Diário no Carnaval

Com enredo ‘Vozes’, Emissários da Cegonha abre o segundo dia de desfile das escolas de samba na Avenida Ivaldo Veras

O enredo ‘Vozes’ exaltou o amor e a igualdade na luta pelo direito das classes minoritárias


Imagens: Gabriel Penha

 

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Emissários da Cegonha abriu o segundo dia de desfiles das escolas de samba do Amapá, na Avenida Ivaldo Veras. A agremiação entrou com cerca de 20 minutos de atraso, após um problema logístico.

Emissários da Cegonha veio com o enredo “Vozes”, que historicamente são silenciadas, mas resistiram bravamente ao longo do tempo, e reacenderam sob as chamas azul e vermelha do pavilhão na Avenida Ivaldo Veras, em um manifesto contra o preconceito racial, religioso e cultural e promoção da igualdade.

O amor, considerado o sentimento mais puro do ser humano, foi representado pela inocência do bebê trazido no bico da ave sagrada, mascote da agremiação. A Emissários trouxe a mensagem de sensibilização pela luta coletiva e social, perpassando pelo passado, presente e futuro.

Outros carnavais

A escola nasceu do bloco carnavalesco “Coqueiro Verde”, que foi criado no bairro Trem, na Zona Sul de Macapá. Os foliões brincavam próximo ao lago onde atualmente é a Praça Floriano Peixoto. Mas a brincadeira ficou séria e os foliões Luiz Amanajás da Silva, Nilton Cezar Teixeira Cardoso e Washington Fernando de Lima Ferreira resolveram criar o Grêmio Recreativo Escola de Samba Emissários da Cegonha, em janeiro de 1973.

Em 1975, o bloco iniciou a participação efetiva nas competições oficiais do carnaval de rua da capital e logo teve grande aceitação popular. A agremiação possui no acervo os títulos de campeão nos anos 1992, 1994, 1998, 2000 e 2020, quando protagonizou um momento histórico ao desfilar na Rua Victa Mota Dias, em virtude de o Sambódromo oficial não ter condições estruturais para o desfile das escolas de sambas.

 

 

 

 

 


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