Wellington Silva

Luiz Melo

 

Irrequieto e mente sempre pulsante e criativa!

 

O Mestre inovador na arte da comunicação!

 

Assim podemos, em síntese, resumir a alma do jornalista, do comunicador, radialista Luiz Melo!

 

Sem confetes e serpentinas, particularmente é o nosso professor na arte da comunicação do rádio, justamente a comunicação com alegria, bom humor e boa objetividade, sem floreios e direto ao ponto, por assim dizer…

 

Sinto-me honrado por desfrutar de sua amizade, respeitosa amizade que surgiu em meados dos anos 90, ano de criação do seu premiadíssimo programa de rádio, cap de audiência das manhãs tucujus, o Programa Luiz Melo Entrevista.

 

Recentemente, nosso pioneiro e professor de jornalismo radiofônico foi merecidamente homenageado na Câmara Federal como o maior expoente do rádio amapaense. Nada mais que justo, justíssimo!

 

A justa homenagem tem um significado maior pois ela se deu em memorável momento de comemoração dos 100 Anos de Rádio no Brasil. O pedido, a justa homenagem ao icônico jornalista é de autoria do Secretário de Comunicação da Câmara dos Deputados, Deputado Federal Acácio Favacho (MDB), do Amapá.

 

É inegável negar o fato de que o Sistema Diário de Comunicação, o Jornal Diário do Amapá e os programas Luiz Melo Entrevista e Viva o Rádio, por exemplo, tem temperos especiais ou químicas de um grande e veterano alquimista na arte da comunicação: Luiz de Melo Ferreira!

 

E sempre foi justamente os seus temperos, as suas químicas, advindas de sua mente pulsante, criativa, que merecidamente lhe outorgaram inúmeras premiações e atos de reconhecimento público de parte do parlamento estadual e agora, federal.

 

Durante a recente corrida eleitoral para os cargos de deputado federal, senador e governador de estado Luiz Melo mais uma vez inovou e revolucionou o formato de entrevistas e debate entre candidatos. Na fase de candidatura ao governo do estado resolveu sair um pouco do velho sistema de bate e rebate entre candidatos para abrir espaço a perguntas inteligentes através da participação de técnicos, especialistas, jornalistas e gente do povo. Uma receita e tanto para frear ânimos e excessos dos candidatos!

 

O Jornalista Luiz de Melo Ferreira inicialmente atuou na Rádio AM Educadora de Macapá, nos anos 70, depois denominada de Rádio Difusora de Macapá, principalmente como locutor esportivo das memoráveis partidas de futebol narradas do Estádio Glicério de Souza Marques. Na época atuou também como radialista na Rádio Nacional AM, em Macapá e na Rádio Marajoara AM, no Estado do Pará. A partir de 1.974 torna-se Diretor Geral da Tv Amapá Canal 6, fase pioneira do primeiro veículo de comunicação televisivo no Amapá, ali deixando sua marca. Teve também brilhante passagem na Rádio e Tv Equatorial Canal 8, com sede em Macapá. Também em Macapá foi fundador da Rádio Antena 1 FM, 102.9 e do Jornal Fronteira. Na qualidade de Diretor-Superintendente criou e inovou o Jornal Diário do Amapá e a Rádio Diário FM, e desta química surgiu o premiado Sistema Diário de Comunicação.

 

Quem sabe fazer, sempre faz melhor!

 

A importância histórica e crucial da Imprensa Oficial no Amapá

 

Desde 1.943, data de criação do ex-território federal do Amapá, que a Imprensa Oficial do Amapá vem desenvolvendo um papel da mais alta relevância histórica ao imprimir e documentar em suas páginas atos históricos, políticos e administrativos da administração pública desta terra.

 

São milhares e milhares de fatos, nomeações importantes e publicação de diversos documentos que certamente mudaram os rumos desta insulada região tais como a Estrutura Organizacional do Estado do Amapá, documento assinado pelo governador Annibal Barcellos, em 1.989, após a aclamação plenária da chamada Constituição Cidadã, promulgada por Ulisses Guimarães no dia 05 de outubro de 1.988, no Congresso Nacional, ano em que o Amapá foi elevado a categoria de estado federado por força do artigo 14 e seus parágrafos primeiro e segundo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

 

Portanto, a história ou trajetória da Imprensa Oficial do Amapá se confunde com a fase inicial e de desenvolvimento do território federal e do estado.

 

Em 1.943, o Capitão de Artilharia Anti-Aérea de Val de Cães, sediada em Belém do Pará, Janary Gentil Nunes, é nomeado para governar o recém criado território federal do Amapá.

 

O território do Amapá foi elevado a tal condição no dia 13 de setembro 1.943, por Getúlio Vargas, por uma questão de segurança nacional, em plena Segunda Grande Guerra Mundial. Neste mesmo ano surge o informativo oficial do governo do território federal do Amapá intitulado Novo Amapá, com informações e fatos da administração pública janarista. Tais publicações, verdadeiras relíquias históricas, são até hoje guardadas com todo carinho por veteranos servidores públicos lotados na Imprensa Oficial do Amapá.

 

No dia 24 de julho de 1.964, ano da chamada intervenção militar no Brasil, é criado o Diário Oficial do Amapá para fins de publicações de atos de governo.

 

No governo de Ivanhoé Gonçalves Martins (10 de abril de 1.967 a 06 de outubro de 1.972) é adquirida a primeira impressora off set para a nossa região, uma Solna 75! Uma verdadeira “guerreira” que até hoje presta relevantes serviços sempre a imprimir atos da administração pública tucuju.

 

Ultimamente o valoroso apoio de veteranos servidores da Imprensa Oficial do Amapá vem sendo vital para a fundamentação documental de vários funcionários federais que pleiteiam direitos perante o governo federal, através de processo.

 

Hoje, urge a necessidade de se dar um espaço digno e mais que merecido a nossa gloriosa Imprensa Oficial do Amapá para abrigar comodamente o seu valoroso quadro de funcionários e todo o seu histórico acervo e maquinário. E que tudo finalmente possa ser comodamente abrigado em uma bem concebida arquitetura, em um bom prédio, a fim de que seus servidores confortavelmente possam continuar imprimindo e publicando a vida institucional de nossa região.

 

Valorizar o que é nosso, é extremamente preciso!

 

A Disneylândia nazifascista no Brasil

 

Pelo visto os bolso arianos insanamente desejam destruir a nação brasileira ao defenderem abertamente a intervenção militar e o fecha tudo em todo o território nacional!

 

Por mais estapafúrdio que se apresente as características políticas das manifestações bolsonaristas no Brasil e por mais absurdo que tudo possa aparecer ao mundo eles em verdade já possuem fortes conotações ou inspirações nazifascistas. Basta observar o culto do “mito”, a imagem absolutista do líder máximo, incontestável por sua própria natureza, e a aberta pregação da intervenção militar já, em movimentos de rua. Uma espécie de fecha tudo, patrocinada por loucos incendiários!

 

Estaríamos já assistindo e vivendo uma espécie de Disneylândia nazifascista?

 

E seria o papagaio do bico dourado e outros conhecidos e insanos agitadores do caos os grandes patrocinadores de tamanha aberração?

 

O movimento inicial é exatamente a deflagração de um processo de aculturação em massa, a cegueira popular ao senso crítico e a violenta oposição aos contrários. Depois ocorre a negação total e irrestrita ao direito e principalmente aos direitos humanos.

 

A história nos mostra que os regimes totalitários começaram assim, inflando as massas, envolvendo e hipnotizando a juventude e combatendo com perseguições e violência implacável a todos os seus oponentes. A tolerância e a salutar convivência democrática entre contrários aos poucos são soterradas e todo e qualquer debate ou opinião de pessoas ou grupos devem ser imediatamente rastreadas e eliminadas.

 

Os primeiros que são rastreados são os potenciais formadores de opinião, lideranças políticas e sindicais, gnosticistas, espiritualistas, padres, freiras, escolas e universidades e faculdades públicas ou privadas. Logo tudo é monitorado para depois e aos poucos sofrer poda, enfraquecimento, pressão psicológica moral, violência verbal ou física e finalmente eliminação. Fatalmente é um processo natural totalitário bem típico do dominador sobre os dominados. É a imposição e depois a prevalência ou supremacia da dita e intitulada “cultura superior” sobre toda e qualquer cultura, seja ela política ou religiosa, em curso como um rio sujo e caudaloso, o processo de aculturação das massas.

 

Urge a necessidade vital de cortar o mal pela raiz e promover um profundo nível de informação nas escolas, universidades e faculdades sobre o que é nazismo, o que é fascismo e o que é progressismo, sua origem, causas, efeitos e consequências para o mundo.

 

Torna-se vital inserir nos currículos escolares do ensino médio e nas mesas de discussão, em seminários e em programações de palestras acadêmicas todo e qualquer vídeo, filme e documentário histórico que foque as atrocidades do nazismo, o holocausto, o terror fascista e o terror do totalitarismo stalinista na Rússia, por exemplo. Isso seria o mesmo que extrair o veneno e o chocalho da cobra e cortar a sua cabeça!

 

Mas, até quando viveremos este insano e vergonhoso estado do absurdo, do intolerável e do inaceitável no Brasil?

 

O Pacificador

 

Muito diferente de seu oponente, diria até um abismo de diferença, Lula aos poucos apazigua ânimos e acalma o mercado, externa sua grande preocupação com os desvalidos e articula e dialoga com o parlamento e com o poder judiciário, caminhos democráticos naturais antes rompidos pelo governo bolsonarista.

 

Se, antes, o estado brasileiro e seus apoiadores fabricavam a agitação do caos, do ódio, da desordem, do enfraquecimento e da desagregação institucional, política e religiosa, assim como fabricavam o enfraquecimento do conhecimento, do senso crítico, da pesquisa, das universidades e faculdades e das comunidades tradicionais, atentando contra o bem maior de uma nação livre, soberana e democrática, justamente, a educação, hoje, com imensa satisfação vemos a indicação de Kátia Paulino para integrar a equipe pensante de transição do governo Lula, uma amapaense, negra, Reitora da Universidade Estadual do Amapá, e exatamente para pensar, escrever e propor uma educação progressista, participativa, plural e integradora para uma nação tão rica em diversidade cultural, em especial, a nossa Amazônia.

 

E hoje, mais que nunca, pensar é preciso, porque pensamento é movimento, é causa e efeito, ação e reação para o bem de uma nação antes tão dividida por força e efeito das sementes desagregadoras do caos, do ódio, da desordem, das trevas da ignorância.

 

O verdadeiro caminho democrático não tem curvas sinuosas, abismos, trevas, escuridão, divisões de classes, preconceitos, racismos, radicalismos e outras aberrações tais advindas do degradante pensamento e comportamento inumano.

 

O verdadeiro caminho democrático é o que está sendo feito agora, construído tijolo a tijolo, ao ouvir a sociedade e convocar e provocar boas cabeças pensantes a edificarem um Brasil melhor para todos.

 

Sabem porque os grandes gênios, artistas, pensadores, poetas, intelectuais, músicos, dramaturgos, foram ou são progressistas?

 

É uma questão de valores para a evolução humana!

 

Não pode haver legalidade naquilo que é ilegal, absurdo, quando o estado democrático de direito e as instituições públicas são ameaçadas de fechamento por conta de uma louca retórica golpista ufanista. Nenhum país democrático do mundo livre pode aceitar tais atos como normal, e, muito pelo contrário, tais atos constituem uma aberração!

 

Sabiamente e em boa hora as Forças Armadas do Brasil novamente reiteram em nota pública o seu total e irrestrito apoio e respeito a Constituição e ao estado democrático de direito, e de tabela também reiteram o seu irrestrito respeito a Carta das Nações, postura natural e legal de muito já esperada considerando que qualquer força armada de qualquer nação livre integrante da Organização das Nações Unidas também tem o mesmo dever de obediência constitucional e universal.

 

Paz na Terra aos homens e mulheres de boa vontade…

 

Juvenal Canto

 

Nunca esquecerei a imagem sempre serena de Juvenal Canto, inicialmente, no Centro Espírita Frei Evangelista, ele e Sol Ellarat Canto, espaço muito significativo para mim de profundo conhecimento introspectivo. Ali, por diversas vezes, ouvi palavras de conforto, o bálsamo necessário, a palestra necessária com mensagens vindas do Alto, onde Juvenal Canto era apenas o Instrumento do Criador, isso, em meados dos anos 80.

Foi também, naquele mesmo espaço, um pouco antes, que com ele aprendi educação de trânsito na Auto Escola Aruana, e o rigoroso e saudoso “Bacaba” era o examinador no Departamento de Trânsito. Quando, de oito ou dez, uma média de três ou quatro passavam, era muito!

Juvenal foi vereador numa época em que não existia remuneração para o cargo e o trabalho era servir o povo, ser solidário. Percorria os quatro cantos do Amapá, fosse de barco, rabeta, remando em montaria, de automóvel em estrada de chão ou a cavalo para levar apoio e uma palavra amiga de conforto às comunidades mais distantes.

E o que dizer do sempre salutar convívio com nosso Grande Decano da Ordem na Academia Amapaense Maçônica de Letras, antes, durante e após nossas reuniões?

Na qualidade de presidente da Academia mudou a sua rotina e o tempo de uso da palavra através do emprego de uma ampulheta.

Motivo:

Na sua avaliação alguns confrades se empolgavam na oratória e por vezes tomavam muito o tempo na pauta de discussão ou na apresentação de algum trabalho literário. Ele ficava olhando a ampulheta, e quando a areia parava de cair, altivamente falava:

– Tempo encerrado!

E o que dizer da nossa tão legal farofa acadêmica por ele sempre “incrementada” com aquela cachacinha “mui” especial acompanhada de uma farofa de piracuí, tão bem preparada pelo Juvenal, com amor?

Então é isso!

Ele era um misto de humor e amor como Decano da Ordem!

Juvenal, tu és e sempre serás LUZ em nossas vidas!

Muito além do limite!

Até que ponto a ignorância humana no Brasil pode chegar ao usar como arma a arma bestial da violência, seja ela verbal, física ou através de armas de fogo, de artefatos bélicos, nesta complicada reta final de eleição para presidente da República?

 

Até que ponto a bestialidade humana no Brasil deseja sepultar a razão, o bom senso, o respeito à individualidade humana, o respeito as instituições públicas, a Constituição e ao estado democrático de direito?

 

De lembrar que tudo começou através das falas políticas absurdas em defesa do uso indiscriminado de armas seguida da articulação e da movimentação pública de extremistas agressivos em frente ao Supremo Tribunal Federal-STF a disparar pistolas, fogos de artifício, tudo propositalmente direcionado na direção do prédio do STF e todos absurdamente defendendo Intervenção Militar Já, o fechamento da suprema corte do país e do Congresso Nacional.

 

Está muito claro a intenção deste movimento político e só não enxerga quem não quer, tal cegos guias de cegos:

 

É justamente o controle total e absoluto sobre tudo e sobre todos, o controle da nação brasileira, e a clara tentativa pela força bruta de sepultamento do estado democrático de direito.

 

E então, de repente, para tentar “dar um freio na situação”, surge a lamentável ocorrência do episódio com o Secretário do Partido dos Trabalhadores, alvo visível e covarde de tiros de pistola disparados partidos da animosidade brutal e inesperada de um extremista radical! Desespero político!?

 

Hoje, o Brasil inteiro assiste atônito a louca verborragia de um homem completamente transtornado e visivelmente desequilibrado contra a ministra Carmen Lúcia, ato que constitui uma clara agressão, leia-se, aberração, a mais alta corte do país.

 

A agressão, o louco discurso de ódio a ministra, também é uma agressão a uma mulher, mãe e avó, e isso jamais pode ser apenas encarado como um fato político, pois, ele é muito pior do que isto, e tem uma origem, uma raiz do mal plantada lá atrás, com fortes conotações fascistas.

 

A louca agressão verbal a pessoa de Carmen Lúcia, imbuída ou não do alto cargo investido, ou fosse outra mulher, evidentemente, constituí crime grave, gravíssimo, uma clava na própria moral, nos bons costumes e na própria família brasileira que tanto tais extremistas hipocritamente defendem e são o avesso do avesso!

 

Os tiros, mais de 50, disparado por fuzil contra policiais federais, assim como a granada arremessada por uma mente visivelmente alucinada, desajustada, repito, tem uma origem lá atrás como produto fabricado pelo discurso de ódio, a raiz do mal com fortes conotações fascistas!

 

Que Deus nos livre deste mal, para o bem de todos e felicidade geral da nação!

 

 

Em defesa da democracia, da Constituição e do estado democrático de direito

As ideologias totalitárias de muito já deveriam ter sido abolidas da face da terra, e todas as suas formas e natureza de origem já deveriam ter sido esquecidas. Elas só trouxeram horror, dor e sofrimento a humanidade!

Infelizmente, a torpeza do intelecto humano, o instinto vil de dominação do mais forte sobre o mais fraco, dos abastados sobre os desvalidos, pobres e esquecidos, ainda insiste e persiste em querer beber nas fontes espectrais do passado, do holocausto, da idolatria totalitária quando o pânico, o terror e o medo assombravam a todos…

Hoje, triste e lamentável é ver um Brasil de milhares de inocentes úteis guiados por cegos guias de cegos, useiros e vezeiros do uso indevido da Bandeira Nacional para pregar o ódio, a intervenção militar, a agitação do caos, o fecha tudo, o fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, das instituições públicas, e até o controle e censura de institutos de pesquisa e da livre imprensa.

Em verdade, tudo não passa de claros atos perpetrados por agitadores da desordem e do caos contra a Constituição, o federalismo, contra o estado democrático de direito e, no geral, não passam de aberrações contra o processo natural evolutivo da República Federativa do Brasil.

Em qualquer nação democrática quem defende intervenção militar e um modelo de governo absoluto abertamente também defende o sepultamento de sua própria nação, e soterra, insanamente, todos os pilares democráticos do estado de direito. O ato insano, por si só, significa enterrar o espírito constitucional de uma nação livre, soberana e democrática!

Defender um governo absoluto, total, centralizador e negacionista, contrário à ciência e em permanente desobediência ao direito, é o mesmo que cuspir, pregar e assassinar na cruz o espírito evolucionista contido em nossa Bandeira Nacional, tão bem pensado e idealizado pelos autores positivistas Raimundo Teixeira Mendes, Miguel Lemos, Manuel Pereira Reis e Décio Vilares:

 

ORDEM E PROGRESSO!

A defesa aberta, total e absoluta, em manifestação pública, de qualquer ideologia totalitária contrária aos princípios democráticos constitui crime grave contra a Constituição da República Federativa do Brasil e contra a Carta das Nações, estabelecida pela ONU. Significa cuspir e vomitar na Bandeira Nacional e em todos os pilares conceituais que tão bem definem o estado democrático de direito.

Paradoxalmente, os que se dizem “patriotas” defensores da pátria e da família, e em verdade defendem a “intervenção militar urgente no Brasil”, não passam de agitadores da desgraça e do caos contrários ao natural processo evolutivo de uma nação.

Portanto, constitui dever constitucional, legal e principalmente moral de qualquer Força Armada, parlamento e poder de justiça de país integrante do mundo democrático e das Nações Unidas em ser eminentemente constitucionalista, defender os valores democráticos, defender a soberania de seu país e fundamentalmente defender o estado democrático de direito, quando este estiver sob grave ameaça.

Como pode existir Ordem e Progresso quando o estado e apoiadores fabricam a agitação do caos, o ódio, o enfraquecimento e a desagregação institucional, política e religiosa, assim como fabricam o enfraquecimento do conhecimento, da pesquisa, das universidades e faculdades, das comunidades tradicionais, atentando contra o bem maior de uma nação livre, soberana e democrática:

 

A educação?

Mais que necessariamente, pensar é preciso, porque o pensamento é movimento, é causa e efeito, ação e reação!

Porque ser legal, é preciso…

 

O Brasil da vida real

Para o Professor Doutor Vitor Pereira, economista e professor da Escola Nacional de Administração Pública, o Brasil ainda possui um sério problema crônico de evasão do ensino médio que precisa urgentemente ser combatido. Com vários estudos publicados sobre o assunto, ele vem acompanhando o lamentável impacto deste cenário. Seu estudo aponta que para cada 100 alunos que ingressam no ensino médio 10 evadem a cada ano e menos de 60% conseguem terminar na idade certa.

Pesquisas internacionais evidenciam que quando um jovem conclui o ensino médio ele reduz em 80% a necessidade de assistência social no futuro; reduz em 22% a chance de ir pra prisão e em 33% a hipótese de ser vítima da violência e do crime organizado, e morrer.

Especialistas também afirmam que atualmente o Brasil perde R$ 372 mil por jovem que não conclui a educação básica.

Pesquisa conduzida pelo economista Ricardo Paes de Barros chegou à conclusão de que 17,5% dos jovens que hoje têm 16 anos não completarão a educação básica (pré-escola, fundamental e médio).

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), recentemente divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, mostra que a população desocupada no Brasil novamente saltou para 12,4 milhões de pessoas, antes estimada, em 10,6 milhões.

Após a chamada década promissora, período de 2004 a 2014, cerca de 30 milhões de brasileiros deixaram a miséria. Hoje, estatísticas recentes indicam um Brasil com mais de 28 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Traduzindo: Gente que vive com menos de 3 reais, por dia!

Estudos já indicam um total de 2 milhões e duzentas mil crianças vivendo na linha de pobreza. Outros já falam em 4,4 milhões!

Hoje, o valor da cesta básica é 663,29 reais, valor a ultrapassar metade do salário mínimo, que é de 1.212 mil reais. Some-se a isso o básico do básico, tais como despesas com água e luz e gás de cozinha, sem levar em consideração combustível, e se terá um cenário da vida real Brasil com os preços de alimentos a subir nas alturas, e evidentemente o combustível dando combustível a consideráveis aumentos de preço em um país que é grande produtor e exportador de petróleo, por natureza!

Somente nos três primeiros meses de 2022 a Petrobrás teve um lucro de 44,5 bilhões. No ano em que o pobre coitado do consumidor brasileiro gastou preços exorbitantes com combustível a Petrobrás apresentou o maior lucro de sua história:

106,6 bilhões de reais!

Recentemente, a Petrobrás fez comunicação de distribuição de mais de 37, 3 bilhões em dividendos a acionistas, como retorno de investimento, “bônus” do excelente resultado apresentado em 2021.

E ainda falam em privatizar a empresa, porque não dá lucro!

Somente um mês de lucratividade da Petrobrás daria para resolver a situação de milhares de desempregados no Brasil, considerando que “o petróleo é nosso”. Será?

Até o fechamento deste artigo o impostômetro registrava um valor total de dois trilhões, duzentos e nove bilhões, quinhentos e oitenta e cinco milhões!

O que você honestamente faria com este capital para ajudar o povo brasileiro?

Refletir, é preciso…

 

Um fracassado formato de debate

Ficou mais que evidente para bons observadores o fracasso que foi o formato e o nível do debate promovido pela Rede Globo com candidatos a cargos eletivos para governador e presidente da República Federativa do Brasil.

O estilo ping-pong “raquetadas” em todos os blocos abriu porteira ao esvaziamento de discussão de propostas de interesse público e empobreceu a razão de encontro político tão importante.

No frigir dos ovos o nível do debate para presidente da República rolou ladeira abaixo, fugiu do controle do apresentador e mostrou apenas elevadas doses de agressões, querelas pessoais e puro radicalismo, com o absurdo destaque de um padre que não é padre, mas tão somente uma hilária ferramenta de conveniência política produzida pelo sanatório institucionalizado.

Para muitos analistas está mais que comprovado que este estilo de debate só poderia resultar em coisa ruim considerando o elevadíssimo clima de destemperança temperado e regado à moda da casa, de extrema polarização política.

Assistimos, novamente e com profundo pesar, a descompostura de um presidente arrogante, impulsivo, insensato, agressivo, mal educado, preconceituoso e negacionista, sempre na contra mão da ciência.

Não se pode medir o que não se conhece e não se pode negar o que cientificamente a ciência já estudou, comprovou e aprovou!

Não se pode afirmar algo sobre assunto que sequer lemos, nunca estudamos e nunca tivemos compreensão alguma!

E vimos de tudo e assistimos de tudo no “debate maravilha” presidencial, até desligarmos a televisão, 1:30 da manhã, com muitos brasileiros também dando um “clic desliga” naquele teatro do absurdo!

Bom seria se a Rede Globo formasse um bom grupo de jornalistas experientes para formular perguntas inteligentes aos presidenciáveis, neste segundo turno, contando também com a participação da sociedade civil organizada e populares.

Evidentemente, a formulação de perguntas de interesse público, quer seja de jornalistas, de pessoas da sociedade civil organizada ou de populares certamente elevaria o nível do debate e oportunizaria o candidato a expor suas propostas, para melhor avaliação pública.

E cada um que se vire para responder, até as chamadas “pegadinhas”!

Parabéns ao Sistema Diário de Comunicação, ao Jornal Diário do Amapá, pela lucidez e feliz inovação ao apresentar um novo formato de debate, justamente a participação provocativa nas perguntas formuladas por jornalistas experientes, populares e conhecidos representantes da sociedade civil organizada.

Este é o caminho…

 

Pautas esquecidas e o debate que não houve!

Se perguntarem pra mim e a muitos que atentamente assistiram o debate de candidatos ao governo do estado, na Tv Amapá, o que acharam, de bate-pronto, vem logo a resposta:

Muito ruim, para ser minimamente educado!

Primeiro, que os organizadores deveriam deixar apenas para o final do debate cada candidato fazer sua pergunta ao outro, ou apenas, no seu início. A medida, preventiva, com certeza evitaria troca de farpas, alfinetadas e lamentáveis exposições públicas de um contra o outro, por todos vista, muito em função do elevado clima de disputa eleitoral.

Lamentavelmente, brigas e querelas pessoais dominaram a cena do debate, do início ao fim, empobrecendo por demais a finalidade fundamental de tão importante encontro político:

Discutir os grandes temas do Amapá, justamente, assuntos de relevância de altíssimo interesse de Sua Excelência o Povo Tucuju!

Penso, com toda certeza, que qualquer debate a cargo eletivo a presidência da República Federativa do Brasil e a governador de estado deve ter, obviamente e no mínimo, a necessária participação de jornalistas experientes para formularem perguntas de interesse público sobre educação, saúde, segurança pública, ação social, meio ambiente, infraestrutura, cultura, turismo e esporte.

Sabedores de que quase toda disputa eleitoral a presidente do Brasil e a governador de estado por vezes é carregada de brigas e ataques pessoais inadmissível é admitir e permitir que tal situação domine a cena e os blocos de debate, do começo ao fim, deixando as rédeas soltas, por assim dizer, caindo lá para baixo o nível do debate.

E, no frigir dos ovos, não se falou do mais importante e fundamental, a infraestrutura rodoviária, e da droga do tão necessário projeto de conclusão de pavimentação da BR-156, ou seja, o que cada um pretende fazer, tanto para o trecho Macapá/Oiapoque como Macapá/Laranjal do Jari?

Não se falou de bioeconomia, desenvolvimento sustentável, dos arranjos produtivos locais, e muito menos do que cada município produz e que já poderia, de muito, estar exportando, como o suco de abacaxi, doces e compotas da referida fruta, por exemplo. Todos sabem que o município de Porto Grande é um grande produtor de abacaxi e anualmente ali ocorre o tradicional Festival do Abacaxi.

Muitos tem conhecimento que a área marítima do Pereira, localizado na costa amapaense, possui um dos maiores bancos de camarões e de peixes nobres do mundo!

 

A grande questão é a seguinte:

O que fazer com tanta riqueza no Amapá e não permitir a pirataria?

Não se aprofundou o tema turismo cultural e esqueceram de falar dos grandes diamantes do Amapá:

O Sítio Arqueológico do Calçoene, Base Aérea do Amapá, Sítio Arqueológico de Maracá e Museu Joaquim Caetano da Silva, todos esquecidos, lamentavelmente…

Não se falou sobre as Escolas Família Agrícolas, ferramentas vitais para o desenvolvimento de conhecimento e de produção regional tais como a Escola Família Agrícola do Pacuí e a Escola Família Agrícola de Serra do Navio, por exemplo, tão necessitadas de apoio do poder público.

Portanto, muito se tinha pra falar, pra debater, e as brigas, dominaram a cena, infelizmente…