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CEA: interligação coloca o Amapá na rota do desenvolvimento

Investimentos: Conexão ao Linhão de Tucuruí foi consolidada com recursos de R$ 44 milhões garantidos pelo Governo do Estado


Em entrevista concedida nesta segunda-feira, 14, ao Diário do Amapá, o diretor de Planejamento e Expansão da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), José Eliaz Rosa, afirmou que a chegada do Linhão de Tucuruí coloca o Amapá ‘definitivamente’ na rota do desenvolvimento: “A interligação é um momento histórico, pois representa um importante passo rumo ao desenvolvimento do Amapá. A interligação ao sistema elétrico nacional vai proporcionar condições de desenvolvimento social e econômico ao Estado por garantir energia em abundância, constante e de qualidade”, comemorou.

De acordo com Elias Rosa, os investimentos para interligação foram garantidos pelo Governo do Estadual, que destinou recursos para a realização do projeto, orçado em R$ 44 milhões. Considerada como um dos projetos estratégicos mais importantes para o desenvolvimento do Amapá, a interligação foi concluída neste domingo, 13, cuja inauguração teve a presença do Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga.

 

Cronograma

Conforme explica o diretor de Expansão da CEA, a subestação Santa Rita foi conectada ao SIN no dia 01 de março deste ano, em seguida a subestação Macapá II. A subestação que atende Laranjal e Vitória do Jarí entrou em operação no dia 18 de maio. As obras iniciaram em novembro de 2014 e, no ultimo 13 de setembro, foram finalizadas com a inserção da subestação (SE) Santana ao sistema. “Os circuitos que vêm da Usina do Paredão até a subestação que atende o município de Santana foram sincronizados com sucesso ao SIN às 9h03min da manhã de domingo. E com isso, o sistema Amapá passou, definitivamente, a integrar a rede de energia elétrica do país”, detalhou Elias.

O diretor relata que o projeto da linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus envolveu a construção de pelo menos 3.300 torres de aço e para atravessar um trecho de 2,2 quilômetros de largura do Rio Amazonas em Jarupari (PA), foram construídas duas torres com mais de 300 metros em cada margem (pouco menos do que os 324 metros da Torre Eiffel, em Paris). Para que o ‘linhão’ chegasse ao Amapá foi necessária a construção de uma rede em circuito duplo de 230 kV, partindo da subestação de Jurupari até Macapá a linha de transmissão possui uma extensão de 339 km.

“A conexão do Estado ao SIN visa garantir potência e dar confiabilidade ao sistema elétrico dos 15 municípios que recebem energia da Usina Hidrelétrica de Coaracy Nunes. Essa nova realidade garante suporte aos projetos de desenvolvimento, possibilitando a instalação de indústrias, a geração de empregos e ampliação de serviços sociais que demandam energia de qualidade”, pontuou.

 

Principais benefícios

O presidente da CEA, Ângelo do Carmo, aponta como os principais ganhos com a interligação do Amapá ao SIN, “a reestruturação do sistema elétrico do Estado, tornar o território estadual mais atraente à expansão e instalação de indústrias, além de possibilitar que a companhia invista em melhorias na rede, os recursos que eram gastos com o combustível utilizado na geração térmica. Com a obra, o Amapá supera a limitação e isolamento energético”

“Outro importante benefício, garantindo pela interligação Tucuruí-Macapá-Manaus, é a redução do consumo anual de 1,2 bilhões de litros de combustível fóssil, eliminando a emissão de 3 milhões de toneladas de gás carbônico por ano. A integração da Amazônia à rede nacional permite, inda, a transmissão de energia limpa e estável para centros consumidores distantes, beneficiando o País com o aproveitamento da sazonalidade dos regimes pluviais de diferentes bacias hidrológicas”, prevê Ângelo do Carmo.

No mês de outubro será realizada uma cerimônia de inauguração da linha Tucuruí-Macapá, com a presença de autoridades do setor elétrico e, um workshop destinado a informar órgãos públicos e a sociedade em geral sobre a nova realidade energética do Estado.

Com a conclusão da interligação, todas as prioridades da companhia estarão voltadas à construção de obras de reforço e recuperação das redes de distribuição. Ângelo do Carmo ressaltou que a CEA finalizou, no domingo, uma importante etapa da reestruturação da rede elétrica do Amapá e, reafirmou o compromisso da empresa em seguir investido em melhorias no fornecimento de energia elétrica, visando garantir energia estável e constante aos seus consumidores.


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