; por que só o Amapá não pode explorar petróleo? Temos corais na Bahia, por exemplo, que faz parte da Amazônia Azul; se lá pode, por que o Amapá não pode explorar? – Questionou.


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