Política

Vigilantes protestam contra rescisão do contrato do GEA com empresas

Segundo o procurador do Estado, Narson Galeno, medida é necessária para conter sangria de recursos. Escolas estão sendo guarnecidas pela Polícia Militar


A rescisão do contrato do Governo do Amapá com as empresas de segurança levou os vigilantes à Avenida FAB nesta sexta-feira, 05, em protesto contra o não pagamento de mais de três meses de salários e pelas iminentes demissões. Entrevistados no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), coordenadores do movimento alertaram sobre o risco de saques nas escolas, que ficarão sem vigilantes por causa da decisão do GEA de substituí-los por equipamentos eletrônicos.
Também ouvidos pela equipe de reportagem do programa, o comandante geral da Polícia Militar, Coronel Carlos Correa e o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) Gastão Calandrini garantiram que as escolas que ficarão sem postos de vigilância humana serão guarnecidas pela PM. “Pelo menos 32 viaturas farão, paralelamente, o policiamento ostensivo e vão garantir a segurança das escolas, pelo menos até o Governo do Estado instalar os dispositivos eletrônicos e definir os prédios públicos que continuarão com vigilantes”, afiançou o comandante da PM.
Para o secretário de Segurança Pública, os equipamentos eletrônicos são eficientes para inibir a ação de bandidos: “A vigilância eletrônica é eficaz e, convenhamos, com um custo astronomicamente inferior ao que é gasto com a vigilância privada, cujo dinheiro será investido em setores básicos, tanto na área de educação como na saúde e na segurança pública”, analisou.  
De acordo com Narson Galeno, o GEA está devendo cerca de quatro meses para as empresas de segurança e não há recursos disponíveis para a continuidade dos serviços. “Achamos injusto deixar os vigilantes trabalhando sem receber, e não há dinheiro para bancar essa despesa, que é altíssima. Os prédios públicos não ficarão sem segurança; tivemos uma reunião com o coronel Carlos e o secretário Calandrini, que nos garantiram a segurança com a PM fazendo rondas; mas já está sendo providenciada a instalação de equipamentos eletrônicos a um custo que o governo tem como bancar”, explicou.
Os líderes do movimento dos vigilantes discordam: “O que tem visto é que só têm sido adotadas medidas paliativas, como essa, por exemplo, que vai sufocar ainda mais os policiais militares que já têm uma gama enorme de situações para resolver, sem qualquer efeito prática, porque os bandidos ficarão sempre à espreita, aguardando a passagem da ronda policial para atacar; quanto à vigilância eletrônica, também não funciona, e como exemplo temos a prefeitura de Macapá, que adotou o sistema de monitoramento através de câmeras e permanentemente temos notícias de saques nos prédios públicos”, alertou Carlos, um dos líderes do movimento.
Um ouvinte, identificado como Sérgio, também se posicionou negativamente através do WhatsApp: “O Narson tentou explicar, mas não explicou absolutamente nada; a proteção dos prédios públicos cabe ao Estado, e o governo tem que arcar com essa responsabilidade; a obrigação dos policiais militares é fazer a segurança da população, eles são pagos para isso, não pra serem vigilantes”, disparou

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