Wellington Silva
Eça de Queiroz e o povo
“Há no mundo uma raça de homens com instintos sagrados e luminosos, com divinas bondades do coração, com uma inteligência serena e lúcida, com dedicações profundas, cheias de amor pelo trabalho e de adoração pelo bem, que sofrem, e se lamentam em vão.
Estes homens são o Povo.
Estes homens, sob o peso do calor e do sol, transidos pelas chuvas, e pelo frio, descalços, mal nutridos, lavram a terra, revolvem-na, gastam a sua vida, a sua força, para criar o pão, o alimento de todos.
Estes homens são o Povo, e são os que nos alimentam.
Estes homens vivem nas fábricas, pálidos, doentes, sem família, sem doces noites, sem um olhar amigo que os console, sem ter o repouso do corpo e a expansão da alma, e fabricam o linho, o pano, a seda, os estofos.
Estes homens são o Povo, e são os que nos vestem.
Estes homens vivem debaixo das minas, sem o sol e as doçuras consoladoras da Natureza, respirando mal, comendo pouco, sempre na véspera da morte, rotos, sujos, curvados, e extraem o metal, o minério, o cobre, o ferro, e toda a matéria das indústrias.
Estes homens são o Povo, e são os que nos enriquecem.
Estes homens, nos tempos de lutas e de crises, tomam as velhas armas da Pátria e vão, dormindo mal, com marchas terríveis, à neve, à chuva, ao frio, nos calores pesados, combater e morrer longe dos filhos e das mães, sem ventura, esquecidos, para que nós conservemos o nosso descanso opulento.
Estes homens são o Povo, e são os que nos defendem.
Estes homens formam as equipagens dos navios, são lenhadores, guardadores de gado, servos mal retribuídos e desprezados.
Estes homens são o Povo, e são os que nos servem.
E o mundo oficial, opulento, soberano, o que faz a estes homens que o vestem, que o alimentam, que o enriquecem, que o defendem, que o servem?
Primeiro, despreza-os ao não pensar neles, não vela por eles; trata-os como se tratam os bois; deixa-lhes apenas uma pequena porção dos seus trabalhos dolorosos; não lhes melhora a sorte, cerca-os de obstáculos e de dificuldades; forma em redor uma servidão que os prende e uma miséria que os esmaga; não lhes dá proteção; e, terrível coisa, não os instrui: deixa-lhes morrer a alma.
É por isso que os que tem coração e alma, e amam a Justiça, devem lutar e combater pelo Povo.
E ainda que não sejam escutados, tem na amizade dele uma consolação suprema”.
Eça de Queirós, escritor, jornalista, advogado, foi um dos mais importantes escritores do realismo português. É considerado o maior representante da prosa realista da língua portuguesa. Nasceu no dia 25 de novembro de 1845 em Póvoa do Varzim, cidade localizada no norte de Portugal. Foi filho do brasileiro José Maria Teixeira de Queiroz e da portuguesa Carolina Augusta Pereira de Eça. Passou grande parte da infância na cidade de Aveiro, sob os cuidados de sua avó. Depois, foi morar na cidade do Porto, a fim de estudar no Colégio Interno da Lapa, no qual se formou, em 1861. Seguindo os passos de seu pai, foi estudar Direito na Universidade de Coimbra, graduando-se em 1866. Chegou a exercer a profissão de advogado e, mais tarde, de jornalista, na cidade de Lisboa. Tempos depois entra para a carreira política sendo nomeado Administrador do Concelho de Leiria, em 1870); Cônsul de Portugal em Havana (1872); Cônsul de Newcastle e Bristol na Inglaterra (1874); e Cônsul de Portugal em Paris (1888). Em Paris, em 1886, casa-se com Emília de Castro Pamplona Resende, com quem teve quatro filhos: Alberto, Antônio, Maria e José Maria. Faleceu no dia 16 de agosto de 1.900, em Paris, aos 59 anos de idade.
Alice “joiada”, a rainha da boiada
Estamos passando por um karma muito pesado, débitos passados, coisa e tal, tal e coisa, só pode ser isso! Sim porque loucura perde e o céu não é o limite quando procuramos lembrar e comentar sobre as atitudes absurdas de grupos bolsonaristas.
A vergonha internacional é tamanha, vexatória, e advém desde o começo da pandemia de covid-19 com as atitudes negacionistas do Capitão Mortalha e seu grupo político, muitos em defesa da maldita imunização de rebanho, sempre contrários ao isolamento social e ao uso de máscaras, normas básicas adotadas por todos os países, emanadas pela Organização Mundial de Saúde, a OMS.
Mas, as coisas tristemente e lamentavelmente não pararam só por aí! Houve perseguições contra cientistas, médicos, pesquisadores e contra especialistas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, ao defenderem, urgentemente, na mídia, a vacinação de adolescentes e crianças como forma segura de combater o vírus da covid-19.
Outra situação absurda criada foi a adoção do tal Disk-Denúncia contra a obrigatoriedade da vacina, uma aberração de Da – mares para tentar jogar todo mundo num mar de conflito religioso e ideológico contra a lógica da razão da ciência.
E depois?
E depois veio a indústria Disneylândia do nazifascismo nas redes sociais onde a pauta ou palavra de ordem bolsonarista era golpe de estado, ou seja, a ruptura total com o estado democrático de direito, a defesa total e irrestrita do controle sobre tudo e sobre todos, justamente, a instalação definitiva do “mito” totalitário no Planalto Central do Brasil. Felizmente, graças ao fortalecimento histórico das instituições democráticas brasileiras, o tal golpe não vingou, e jamais vingará! Vândalos/terroristas foram presos, após identificados, um a um, os que articularam ou praticaram atos de terror e destruição no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no prédio do Supremo Tribunal Federal, o STF.
Não bastasse tudo isso, eis que Madame Alice “Joiada”, a Rainha da Boiada, outrora michelin, hoje micheque$, checklist, checkout, como queiram, envolve internacionalmente a imagem do Brasil, tipo Lucy no Céu Com Diamantes, causando sério constrangimento ao país, e ainda por cima em tons de ironia.
E o Brasil, pobre Brasil, ainda envolto em fatos & boatos, ou boatos & fatos!? Cremos que mais fatos do que boatos, “histórias” de muito mal gosto de Madame Alice “Joiada”, a Rainha da Boiada.
Então, se Alice no País das Maravilhas é um conto de sonhos e aventura, o da nossa Alice, a Rainha “Joiada” da Boiada, é um fato, mais do que boato, extremamente desagradável para a nação.
“Memórias” do capitão
Em 1.987, o hoje Capitão Cloroquina, Capitão Covid ou Capitão Mortalha, como queiram, não recebeu o seu diploma de formatura da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais – EsAO porque foi acusado e condenado por arquitetar um maluco e absurdo plano de plantar bombas em quartéis do Exército como forma de protesto contra os baixos salários.
O processo, aberto no Conselho de Justificação, foi pessoalmente acompanhado pelo Ministro do Exército, general Leônidas Pires Gonçalves, que desejava o imediato desligamento do réu, da corporação, “por faltar com a verdade”, conforme sua avaliação pessoal constada nos autos.
De acordo com a obra intitulada “O cadete e o Capitão”, de autoria do jornalista Luiz Maklouf Carvalho, o capitão golpista conseguiu concluir seus créditos para se formar como oficial de artilharia na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais – EsAO com nota 7,68. Sua notória impulsividade a cometer atos absurdos acabou rolando ladeira abaixo o seu processo de formatura, em 1.987.
Na época do julgamento o réu negou veemente – “mente” que tivesse produzido os tais croquis da bomba, conforme publicado na Revista Veja, e ainda por cima ameaçou a jornalista que produziu a reportagem/denúncia.
E o resultado da decisão do Superior Tribunal Militar, em 1.987?
Bom, neste ano, o réu foi expulso, de acordo com decisão do próprio Tribunal Militar.
No dia 28 de novembro de 2018 o “ex-réu” acabara de ser eleito como autoridade máxima da “nação brasilis”, e tomaria posse dentro de um mês. E lá estava ele, de pé, em uma sala da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, terno preto e gravata cinza, não mais como réu, mas como “autoridade máxima”, cercado de aduladores de todos os naipes…
E foi neste dia, por “força das circunstâncias” e das “conveniências políticas”, que finalmente o “Capitão” receberia o documento que o consagraria como Capitão do Exército, embora com o agravante da dúvida de suas malucas e absurdas atitudes, arquitetadas em 1.987.
A necessária ampliação da regulação das plataformas digitais
O estado contínuo de abusos cometidos nas plataformas digitais virou festival de incitação ao vandalismo e ao terror no país, atos praticados principalmente por grupos radicais bolsonaristas. Foi graças a esta absurda “facilidade” da era digital que grupos terroristas e de vândalos se mobilizaram e quase destruíram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o prédio do Supremo Tribunal Federal, o STF, atos que já vinham abertamente sendo divulgados por bolsonaristas nas redes sociais.
Todo mundo sabia, os serviços de inteligência e segurança pública sabiam, os “caciques” do Twitter sabiam, assim como do Facebook, Telegram, etc, e mesmo assim “rolou geral” a bagunça e a destruição no planalto central do Brasil, no domingo, dia 08 de janeiro de 2023!
Para não mais permitir que tais abusos se repitam o Supremo Tribunal Federal-STF decidiu por unanimidade que autoridades e órgãos de investigação nacional podem sim solicitar informações imediatas a provedores da internet bem como a plataformas digitais com sede em outro país, isso sem a necessidade do aval do órgão de justiça estrangeiro.
Agora, plataformas digitais com sede no exterior como o Twitter, Facebook, Google, WhatsApp e Telegram são obrigadas a fornecer dados de usuários sem a necessidade de pedidos de cooperação internacional.
A decisão unânime da mais alta corte do Brasil com certeza irá facilitar todo um processo de investigação já em curso sobre o covarde ato golpista praticado no dia 08 de janeiro.
De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, “as grandes plataformas acabaram, por omissão, colaborando com os atos do dia 8 de janeiro. A organização desses atos não teria sido possível se elas tivessem um filtro mínimo. Teriam não só avisado as autoridades como cessado essa propagação”, enfatiza o ministro.
O julgamento no pleno do STF foi marcado por longas exposições. Todos defenderam a necessidade de se ampliar a regulação sobre a atuação das plataformas no Brasil assim como responsabilizar redes sociais que por ventura ignorem atos criminosos de incitação à violência, vandalismo, barbárie, terrorismo, preconceito, racismo, etc…
Os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes compararam o preocupante nível agressivo de desinformação que circula nas redes sociais do Brasil a uma droga, como que um entorpecente mental, que acultura as massas.
Em sua exposição, assim se manifestou a ministra Cármen Lúcia:
“Este não é um momento de mudança de interpretação do direito, mas de transformação do direito para que nós não tenhamos espaços de faroeste digital com efeitos concretos na vida de todos nós”.
Nos EUA a Suprema Corte avaliou duas ações que certamente podem acabar com a imunidade das big techs. As plataformas digitais podem não mais dispor do poder de decidir quais conteúdos deve manter online e quais não uma vez que tais atos passariam a ser uma ferramenta de fiscalização exclusiva do governo americano. Os sites, portanto, seriam legalmente responsabilizados pelos abusos que seus usuários por ventura viessem a publicar.
Carnaval, a alegria do povo como nossa identidade cultural
É carnaval, festa e folia, momento momesco de grande alegria do povo brasileiro. Momento de pular, dar risadas, descontrair e tomar uma gelada, porque ninguém é de ferro!
É como diz o grande “Coalhada”, personagem criado pelo genial e saudoso Chico Anisyo:
– Pois é, tamos aí, batendo de “trivela”, “polivalendo” e tomando uma aqui e acolá, porque ninguém é de ferro!
É a hora e o momento do brasileiro curtir a folia e esquecer os problemas, os mitos e micos da vida, a pandemia, a crise, a carestia, os absurdos da loucura do mundo, e se divertir, porque, afinal de contas, é carnaval…
Um brinde ao Rei Momo, a todos os brincantes e fundamentalmente um grande brinde aos nossos antepassados da Mãe África, eles que para cá trouxeram o batuque, o toque do tambor, o ritmo forte da Mãe África, com suas alegrias e lamentos…
E vieram mar acima, mar abaixo, nas galés infames dos covardes navios negreiros, tratados como mera mercadoria para dar cada vez mais força ao movimento do trabalho escravo nos canaviais, nos engenhos, nas fazendas, nos cafezais, no plantio e na extração e feitura do cacau. Eram bravos escravizados, tristes guerreiros meninos, inocentes mulheres abusadas e torturadas…
Mesmo assim, em meio a tanta dor e sofrimento, a este povo sofrido juntaram-se os povos originários do Brasil, os nativos, os verdadeiros donos da “terra brasilis”, para lutar ao lado das tropas portuguesas, expulsar o invasor estrangeiro, e garantir a soberania nacional do país, a sua consolidação territorial e sua sobrevivência como nação.
Eis a nossa identidade, nossa lídima expressão cultural!
Valorizar nossa identidade e nossas expressões culturais é valorizar a nós mesmos, os nossos antepassados. Respeitar, preservar, proteger e divulgar é nosso dever, sempre!
A resistência ucraniana, Putin e os OVNI’s
Eles já perderam tudo, e nada mais importa, a não ser lutar ferozmente!
A família, vizinhos, a rua, o bairro, a praça, a escola dos filhos, o lazer, o supermercado e o descanso, tudo foi destruído e nada mais existe!
Na alma do combatente ucraniano existe apenas um grande e forte sentimento de revolta, raiva e ódio do covarde invasor opressor!
O pensamento reinante na grande maioria dos resistentes combatentes ucranianos, que variam numa faixa etária de 25 a mais de 50 anos, é resistir, resistir e resistir, para depois avançar, avançar e avançar…
A cruel historiografia das grandes batalhas já deveria ter ensinado aos russos a evidente realidade de não existir coisa pior do que invadir o quintal alheio, a terra dos outros, e encaminhar jovens soldados inexperientes assustados a um território desconhecido. Foi assim com os nazistas, na Segunda Guerra Mundial, que comeram o pão que o diabo amassou durante o calor insano da sangrenta batalha de Leningrado e Stalingrado, ao invadirem o território russo, e hoje assim está sendo com os russos ao invadirem a Ucrânia.
Para quem no início da campanha militar propalava que a capitulação e o controle total da Ucrânia era apenas uma questão de dias ou de poucas semanas, hoje figura um gravíssimo quadro de perdas humanas no efetivo do Exército russo, de tanques, de artilharia móvel, helicópteros e aviões, instalações militares, armazéns de munição, etc…
A pergunta que o bom senso mundial faz a Putin é até quando ele irá insistir nesta louca empreitada tão cara em termos de perdas de vidas humanas ucranianas e russas, de destruição de cidades e de mortes de civis inocentes?
Enquanto isso, um OVNI repentinamente aparece exatamente no momento em que Putin discursava em Volgogrado e ameaçava o mundo com um ataque nuclear. Pilotos russos avistaram o objeto, que mudava de cor e rapidamente de altitude, assim como soldados e muita gente em terra viram o objeto. O objeto voador não identificado foi visto e logo o seu incrível comportamento foi comunicado às autoridades de aviação por tripulações de quatro aviões distintos. A tripulação de um Airbus A 321 da S 7 Airlines, voo S 72046, de Sochi para Moscou, relatou que 12 minutos antes de chegar a Volgogrado, a uma altitude de 10 mil metros, avistara o incrível objeto, do seu lado esquerdo. E muita gente viu!
Não é a primeira vez que estes objetos voadores não identificados aparecem do nada. Sua incrível força eletromagnética, e outras avançadas tecnologias, já chegaram a desativar e danificar componentes internos e sistemas eletrônicos de ogivas nucleares, tanto russas como americanas, fatos vazados e depois noticiados pela imprensa internacional.
E seriam os OVNI’s, voando a uma velocidade inicial de aceleração de 53 mil quilômetros por hora, um recado direto aos senhores da guerra, tipo, como quem diz assim:
– Pô, para com isso!
Vida real educação e economia Brasil
Para Vitor Pereira, doutor em economia e professor da Escola Nacional de Administração Pública, o Brasil tem um problema crônico de evasão do ensino médio que precisa ser enfrentado. Pereira tem vários estudos publicados sobre o tema e acompanha o impacto de experiências desse tipo no nível estadual. Segundo ele, para cada 100 alunos que ingressam no ensino médio, 10 deles evadem a cada ano e menos de 60% vão terminar na idade correta.
Em uma conta preliminar, o programa teria um custo de R$ 4,7 bilhões com base numa comparação com o custo do projeto da deputada Tabata. “É um custo baixo diante do retorno”, afirma Pereira. Segundo ele, dados internacionais mostram que concluir o ensino médio reduz em 80% a probabilidade de o jovem precisar de assistência social no futuro, em 22% a chance de prisão e em 33% a probabilidade de morte ao longo de 10 anos.” É uma questão urgente reduzir a evasão escolar”, alerta o especialista, enfatizando que os resultados de uma política desse tipo são rápidos.
O Brasil perde R$ 372 mil por jovem que não conclui a educação básica. Esse montante se explica porque os jovens que possuem a educação básica completa passam, em média, mais tempo de sua vida produtiva ocupados e em empregos formais, com maior remuneração e maior expectativa de vida com qualidade. Estima-se que cada jovem com educação básica viverá quatro anos de vida a mais que um jovem que não terminou a escolaridade e tendem a ter um menor envolvimento em atividades violentas, como homicídios.
Pesquisa conduzida pelo economista Ricardo Paes de Barros, no ritmo atual, aponta que 17,5% dos jovens que hoje têm 16 anos não completarão a educação básica (pré-escola, fundamental e médio)
IMPOSTÔMETRO
De acordo com a apuração compreendida entre o período de 01 de janeiro de 2023 a 03 de fevereiro de 2023, o impostômetro indicou até o fechamento deste artigo o valor de TREZENTOS E TRINTA E NOVE BILHÕES, CENTO E OITENTA QUATRO MILHÕES
População desocupada no Brasil
A população desocupada no Brasil foi estimada em 12,4 milhões de pessoas na semana entre 21 e 27 de junho, uma taxa de desocupação de 13,1%. O número equivale a um aumento de 12,3% com relação à semana anterior, quando 11,7 milhões estavam desocupados, e alta de 10,5% com relação a primeira semana de maio. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD COVID-19) para a semana entre 21 e 27 de junho, divulgada, hoje (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A MISÉRIA
Em importante edição a Veja ofereceu sua contribuição para enfrentar o flagelo da miséria ao abordar o assunto. Depois de uma década promissora, entre 2004 e 2014, quando 30 milhões de brasileiros deixaram a miséria, a tendência começou a se inverter no governo Bolsonaro. As últimas estatísticas mostram que há mais de 36 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, ou seja, gente que vive com menos de 3 reais por dia.
A ERA PROMISSORA
Em 2011, o Brasil passou da 7ª para a 6ª posição no ranking mundial da economia. Depois de ultrapassar o Reino Unido, o país esteve entre as maiores economias do mundo.
No ano anterior, em 2010, quando alcançou a 7ª colocação no ranking, o PIB brasileiro havia crescido 7,5%. Já em 2011, o crescimento foi de 2,7%.
Em 2012, não muito tempo depois, com um crescimento de 0,9%, o Brasil voltou a ficar atrás do Reino Unido. Em 2016, a economia brasileira foi ultrapassada pela Índia e pela Itália no ranking mundial, ocupando a 9ª posição do ranking. O ano de 2008 foi muito importante para a projeção econômica do Brasil: a grande revista ‘The Economist’ coloca em sua capa a foto de Cristo Redentor decolando, mostrando a ascensão econômica que o país estava vivendo. Neste ano, o Brasil era a nova maior economia do mundo. Nos dois anos seguintes, o país cresceu para 8º e 7º lugares ao decorrer dos anos. De 2010 até 2014 o Brasil se manteve no sétimo lugar. Porém, com o decorrer dos anos e as inúmeras turbulências tanto mundiais quanto internas, o cenário mudou. De acordo com levantamento o Brasil caiu para a 71ª posição no ranking global de competividade, seguindo uma queda vertiginosa que vem ocorrendo desde 2019.
Atualmente as maiores economias do mundo são EUA, China, Japão, Alemanha, Reino Unido, Índia, França, Itália, Canadá, Coréia do Sul.
E A PETROBRÁS?
Mas, a Petrobrás apresentou um lucro fantástico nos três primeiros meses de 2022 de 44,5 bilhões de reais.
No ano em que o consumidor brasileiro pagou elevados preços de combustíveis a Petrobrás apresentou o maior lucro de sua história:
106,6 BILHÕES DE REAIS!
A referida companhia anunciou a distribuição de mais 37, 3 bilhões em dividendos a seus acionistas como retorno ao resultado apresentado em 2021.
Yanomamis e monstros
Qual o grau de dívida histórica nacional com as comunidades indígenas?
Para quem pesquisa história, eles tiveram papel decisivo na consolidação do território nacional brasileiro. Ao lado de tropas portuguesas expulsaram invasores estrangeiros e tornaram capaz a soberania nacional do país.
Qual o grau de menosprezo e até mesmo de motivação ou perseguição política a estas comunidades, principalmente contra os Yanomamis?
Até que ponto autoridades foram omissas, coniventes ou tiveram participação direta ou indireta com o atual estado de calamidade em que se encontra o povo Yanomami, vítimas de subnutrição, fome e doenças? Seria este o resultado óbvio, direto e vil da ilegal política de exploração mineral de ouro assim como do abandono do poder público?
Quais interesses estão por detrás de uma modalidade genocida tão vil, covarde, sistematicamente pensada? Ouro, ouro, ouro!?
Todas estas questões devem ser mensuradas e cuidadosamente investigadas!
Indignados, de uma coisa temos certeza:
Estarrecidos, após atos de vandalismo praticados em Brasília, estamos de novo a assistir cenários de terror como triste resultado de uma política doentia, genocida, covarde, vil e perversa onde o céu não é o limite, pois ela inverte valores, desvaloriza a vida humana e destrói a Mãe Natureza!
Mais de vinte mil garimpeiros encontram-se a certo tempo ilegalmente explorando ouro em áreas de reserva Yanomami, e tudo sob as “vistas grossas” de autoridades. De tabela, rios e nascentes de perder de vista estão morrendo por conta da ação mortal do mercúrio e de outros metais pesados. Trata-se de um sinistro efeito dominó contaminante que vem matando peixes, animais, aves, causando graves doenças e mortalidade ao povo Yanomami!
O plano de contenção e de expulsão de garimpeiros das áreas de reserva Yanomami foi engavetado!
Aeronaves que viessem a sobrevoar a pista de pouso localizada na reserva eram proibidas de aterrissar. Logo, milhares de garimpeiros fortemente armados sempre impediam o pouso de qualquer aeronave que viesse a socorrer a comunidade indígena.
Para agravar ainda mais o caos, as instalações de bases militares e de fiscalização, manutenção dos serviços de saúde e fiscalização bem como a execução de projetos essenciais de saúde e de segurança pública, tudo enfim foi lamentavelmente abortado em 2022!
Ao que tudo indica, parece que o lobby da turma do ouro deve ter sido muito forte, e bastante convincente!
O Marechal Rondon morreria de profundo desgosto e vergonha ao ver tão absurdo ato genocida perpetrado contra comunidades tradicionais da Amazônia. Ele, que com tanto cuidado, procurou se aproximar, conhecer, respeitar e proteger os povos originários do Brasil.
O terror e os erros primários na defesa de Brasília
A velha cartilha da malandragem e a antiga regra da boa observação policial sempre “rezam” que o malandro, o marginal, o criminoso e até mesmo o terrorista estudam minuciosamente o terreno antes de agir, observam o comportamento diário das pessoas, anotam horários do fluxo ou de ausência de pessoas, nível de policiamento ostensivo, etc, e no final avaliam os riscos de dar ou não certo a ação, o roubo, o crime em si. Portanto, o ato terrorista praticado na capital federal do Brasil certamente que foi cuidadosamente estudado e planejado, e isso está muito claro!
As ações de invasão, atos de terror e puro vandalismo praticados no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal-STF evidentemente foram facilitados pelos “amigos da onça” do estado democrático de direito e por “agentes contribuintes” do rei de deposto, nas urnas!
Todos sabem que a partir de sexta-feira a capital federal fica praticamente deserta e o fluxo de veículos e de pessoas cai consideravelmente. É o momento em que a grande maioria do parlamento visita sua base eleitoral, em seu estado, e dá entrevistas para divulgação de suas atividades.
Mas, ocorre que Brasília já vinha sendo alvo de grandes aglomerações da massa bolsonarista, em frente ao QG do Exército, com livre trânsito de ônibus e acampamento de pessoas em área restrita, militar. Todo santo dia uma liderança fanática fazia graves incitações de crime de golpe de estado, bradava a ruptura total com o estado democrático de direito, e, no geral, clamava, usando o Santo Nome de Deus em vão:
“Intervenção militar já, com Bolsonaro no poder! Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”!
Desde o ano passado que este cenário espectral lamentável já vinha sendo alimentado, anunciado em movimentos de rua, divulgado nas redes sociais bolsonaristas e alertado pela imprensa, inclusive por nós, do Diário!
Portão de quartel e frente de quartel, como regra geral universal, sempre foi área restrita a civis. É uma área de mobilidade e treinamento militar, jamais para loucas aglomerações golpistas!
É Inegável que houve no mínimo negligência ou omissão da base de comando responsável pelo serviço de segurança pública se levarmos em consideração a associação de negligência ou omissão com o tal decreto golpista encontrado na residência de Anderson Torres, um documento “prontinho” para assinatura e “glorioso” retorno de “El-Rey” Salvatore, o “mito micológico” do estado de exceção!
E os erros primários observados na segurança pública do Distrito Federal?
Considerando o alto nível de ameaças consecutivas, por todos vistas nas redes sociais bolsonaristas, de que eles realmente iriam invadir e dominar geral o Planalto Central do Brasil, o que de muito poderia ter sido feito como medidas de segurança era antecipadamente posicionar carros-tanque d’água no STF, no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, além de colocar de prontidão efetivos de tropas de choque e de contenção, todos municiados com caixas de bombas de gás para dispersar qualquer multidão fanatizada enfurecida.
O Day After, o fatídico domingo, em grande ato final evidenciou a destruição interna quase total dos três poderes, atos praticados por fanáticos terroristas bolsonaristas!
A histórica obra As Mulatas, de Di Cavalcanti, avaliada em mais de 8 milhões de reais, foi insanamente perfurada! Um relógio de Balthazar Martinot, do século XVII, trazido por D. João VI ao Brasil, em 1.808, foi insanamente destruído! Até a mesa de Juscelino Kubitschek foi insanamente jogada de cima abaixo!
Mas, afinal de contas, o que houve? Porque do cometimento de erros tão primários na defesa do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto? Falta de comando? Absurda simpatia ou empatia com o movimento golpista? Absurdo apoio e empatia de autoridades e de algumas patentes das forças federais e estaduais com o movimento golpista?
As investigações, em breve tempo, devem responder a nação!
Lutero foi inspiração ao antissemitismo e nazismo?
Martinho Lutero foi fonte de inspiração para o antissemitismo e o nazismo?
Infelizmente, a resposta é sim, Martinho Lutero inspirou e muito influenciou com seu pensamento e obras o antissemitismo e o nazismo no mundo.
Se, por um lado, muitos historiadores, pesquisadores, teólogos e cientistas políticos admiram Lutero por sua coragem e fé ao desafiar a Igreja, sob risco de vida, e traduzir do grego para o alemão os textos sagrados bíblicos, por outro consideram monstruosas suas atitudes e obras contra judeus, negros e ciganos.
O historiador Robert Michael certa vez escreveu e comentou o fato de Martinho Lutero dedicar boa parte de sua vida contra os judeus. As obras de sua autoria intitulada Von den Juden und ihren Lügen (“Sobre os Judeus e Suas Mentiras“) e Vom Schem Hamphoras und vom Geschlecht Christi (“Do Inefável Nome e da Santa linhagem de Cristo”) , ambas escritas em 1.523, são absurdamente descabidas.
O monge alemão afirmava categoricamente que os judeus “não eram o povo eleito, mas o povo do diabo”. Aconselhava seguidores a incendiarem sinagogas judaicas, destruir livros judaicos, proibir rabinos de pregar, apreender seus bens e dinheiro e expulsá-los ou fazê-los trabalhar forçosamente. Também incentivava assassinatos, escrevendo:
“É nossa a culpa em não matar eles”!
Mesmo após sua morte o antissemitismo luterano persistiu. Durante o ano de 1.580 diversos judeus são espancados e expulsos de vários estados luteranos alemães.
Até hoje predomina entre historiadores a opinião de que a retórica antijudaica de Lutero sem dúvida alguma muito contribuiu para atiçar o antissemitismo na Alemanha. E foi justamente entre 1.930 e 1.940 que ocorreu o ápice das trevas da fundamentação teórica e de propaganda do ideário nazista contra judeus, ciganos e comunistas.
Adolf Hitler, em sua autobiografia Mein Kampf, considerou Martinho Lutero como uma das maiores figuras da Alemanha. No dia 5 de outubro de 1.933 o Pastor protestante Wilhelm Rehm de Reutlingen declarou publicamente para uma multidão fanatizada que “Hitler não teria sido possível sem Martinho Lutero”. Mês depois, em novembro de 1933, uma manifestação protestante reúne na Alemanha um recorde de 20.000 pessoas, e aprova três resoluções:
Adolf Hitler é a conclusão da Reforma; Judeus Batizados devem ser retirados da Igreja; o Antigo Testamento deve ser excluído da Sagrada Escritura.
O editor do jornal nazista Der Sturmer, Julius Streicher, em 1.945 declara o seguinte em sua defesa, no histórico Tribunal de Nuremberg:
“Nunca havia dito nada sobre os judeus que Martinho Lutero não tivesse dito 400 anos antes”.
Historiadores como William Shirer e Michael Hart afirmam que a retórica e as obras antissemitas de Lutero certamente causaram forte impacto no meio protestante e muito influenciaram no processo de aceitação da ideologia nazista. Em sua obra intitulada Ascensão e Queda do Terceiro Reich, William Shirer faz a seguinte observação:
“É difícil compreender a conduta da maioria dos protestantes nos primeiros anos do nazismo, salvo se estivermos prevenidos de dois fatos: sua história e a influência de Martinho Lutero (para evitar qualquer confusão, devo explicar aqui que o autor é protestante). O grande fundador do protestantismo não foi só antissemita apaixonado como feroz defensor da obediência absoluta à autoridade política. Desejava a Alemanha livre de judeus (…) — conselho que foi literalmente seguido quatro séculos mais tarde por Hitler, Göring e Himmler”.
Conclusão: Haverá coincidência histórica entre nazismo e fanatismo bolsonarista, com propagações de ondas de violência, vandalismo e terror contra opositores e contra tudo aquilo que absurdamente a eles representem “obras e culturas do demônio, ou coisas do diabo”?
A resposta está com você, caríssimo leitor!