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Livro homenageia atletas olímpicos

Ulisses Laurindo – Jornalista  Na literatura brasileira, poucos são os livros tratando da ciência do esporte, o caminho mais curto para o desenvolvimento esportivo com suas várias conotações. No campo olímpico nacional, a carência não é absoluta, porém muito aquém da importância de um país cuja população ama o esporte acompanhando com grande interesse as […]


Ulisses Laurindo – Jornalista 

Na literatura brasileira, poucos são os livros tratando da ciência do esporte, o caminho mais curto para o desenvolvimento esportivo com suas várias conotações. No campo olímpico nacional, a carência não é absoluta, porém muito aquém da importância de um país cuja população ama o esporte acompanhando com grande interesse as vitórias dos atletas.

Num paralelo com outros países, a distância na bibliografia estrangeira é imensa e fator que une a soberania pela busca de vitórias, vinculando-os aos ensinamentos técnicos.

Circula no país o livro Atletas Olímpicos Brasileiros, da professora Katia Rubio, da Universidade de São Paulo (USP), contendo a biografia e os feitos dos l.796 atletas que representaram o Brasil nesses 95 anos de história olímpica da era moderna. Está registrada a primeira medalha de ouro do atleta Guilherme Paraense obtida no tiro individual nos Jogos de Antuérpia, em 1920.

Seja por falta de um calendário dirigido para melhorar o esporte olímpico do país, ou mesmo abandono de uma política para a assimilação de novas técnicas científicas, acaba refletindo no baixo índice de pódios olímpicos, até hoje representados por l08 medalhas, 23 de ouro, 29 de prata e 52 de bronze.

O livro de Katia Rubio tem mais de seiscentas páginas, e consumiu quase 15 anos de pesquisa, envolvendo múltiplos profissionais da área, registrando dados do batalhão de atletas, desde 1896, data da primeira participação brasileira.

A história do olimpismo do país tem quatro modalidades com o título de bicampeãs: Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo (1952) Helsinque, 1956 (Melbourne); Na vela, Torben Grael e Marcelo Ferreira (2004 ) Atenas e 2008 (Pequim); Roberto Scheidt ( 1996) Atlanta e Sidney (2000). No coletivo, a seleção feminina de voleibol (2008) Pequim e 2012 ( Londres).

Modestamente, faço parte desse festival de atletas coroados, e confesso que a minha glória é de ter convivido com muitos campeões agora festejados no livro de Katia Rubio e com o apreço de toda a Nação brasileira. O poeta Fernando Pessoa, citado por Katia, lembra que “o mito é nada que é tudo”.


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