Império do Povo mostrará na passarela porque ‘A vida é um moinho’

Douglas Lima
Editor

 

A Império do Povo vem de Santana tomar conta da avenida Ivaldo Veras com o enredo ‘A vida é um moinho’, em alusão ao trigo, cereal milenar, uma das matérias-primas dos primeiros alimentos da humanidade que chega àquele município para impulsionar a sua economia.
“A águia imperial se lança em um voo carnavalesco rumo ao extremo norte do Brasil, guiada pelos bons ventos gerados por moinhos que trazem a esperança de dias melhores para os filhos de Santa Ana”, diz uma perícope da apresentação da escola santanense.

 

 

Com as cores verde e branco e a águia imperial como símbolo, a Associação Recreativa Escola de Samba Império do Povo, do Grupo de Acesso, entrará na passarela da avenida Ivaldo Veras às 23h35min de sexta-feira próxima, dia 17, com número estimado de mil brincantes.

 

Na temática do enredo, a direção da Império do Povo escreve que em todos os anos “o grão de trigo morre para renascer ainda mais forte no ano seguinte. Sua espiga é emblema da primavera, é uma metáfora visível de renovação. A semente do trigo é essencial em sua mesa, seja ela doce ou salgada, quente ou fria ou estupidamente gelada. Porém essa cultura vai muito além do prato e do copo do brasileiro, está presente na indústria farmacêutica, de solvente e até de adesivos”.

 

Depois de alimentar e servir de mil utilidades para as antigas civilizações, desde cerca de quatro mil anos antes de Jesus Cristo, o trigo chegou ao Brasil, trazido pelos colonizadores portugueses, no século XVI, mas só se estabeleceu no sul do país, no século XIX, com a chegada de migrantes alemães e italianos.

 

Em Santana, a presença do cereal é recente, porém de fundamental importância na economia do município. Ressaltando de forma monumental o enredo A vida é um moinho, a Escola de Samba Império do Povo apresentará como principal alegoria o Moinho, construção destinada principalmente para moagem de grãos e cereais, entre eles o trigo, claro.

 

Mas a Império apresentará outra magnífica alegoria, trazendo o símbolo maior do pavilhão verde e branco, a Águia Imperial, inspirada nos zigurates. Será a representação da imponência e grandiosidade da arquitetura das civilizações que se ergueram entre rios que cortam o vale da Mesopotâmia.

 

Com a crença de que a multiutilidade do trigo recolocará a verde e branco no Grupo Especial das Escolas de Samba, a agremiação vive a determinação de vir a fazer um maravilhoso desfile, podendo reprisar a apoteose do ano de 1972, quando a Império do Povo foi a Campeã do Carnaval amapaense.

 

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