
Wellington Silva

O Pacificador
Muito diferente de seu oponente, diria até um abismo de diferença, Lula aos poucos apazigua ânimos e acalma o mercado, externa sua grande preocupação com os desvalidos e articula e dialoga com o parlamento e com o poder judiciário, caminhos democráticos naturais antes rompidos pelo governo bolsonarista.
Se, antes, o estado brasileiro e seus apoiadores fabricavam a agitação do caos, do ódio, da desordem, do enfraquecimento e da desagregação institucional, política e religiosa, assim como fabricavam o enfraquecimento do conhecimento, do senso crítico, da pesquisa, das universidades e faculdades e das comunidades tradicionais, atentando contra o bem maior de uma nação livre, soberana e democrática, justamente, a educação, hoje, com imensa satisfação vemos a indicação de Kátia Paulino para integrar a equipe pensante de transição do governo Lula, uma amapaense, negra, Reitora da Universidade Estadual do Amapá, e exatamente para pensar, escrever e propor uma educação progressista, participativa, plural e integradora para uma nação tão rica em diversidade cultural, em especial, a nossa Amazônia.
E hoje, mais que nunca, pensar é preciso, porque pensamento é movimento, é causa e efeito, ação e reação para o bem de uma nação antes tão dividida por força e efeito das sementes desagregadoras do caos, do ódio, da desordem, das trevas da ignorância.
O verdadeiro caminho democrático não tem curvas sinuosas, abismos, trevas, escuridão, divisões de classes, preconceitos, racismos, radicalismos e outras aberrações tais advindas do degradante pensamento e comportamento inumano.
O verdadeiro caminho democrático é o que está sendo feito agora, construído tijolo a tijolo, ao ouvir a sociedade e convocar e provocar boas cabeças pensantes a edificarem um Brasil melhor para todos.
Sabem porque os grandes gênios, artistas, pensadores, poetas, intelectuais, músicos, dramaturgos, foram ou são progressistas?
É uma questão de valores para a evolução humana!
Não pode haver legalidade naquilo que é ilegal, absurdo, quando o estado democrático de direito e as instituições públicas são ameaçadas de fechamento por conta de uma louca retórica golpista ufanista. Nenhum país democrático do mundo livre pode aceitar tais atos como normal, e, muito pelo contrário, tais atos constituem uma aberração!
Sabiamente e em boa hora as Forças Armadas do Brasil novamente reiteram em nota pública o seu total e irrestrito apoio e respeito a Constituição e ao estado democrático de direito, e de tabela também reiteram o seu irrestrito respeito a Carta das Nações, postura natural e legal de muito já esperada considerando que qualquer força armada de qualquer nação livre integrante da Organização das Nações Unidas também tem o mesmo dever de obediência constitucional e universal.
Paz na Terra aos homens e mulheres de boa vontade…

Juvenal Canto
Nunca esquecerei a imagem sempre serena de Juvenal Canto, inicialmente, no Centro Espírita Frei Evangelista, ele e Sol Ellarat Canto, espaço muito significativo para mim de profundo conhecimento introspectivo. Ali, por diversas vezes, ouvi palavras de conforto, o bálsamo necessário, a palestra necessária com mensagens vindas do Alto, onde Juvenal Canto era apenas o Instrumento do Criador, isso, em meados dos anos 80.
Foi também, naquele mesmo espaço, um pouco antes, que com ele aprendi educação de trânsito na Auto Escola Aruana, e o rigoroso e saudoso “Bacaba” era o examinador no Departamento de Trânsito. Quando, de oito ou dez, uma média de três ou quatro passavam, era muito!
Juvenal foi vereador numa época em que não existia remuneração para o cargo e o trabalho era servir o povo, ser solidário. Percorria os quatro cantos do Amapá, fosse de barco, rabeta, remando em montaria, de automóvel em estrada de chão ou a cavalo para levar apoio e uma palavra amiga de conforto às comunidades mais distantes.
E o que dizer do sempre salutar convívio com nosso Grande Decano da Ordem na Academia Amapaense Maçônica de Letras, antes, durante e após nossas reuniões?
Na qualidade de presidente da Academia mudou a sua rotina e o tempo de uso da palavra através do emprego de uma ampulheta.
Motivo:
Na sua avaliação alguns confrades se empolgavam na oratória e por vezes tomavam muito o tempo na pauta de discussão ou na apresentação de algum trabalho literário. Ele ficava olhando a ampulheta, e quando a areia parava de cair, altivamente falava:
– Tempo encerrado!
E o que dizer da nossa tão legal farofa acadêmica por ele sempre “incrementada” com aquela cachacinha “mui” especial acompanhada de uma farofa de piracuí, tão bem preparada pelo Juvenal, com amor?
Então é isso!
Ele era um misto de humor e amor como Decano da Ordem!
Juvenal, tu és e sempre serás LUZ em nossas vidas!

Muito além do limite!
Até que ponto a ignorância humana no Brasil pode chegar ao usar como arma a arma bestial da violência, seja ela verbal, física ou através de armas de fogo, de artefatos bélicos, nesta complicada reta final de eleição para presidente da República?
Até que ponto a bestialidade humana no Brasil deseja sepultar a razão, o bom senso, o respeito à individualidade humana, o respeito as instituições públicas, a Constituição e ao estado democrático de direito?
De lembrar que tudo começou através das falas políticas absurdas em defesa do uso indiscriminado de armas seguida da articulação e da movimentação pública de extremistas agressivos em frente ao Supremo Tribunal Federal-STF a disparar pistolas, fogos de artifício, tudo propositalmente direcionado na direção do prédio do STF e todos absurdamente defendendo Intervenção Militar Já, o fechamento da suprema corte do país e do Congresso Nacional.
Está muito claro a intenção deste movimento político e só não enxerga quem não quer, tal cegos guias de cegos:
É justamente o controle total e absoluto sobre tudo e sobre todos, o controle da nação brasileira, e a clara tentativa pela força bruta de sepultamento do estado democrático de direito.
E então, de repente, para tentar “dar um freio na situação”, surge a lamentável ocorrência do episódio com o Secretário do Partido dos Trabalhadores, alvo visível e covarde de tiros de pistola disparados partidos da animosidade brutal e inesperada de um extremista radical! Desespero político!?
Hoje, o Brasil inteiro assiste atônito a louca verborragia de um homem completamente transtornado e visivelmente desequilibrado contra a ministra Carmen Lúcia, ato que constitui uma clara agressão, leia-se, aberração, a mais alta corte do país.
A agressão, o louco discurso de ódio a ministra, também é uma agressão a uma mulher, mãe e avó, e isso jamais pode ser apenas encarado como um fato político, pois, ele é muito pior do que isto, e tem uma origem, uma raiz do mal plantada lá atrás, com fortes conotações fascistas.
A louca agressão verbal a pessoa de Carmen Lúcia, imbuída ou não do alto cargo investido, ou fosse outra mulher, evidentemente, constituí crime grave, gravíssimo, uma clava na própria moral, nos bons costumes e na própria família brasileira que tanto tais extremistas hipocritamente defendem e são o avesso do avesso!
Os tiros, mais de 50, disparado por fuzil contra policiais federais, assim como a granada arremessada por uma mente visivelmente alucinada, desajustada, repito, tem uma origem lá atrás como produto fabricado pelo discurso de ódio, a raiz do mal com fortes conotações fascistas!
Que Deus nos livre deste mal, para o bem de todos e felicidade geral da nação!

Em defesa da democracia, da Constituição e do estado democrático de direito
As ideologias totalitárias de muito já deveriam ter sido abolidas da face da terra, e todas as suas formas e natureza de origem já deveriam ter sido esquecidas. Elas só trouxeram horror, dor e sofrimento a humanidade!
Infelizmente, a torpeza do intelecto humano, o instinto vil de dominação do mais forte sobre o mais fraco, dos abastados sobre os desvalidos, pobres e esquecidos, ainda insiste e persiste em querer beber nas fontes espectrais do passado, do holocausto, da idolatria totalitária quando o pânico, o terror e o medo assombravam a todos…
Hoje, triste e lamentável é ver um Brasil de milhares de inocentes úteis guiados por cegos guias de cegos, useiros e vezeiros do uso indevido da Bandeira Nacional para pregar o ódio, a intervenção militar, a agitação do caos, o fecha tudo, o fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, das instituições públicas, e até o controle e censura de institutos de pesquisa e da livre imprensa.
Em verdade, tudo não passa de claros atos perpetrados por agitadores da desordem e do caos contra a Constituição, o federalismo, contra o estado democrático de direito e, no geral, não passam de aberrações contra o processo natural evolutivo da República Federativa do Brasil.
Em qualquer nação democrática quem defende intervenção militar e um modelo de governo absoluto abertamente também defende o sepultamento de sua própria nação, e soterra, insanamente, todos os pilares democráticos do estado de direito. O ato insano, por si só, significa enterrar o espírito constitucional de uma nação livre, soberana e democrática!
Defender um governo absoluto, total, centralizador e negacionista, contrário à ciência e em permanente desobediência ao direito, é o mesmo que cuspir, pregar e assassinar na cruz o espírito evolucionista contido em nossa Bandeira Nacional, tão bem pensado e idealizado pelos autores positivistas Raimundo Teixeira Mendes, Miguel Lemos, Manuel Pereira Reis e Décio Vilares:
ORDEM E PROGRESSO!
A defesa aberta, total e absoluta, em manifestação pública, de qualquer ideologia totalitária contrária aos princípios democráticos constitui crime grave contra a Constituição da República Federativa do Brasil e contra a Carta das Nações, estabelecida pela ONU. Significa cuspir e vomitar na Bandeira Nacional e em todos os pilares conceituais que tão bem definem o estado democrático de direito.
Paradoxalmente, os que se dizem “patriotas” defensores da pátria e da família, e em verdade defendem a “intervenção militar urgente no Brasil”, não passam de agitadores da desgraça e do caos contrários ao natural processo evolutivo de uma nação.
Portanto, constitui dever constitucional, legal e principalmente moral de qualquer Força Armada, parlamento e poder de justiça de país integrante do mundo democrático e das Nações Unidas em ser eminentemente constitucionalista, defender os valores democráticos, defender a soberania de seu país e fundamentalmente defender o estado democrático de direito, quando este estiver sob grave ameaça.
Como pode existir Ordem e Progresso quando o estado e apoiadores fabricam a agitação do caos, o ódio, o enfraquecimento e a desagregação institucional, política e religiosa, assim como fabricam o enfraquecimento do conhecimento, da pesquisa, das universidades e faculdades, das comunidades tradicionais, atentando contra o bem maior de uma nação livre, soberana e democrática:
A educação?
Mais que necessariamente, pensar é preciso, porque o pensamento é movimento, é causa e efeito, ação e reação!
Porque ser legal, é preciso…

O Brasil da vida real
Para o Professor Doutor Vitor Pereira, economista e professor da Escola Nacional de Administração Pública, o Brasil ainda possui um sério problema crônico de evasão do ensino médio que precisa urgentemente ser combatido. Com vários estudos publicados sobre o assunto, ele vem acompanhando o lamentável impacto deste cenário. Seu estudo aponta que para cada 100 alunos que ingressam no ensino médio 10 evadem a cada ano e menos de 60% conseguem terminar na idade certa.
Pesquisas internacionais evidenciam que quando um jovem conclui o ensino médio ele reduz em 80% a necessidade de assistência social no futuro; reduz em 22% a chance de ir pra prisão e em 33% a hipótese de ser vítima da violência e do crime organizado, e morrer.
Especialistas também afirmam que atualmente o Brasil perde R$ 372 mil por jovem que não conclui a educação básica.
Pesquisa conduzida pelo economista Ricardo Paes de Barros chegou à conclusão de que 17,5% dos jovens que hoje têm 16 anos não completarão a educação básica (pré-escola, fundamental e médio).
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), recentemente divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, mostra que a população desocupada no Brasil novamente saltou para 12,4 milhões de pessoas, antes estimada, em 10,6 milhões.
Após a chamada década promissora, período de 2004 a 2014, cerca de 30 milhões de brasileiros deixaram a miséria. Hoje, estatísticas recentes indicam um Brasil com mais de 28 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Traduzindo: Gente que vive com menos de 3 reais, por dia!
Estudos já indicam um total de 2 milhões e duzentas mil crianças vivendo na linha de pobreza. Outros já falam em 4,4 milhões!
Hoje, o valor da cesta básica é 663,29 reais, valor a ultrapassar metade do salário mínimo, que é de 1.212 mil reais. Some-se a isso o básico do básico, tais como despesas com água e luz e gás de cozinha, sem levar em consideração combustível, e se terá um cenário da vida real Brasil com os preços de alimentos a subir nas alturas, e evidentemente o combustível dando combustível a consideráveis aumentos de preço em um país que é grande produtor e exportador de petróleo, por natureza!
Somente nos três primeiros meses de 2022 a Petrobrás teve um lucro de 44,5 bilhões. No ano em que o pobre coitado do consumidor brasileiro gastou preços exorbitantes com combustível a Petrobrás apresentou o maior lucro de sua história:
106,6 bilhões de reais!
Recentemente, a Petrobrás fez comunicação de distribuição de mais de 37, 3 bilhões em dividendos a acionistas, como retorno de investimento, “bônus” do excelente resultado apresentado em 2021.
E ainda falam em privatizar a empresa, porque não dá lucro!
Somente um mês de lucratividade da Petrobrás daria para resolver a situação de milhares de desempregados no Brasil, considerando que “o petróleo é nosso”. Será?
Até o fechamento deste artigo o impostômetro registrava um valor total de dois trilhões, duzentos e nove bilhões, quinhentos e oitenta e cinco milhões!
O que você honestamente faria com este capital para ajudar o povo brasileiro?
Refletir, é preciso…

Um fracassado formato de debate
Ficou mais que evidente para bons observadores o fracasso que foi o formato e o nível do debate promovido pela Rede Globo com candidatos a cargos eletivos para governador e presidente da República Federativa do Brasil.
O estilo ping-pong “raquetadas” em todos os blocos abriu porteira ao esvaziamento de discussão de propostas de interesse público e empobreceu a razão de encontro político tão importante.
No frigir dos ovos o nível do debate para presidente da República rolou ladeira abaixo, fugiu do controle do apresentador e mostrou apenas elevadas doses de agressões, querelas pessoais e puro radicalismo, com o absurdo destaque de um padre que não é padre, mas tão somente uma hilária ferramenta de conveniência política produzida pelo sanatório institucionalizado.
Para muitos analistas está mais que comprovado que este estilo de debate só poderia resultar em coisa ruim considerando o elevadíssimo clima de destemperança temperado e regado à moda da casa, de extrema polarização política.
Assistimos, novamente e com profundo pesar, a descompostura de um presidente arrogante, impulsivo, insensato, agressivo, mal educado, preconceituoso e negacionista, sempre na contra mão da ciência.
Não se pode medir o que não se conhece e não se pode negar o que cientificamente a ciência já estudou, comprovou e aprovou!
Não se pode afirmar algo sobre assunto que sequer lemos, nunca estudamos e nunca tivemos compreensão alguma!
E vimos de tudo e assistimos de tudo no “debate maravilha” presidencial, até desligarmos a televisão, 1:30 da manhã, com muitos brasileiros também dando um “clic desliga” naquele teatro do absurdo!
Bom seria se a Rede Globo formasse um bom grupo de jornalistas experientes para formular perguntas inteligentes aos presidenciáveis, neste segundo turno, contando também com a participação da sociedade civil organizada e populares.
Evidentemente, a formulação de perguntas de interesse público, quer seja de jornalistas, de pessoas da sociedade civil organizada ou de populares certamente elevaria o nível do debate e oportunizaria o candidato a expor suas propostas, para melhor avaliação pública.
E cada um que se vire para responder, até as chamadas “pegadinhas”!
Parabéns ao Sistema Diário de Comunicação, ao Jornal Diário do Amapá, pela lucidez e feliz inovação ao apresentar um novo formato de debate, justamente a participação provocativa nas perguntas formuladas por jornalistas experientes, populares e conhecidos representantes da sociedade civil organizada.
Este é o caminho…

Pautas esquecidas e o debate que não houve!
Se perguntarem pra mim e a muitos que atentamente assistiram o debate de candidatos ao governo do estado, na Tv Amapá, o que acharam, de bate-pronto, vem logo a resposta:
Muito ruim, para ser minimamente educado!
Primeiro, que os organizadores deveriam deixar apenas para o final do debate cada candidato fazer sua pergunta ao outro, ou apenas, no seu início. A medida, preventiva, com certeza evitaria troca de farpas, alfinetadas e lamentáveis exposições públicas de um contra o outro, por todos vista, muito em função do elevado clima de disputa eleitoral.
Lamentavelmente, brigas e querelas pessoais dominaram a cena do debate, do início ao fim, empobrecendo por demais a finalidade fundamental de tão importante encontro político:
Discutir os grandes temas do Amapá, justamente, assuntos de relevância de altíssimo interesse de Sua Excelência o Povo Tucuju!
Penso, com toda certeza, que qualquer debate a cargo eletivo a presidência da República Federativa do Brasil e a governador de estado deve ter, obviamente e no mínimo, a necessária participação de jornalistas experientes para formularem perguntas de interesse público sobre educação, saúde, segurança pública, ação social, meio ambiente, infraestrutura, cultura, turismo e esporte.
Sabedores de que quase toda disputa eleitoral a presidente do Brasil e a governador de estado por vezes é carregada de brigas e ataques pessoais inadmissível é admitir e permitir que tal situação domine a cena e os blocos de debate, do começo ao fim, deixando as rédeas soltas, por assim dizer, caindo lá para baixo o nível do debate.
E, no frigir dos ovos, não se falou do mais importante e fundamental, a infraestrutura rodoviária, e da droga do tão necessário projeto de conclusão de pavimentação da BR-156, ou seja, o que cada um pretende fazer, tanto para o trecho Macapá/Oiapoque como Macapá/Laranjal do Jari?
Não se falou de bioeconomia, desenvolvimento sustentável, dos arranjos produtivos locais, e muito menos do que cada município produz e que já poderia, de muito, estar exportando, como o suco de abacaxi, doces e compotas da referida fruta, por exemplo. Todos sabem que o município de Porto Grande é um grande produtor de abacaxi e anualmente ali ocorre o tradicional Festival do Abacaxi.
Muitos tem conhecimento que a área marítima do Pereira, localizado na costa amapaense, possui um dos maiores bancos de camarões e de peixes nobres do mundo!
A grande questão é a seguinte:
O que fazer com tanta riqueza no Amapá e não permitir a pirataria?
Não se aprofundou o tema turismo cultural e esqueceram de falar dos grandes diamantes do Amapá:
O Sítio Arqueológico do Calçoene, Base Aérea do Amapá, Sítio Arqueológico de Maracá e Museu Joaquim Caetano da Silva, todos esquecidos, lamentavelmente…
Não se falou sobre as Escolas Família Agrícolas, ferramentas vitais para o desenvolvimento de conhecimento e de produção regional tais como a Escola Família Agrícola do Pacuí e a Escola Família Agrícola de Serra do Navio, por exemplo, tão necessitadas de apoio do poder público.
Portanto, muito se tinha pra falar, pra debater, e as brigas, dominaram a cena, infelizmente…

Certo sim, seu errado?
Nunca na história deste país se viveu uma situação política tão hilária e absurda como a que estamos vivendo atualmente!
Se a Presidência da República Federativa do Brasil é uma Instituição quase sagrada hoje simplesmente a transformaram em teatro de ambientação de absurdos dada a intensidade de declarações extremamente agressivas, descabidas, inconstitucionais e muito insensatas a pisotear gravemente nossa Constituição, principalmente, os poderes constituídos e o estado democrático de direito.
Todos estamos cansados de ver e ouvir as malucas ameaças de golpe, a velha e louca retórica do fecha tudo, as covardes táticas revanchistas e os atos públicos desrespeitosos e agressivos contra jornalistas que tem o papel fundamental de informar e de ser um provocador, no bom sentido, a fim de obter a informação desejada e o público alvo intuir o seu devido balizamento sobre o comportamento, opinião e visão de cada candidato a cargo eletivo. Não é nada pessoal pois este é e sempre será o papel fundamental da imprensa séria, livre e sempre pensante, o de ser provocadora, quando necessário!
É só isso e nada mais que isso!
Tempo passará, e tudo passa, tudo passará, como poeticamente cantou Nelson Ned, e a imprensa livre nacional e local continuarão sempre vigilantes aos fatos e acontecimentos do dia, da semana, do ano, sejam eles bons ou ruins, porque este é seu histórico e crucial papel!
O que não se pode admitir, de forma alguma, são agressões “verborrágicas” à ciência, a democracia, a cultura brasileira, ao livre pensamento, a liberdade de culto!
O que não se pode admitir, de forma alguma, são atos debochados sobre a pandemia da covid-19 e suas vítimas!
O que não se pode admitir, principalmente, é o negacionismo vil, implícito e explícito!
O que não se pode admitir, também, é a gravidade de confrontos contra o que estabelece a lei civil pública, pois ninguém, nenhum brasileiro, nenhuma autoridade pública, nenhum cidadão ou cidadã deste país pode estar acima da lei!
E, como diz o velho ditado, decisão judicial não se discute, se cumpre, até que se prove o contrário, mister lembrar que o Brasil possui uma das legislações mais brandas com o erro, com a impunidade, mesmo e apesar da Lei de Ficha Limpa se encontrar em pleno vigor.
A grande questão é que o Brasil, diferente e indiferente a outros países, nega a imediata prisão em segunda instância mesmo que as provas sejam irrefutáveis contra o réu, o corrupto e o corruptor, o criminoso em potencial…
Isso nos faz lembrar a canção da lendária banda Casa das Máquinas, Certo Sim Seu Errado:
“Quem é você, pra dizer o que eu devo fazer? Quem é você, pra dizer o que eu devo sentir? Quem é você, pra dizer o que eu devo pensar?
Certo sim, seu errado?
Quem é você, pra dizer o que eu devo cantar? Quem é você, pra dizer como devo me vestir? Quem é você, pra dizer como devo andar”?
Certo sim, seu errado!?

Religião e Espiritualidade na visão de Pierre Chardin
“A religião não é apenas uma, são centenas! A espiritualidade é apenas uma!
A religião é para os que dormem! A espiritualidade é para os que estão despertos…
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados. A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas! A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo!
A religião ameaça e amedronta! A espiritualidade lhe dá paz interior.
A religião fala de pecado e de culpa! A espiritualidade lhe diz: “aprenda com o erro”!
A religião reprime tudo, te faz falso! A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus! A espiritualidade é Tudo e, portanto, é Deus!
A religião inventa! A espiritualidade descobre!
A religião não indaga nem questiona! A espiritualidade questiona tudo!
A religião é humana, é uma organização com regras. A espiritualidade é Divina, sem regras!
A religião é causa de divisões! A espiritualidade é causa de união.
A religião lhe busca para que acredite. A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado. A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.
A religião se alimenta do medo! A espiritualidade se alimenta na confiança e na fé.
A religião faz viver no pensamento. A espiritualidade faz viver na consciência!
A religião se ocupa com o fazer! A espiritualidade se ocupa com o ser!
A religião alimenta o ego! A espiritualidade nos faz transcender…
A religião nos faz renunciar ao mundo. A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração. A espiritualidade é meditação.
A religião sonha com a glória e com o paraíso. A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro. A espiritualidade vive no presente!
A religião enclausura nossa memória! A espiritualidade liberta nossa consciência!
A religião crê na vida eterna. A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.
A religião promete para depois da morte. A espiritualidade é encontrar Deus em nosso interior durante a vida.
Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual… Somos seres espirituais passando por uma experiência humana”…
Pierre Teilhard de Chardin nasceu em Orcines, comuna francesa, no dia 01 de maio de 1.881. Faleceu em nova Iorque no dia 10 de abril de 1.955. Foi padre jesuíta, teólogo e paleontólogo. Tentou construir uma visão harmônica entre ciência e religião. Suas obras são um grande legado para a humanidade e tem o claro objetivo de tentar reconciliar a ciência material com o Sagrado, o Divino. Determinado a descortinar o véu da ignorância
entre ciência e religião, Pierre Chardin acabou sendo mal visto por ambas, tristemente e lamentavelmente…

Eleições: como escolher um bom candidato?
Desde que Sócrates (470-399 a.C) pensou a Polis Estado, justamente a necessidade de criação e estabelecimento dos três poderes, executivo, legislativo e judiciário, onde todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido, que as pessoas de boa vontade sonham com um mundo de paz, justo, livre, igualitário e fraterno. Condenado à morte em 399 a.C por pregar abertamente suas ideias, em praça pública, o Grande Mestre de Platão e Pitágoras não deixou plantada grandes sementes e sim frondosas árvores:
“Conhece-te a ti mesmo”, profunda essência de todo o seu ensinamento, foi incorporada por Elias, São João Batista, o Divino Mestre, Profetas e livres pensadores.
Quanto tempo não demandou, desde o sonho de Sócrates, a Polis Estado, até que as primeiras revoluções contra a nobreza e o clero e em defesa da liberdade e da democracia ecoassem nos quatro cantos da Terra, a começar pela Independência dos Estados Unidos da América, ocorrida no dia 04 de julho de 1.776, a Revolução Francesa, ocorrida no período de 1.789 a 1.799, e finalmente, a independência e proclamação da República Federativa do Brasil, a primeira, ocorrida em 1.822 e a segunda, proclamada no dia 15 de novembro de 1.889?
O pequeno preâmbulo se faz necessário para nos remeter a uma profunda reflexão, justamente a de fazer jus a nossos antepassados, eles que tanto lutaram na defesa e construção da liberdade e do estado democrático de direito. Assim sendo, inicialmente, mister se faz necessário observarmos o perfil técnico, intelectual, profissional e principalmente moral de cada candidato a cargo eletivo, principalmente, para o cargo de comando da nação brasileira e de seu estado, corpo integrante da República Federativa do Brasil. Parece brincadeira, até situações engraçadas que observamos em campanhas políticas, mas é um grande peso de responsabilidade que pesa sobre a mente e ombros de cada brasileiro, senhores do destino do futuro do Brasil e de sua terra.
Observar propostas de cada candidato, falas, promessas, é fundamental para a interpretação pessoal de cada um de nós. Propostas ou falas vagas, obtusas, de contextualização geral e repetitivas, como vamos melhorar a saúde, vamos melhorar a educação, cultura, esporte, vamos melhorar a qualidade de vida das pessoas, precisa estar tecnicamente embasada bem pé no chão, exatamente o como fazer, quais são as fontes de recursos, como será desenvolvido cada projeto. Se assim não o fizer, não passa de puro papo furado, como popularmente se fala. Agora, se, ao contrário, o candidato apresentar propostas reais, concretas, possíveis de realizar, ou já em andamento, merece ao menos um crédito de confiança de atenção.
Mas, muito cuidado caríssimo eleitor, pois sempre irá surgir propostas “o céu não é o limite”, algumas juridicamente inconstitucionais, e outras merecedoras de aval da Câmara e Senado Federal.
No frigir dos ovos, penso que o fundamental mesmo após estas eleições é a urgente necessidade de mobilização nacional para um grande plebiscito, com sua Excelência o Povo opinando se é contra ou a favor do mandato de apenas quatro anos a presidente da República Federativa do Brasil e para governador de estado, por exemplo.
Refletir, é preciso!
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