Política

Senador Randolfe é o vice presidente da CPI que vai investigar

Foi instalada na manhã dessa quarta-feira, 24, no Senado. Documentos apontam contas usadas na Suíça para fraudes fiscais



 

O Senado instalou na manhã dessa terça-feira, 24, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá apurar eventuais irregularidades relacionadas a brasileiros nas denúncias do “Swissleaks”, como foi batizado o vazamento de dados bancários de clientes de uma agência do HSBC na Suíça.

Desde fevereiro, a investigação feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, apontou que vários políticos, artistas, atletas, empresários e celebridades estão envolvidos em um caso de fraude fiscal com suas contas na filial suíça do HSBC.

Nessa terça-feira, na primeira reunião do colegiado, o senador Paulo Rocha (PT-PA) foi eleito presidente da CPI, e o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), vice. Por acordo fechado entre os líderes partidários, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) foi nomeado relator da comissão de inquérito.

De acordo com as informações divulgadas pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, os clientes do HSBC teriam utilizado artifícios para manter em suas contas dinheiro não declarado entre 2005 e 2007.

O Brasil aparece como o nono país da lista, com US$ 7 bilhões nas contas no período sob investigação. Segundo os arquivos divulgados pelo consórcio de jornalistas, 8.667 clientes tinham algum vínculo com o Brasil, sendo 55% com a nacionalidade brasileira.

Segundo a Receita Federal, já estão em andamento medidas de cooperação internacional. O objetivo é obter com autoridades europeias a lista oficial e integral dos supostos contribuintes brasileiros que possuiriam contas bancárias na subsidiária do banco HSBC na Suíça.

A Receita já havia informado em fevereiro que iria apurar as irregularidades, uma vez que, para ter conta no exterior, é preciso informar ao próprio órgão e também ao Banco Central.

A Procuradoria-Geral da República também abriu, no mês passado, um procedimento para apurar suspeitas de evasão fiscal no caso Swissleaks.

Por outro lado, o Ministério da Justiça determinou que a Polícia Federal investigue as eventuais irregularidades fiscais na agência europeia.


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