Wellington Silva
Quem abusou de quem?
Em meio a tantas situações trágicas que ultimamente estão ocorrendo no mundo, guerras, enchentes, inundações, rios secando e incêndios florestais, eis que não mais que de repente Bolsonaro e trupe aparecem com uma situação altamente hilária tragicômica:
Tentar acusar Lula de abuso de poder econômico na eleição para a presidência da República Federativa do Brasil!!!
Qualquer especialista do direito acharia muito hilário e engraçado a atitude bolsonarista, para não dizer absurda, de tentar imputar ao candidato concorrente algo que ele exageradamente praticou, usando de todas as formas, artifícios, “malabarismos”, para tentar frear o avanço de seu oponente, principalmente, no Nordeste.
E não é novidade e segredo pra ninguém o exagerado e abusivo uso da máquina institucional bolsonarista para tentar impedir a qualquer custo a vitória de Luís Inácio Lula da Silva à presidência da República.
Mas, ocorre que o Tribunal Superior Eleitoral já deliberou sobre a matéria e bateu o martelo, indeferindo o pedido da trupe bolsonarista, junto com seus argumentos pífios. O placar foi de 7 a 0!
Fica, a pergunta:
Quem abusou de quem?
De lembrar que barreiras policiais, tentativas de golpe de estado, ataques absurdos às urnas eletrônicas, tentativa de atentado à bomba em aeroporto de Brasília, atentado à sede da Polícia Federal, destruição patrimonial no Palácio da Alvorada e quebradeiras no Congresso Nacional e no prédio do STF, enfim, tudo nada mais foi do que sequências de fatos orquestrados, e com um único propósito:
Destruir moralmente as instituições, para depois orquestrar um cerco aos poderes constituídos e instalar um poder absolutista!
E então, o “mito”, reinaria supremo e absoluto, sem objeções, após toda a desgraça evolutiva da Covid-19, e muito por conta da campanha institucional da tal “imunização de rebanho”, a louca tentativa de prevalência teórica de uma aberração contra a ciência universal.
Ademais, é como historicamente dizia o grande revolucionário positivista Carlos Garibaldi:
“ Com desarrollo, venceremos!”
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Israel e a Palestina
Logo após o final da Segunda Grande Guerra Mundial, em 1.945, carrascos nazistas e fascistas são capturados e depois julgados no Tribunal de Nuremberg, por gravíssimos crimes de guerra, assim como oficiais japoneses.
O horror do holocausto nazista ainda estava muito vivo na memória da população mundial, principalmente na mente dos sobreviventes dos campos de concentração e na lembrança de todos aqueles que viram de perto a total degradação moral do sentimento humano.
Três anos depois do histórico Tribunal de Nuremberg, no dia 14 de maio de 1.948 a Organização das Nações Unidas – ONU cria o Estado de Israel após a deflagração de um forte movimento para a criação deste estado, dentro de área Palestina. E foi exatamente à partir desta data que surge um sério conflito entre palestinos árabes e judeus, estendido até hoje, com graves consequências, para ambos os lados!
Eis aí, senhores e senhoras, um grave erro histórico, jurídico, legal e principalmente geográfico, pois se no mesmo ano, em 1.948, a ONU também tivesse criado o estado Palestino, com certeza muita desgraça teria sido evitada. Não haveria OLP (Organização para Libertação da Palestina), Arafat e o hoje terrível e impiedoso Hamas, organização terrorista totalmente desprovida de limites e de humanidade, que não poupa ninguém, nem mesmo os palestinos, crianças e idosos!
Se o mundo livre possui uma grande dívida com o povo judeu, por conta das atrocidades do holocausto, também tem uma dívida histórica com o povo palestino, pois atualmente eles não possuem um Estado nacional e de muito não tem seus territórios delimitados.
Houvesse a ONU, em 1.948, criado os dois estados, o de Israel e o da Palestina, com delimitação justa de áreas, e instalado uma base naval, base aérea e um bom quartel militar com tanques e peças suficientes de artilharia, com tropas de diversos países, com certeza, muitas tragédias teriam sido evitadas, até hoje.
E de lembrar que após 24 horas da proclamação de criação do estado de Israel os exércitos do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque invadiram o recém criado território israelense e forçaram o povo judeu a resistir e a travar uma guerra que historicamente ficou conhecida como a Guerra de Independência de Israel.
Em 1.967, ocorre a Guerra dos Seis Dias, onde Israel conquista vitória após novamente se ver envolta em conflito bélico direto com o Egito, Jordânia e Síria, todos ávidos em expulsar o povo judeu da chamada terra prometida.
No dia 06 de outubro de 1.973, de novo, nova tentativa de invasão em território israelense, de parte do Egito e da Síria, em ataque surpresa, com o exército egípcio cruzando o canal de Suez e o sírio penetrando as colinas de Golan. Como no passado, o povo judeu consegue virar a maré e vencer seus inimigos.
Em 1.982, após diversos atos terroristas praticados pela Organização para a Libertação da Palestina a operação Paz para a Galiléia consegue remover a infraestrutura organizacional e militar da OLP, e força Israel a manter até hoje uma zona de segurança em sua fronteira com o Líbano meridional, ao norte.
Alguns historiadores e diversos pesquisadores defendem que a chamada terra prometida é dos judeus enquanto outros afirmam que de muito os palestinos ali já estavam. Particularmente, volto a afirmar que assunto tão delicado deveria ter sido amplamente discutido e resolvido em 1.948, evitando assim tanto derramamento de sangue, principalmente, de vidas inocentes.
Fafá de Belém e o Círio de Nazaré
Ele chega adentrando o palco, contagiante como sempre, e saúda o grande público amapaense, presente na Praça Santuário de Fátima. Daí em diante é uma grande troca de emoções, alegrias, regadas com suas necessárias narrativas de conscientização para valorização da nossa identidade cultural, costumes, ritos e tradições.
Com uma forte presença de palco, Fafá transborda emoção, espiritualidade, poesia, amor e saudades…
Portadora de um incrível potencial de voz, logo na abertura, saúda Nossa Senhora, e exorta o povo tucuju:
“Viva Nossa Senhora de Nazaré!”
Acompanhada de uma banda de músicos notáveis, cantou com profunda emoção a primeira canção de seu repertório, Nossa Senhora, de autoria de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Mas, se tem uma canção que me emociona profundamente é Ave Maria dos Retirantes, de autoria de Fafá, construção poético musical que exalta a Mãe Natureza Amazônica com seus ribeirinhos e caboclos.
Após as seguidas homenagens a Rainha da Amazônia, em dado momento de seu rico e diversificado repertório cant Nos Passa Vida, de autoria de Rambolde Campos e Osmar Júnior. Na hora, transpareceu falta de melhor informação dos organizadores à respeito dos autores de tão belo trabalho musical, para ser dito publicamente por Fafá, que rasga elogios a beleza musical e poética da canção.
Navegando em momentos e canções que marcaram época, Fafá de Belém dá um banho de cachoeira na interpretação da canção Aguenta Coração, de José Augusto, tema da novela que marcou época, Explode Coração.
Depois, conduz com a mesma emoção e alegria a plateia, hipnotizada, a prazerosamente ouvir seus primeiros grandes sucessos, tais como Foi Assim, de sua autoria.
Ao final de sua apresentação novamente exorta o povo amapaense e amazônico a ter orgulho de sua identidade cultural, raízes históricas, ancestralidade, costumes e tradições, musicalidade e culinária.
O fantástico show da cantora Fafá de Belém, ocorrido em Macapá, no palco da Praça Santuário de Fátima, localizado na Avenida Cora de Carvalho, bairro Santa Rita, veio para inaugurar aquele belíssimo espaço de lazer e entretenimento, entregue pela Prefeitura Municipal de Macapá.
A Praça contempla uma área de 5.985,95 m² que inclui escada e palco com cobertura, capela, lojas e banheiros, iluminação, arborização, paisagismo, rampa de acessibilidade e revitalização e ampliação de calçadas.
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A humanidade e a inteligência artificial
Percebo uma certa inércia nos meios de comunicação e no mundo livre sobre tema tão controverso e perturbador:
Inteligência artificial, e seus avanços tecnológicos!
Particularmente, considero uma boa, uma ótima mesmo, os avanços tecnológicos gerados para computadores, o celular, sistemas GPS de observação e de localização, a mecânica robótica à serviço da medicina, nas delicadas cirurgias, assim como a incrível capacidade de comunicação, de leitura e de armazenamento de memória que um simples celular pode dispor ao seu usuário, logo de imediato.
Agora, o que considero extremamente perturbador, perigoso, absurdo, é exatamente um dia um super cérebro artificial vir a comandar sistemas informatizados e toda a estrutura robótica de uma fábrica ou de uma empresa, por exemplo, em substituição a atividade humana.
Já imaginaram robôs e estruturas robóticas mecanizadas programadas e alinhadas a um comando único de um sistema decidirem o destino de pessoas cada vez mais alijadas daquilo que outrora fora seu ambiente de trabalho?
É justamente este deslumbramento com os avanços tecnológicos, e porque não dizer também financeiros, que podem colocar em risco o emprego e a renda de milhares de trabalhadores. Inevitavelmente, este futuro triste e sombrio, apenas com um clic, pode dar um xeque-mate no mundo do trabalho. Isso pode significar, num futuro próximo, o sepultamento destes espaços e/ou ambientes de trabalho, da inteligência e do sentimento humano, protagonizado pela máquina de inteligência artificial.
E então veremos, estarrecidos e perplexos por nossa inércia, o The Final Cut (O Ponto Final) deste longa drama metragem científico!
Todos estes cenários nos fazem lembrar o grande clássico da ficção científica, I Robot (Eu, Robô), de Isaac Asimov, lançado em 1.950.
Eu robô é um conjunto de nove contos com narrativas que relatam a evolução dos autômatos, através do tempo, onde são apresentadas as célebres Leis da Robótica. Nestas nove histórias, interligadas entre si, figuram os primeiros autômatos, incapazes de falar, e depois surgem os robôs super inteligentes, aptos a tomar decisões que podem afetar para melhor ou para pior a vida humana na Terra.
E o que dizer de A.I. Inteligência Artificial, filme produzido por Stanley Kubrick, e dirigido por Steven Spielberg, onde o ator principal é um jovem robô programado para amar, que parte em uma aventura na busca de se tornar uma criança de verdade e encontrar uma família, sendo no final resgato por inteligências superiores, de outro planeta, após o apocalipse, como memória viva do que restou de bom do sentimento humano?
Mas, dentro deste ponto final fico com os cenários surrealistas do nosso genial artista plástico tucuju Ivan Amanajás, ele que de muito já vem retratando e alertando em suas telas sobre este futuro sombrio e assustador!
A imagem deste artigo é justamente a visão plástica de Ivan Amanajás sobre o futuro, um futuro perturbador onde o artificialismo da máquina domina a cena!
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Academia Amapaense Maçônica de Letras: 15 anos, do sonho à realidade…
Era dia 13 de setembro de 2008, e todos estavam ansiosos por aquele momento, principalmente Mestre Lopes, idealizador do grande projeto. Fazia dias que quase sempre aquele pensamento invadia sua mente, a de fundar uma Academia Amapaense Maçônica de Letras, inspirada nos padrões acadêmicos.
Começar tudo do zero seria um grande desafio, refletia ele, imerso em pensamentos, em sua biblioteca…
E como sonho que se sonha só é só um sonho e sonho que se sonha junto é realidade, dias antes, resolveu cercar-se de Irmãos idealistas, pé no chão, para discutir quais caminhos a seguir na concepção de tão ousado projeto.
Sabia que a tarefa não seria nada fácil, mas, com o apoio dos irmãos João Lourenço da Silva, Fernando Pimentel Canto, José Araguarino de Mont’Alverne e José Damildes das Neves Tavares, com certeza o processo de discussão para a criação e aprovação da documentação culturalmente ficaria muito enriquecedor.
Não demorou muito, a boa nova já era do conhecimento de diversos Irmãos, nas lojas maçônicas, pois muitos já sabiam que Mestre Lopes, Cruz da Perfeição Maçônica no Amapá, estava na liderança e muito determinado a fundar uma academia maçônica de letras no Estado do Amapá.
A notícia, empolgante e contagiante, para os amantes das letras e das artes, acabou provocando uma boa aglutinação em torno do fantástico projeto conseguindo reunir expressões intelectuais importantes do mundo maçônico amapaense tais como Manoel Sobral de Souza, Biracy de Jesus Guimarães, Rogério Bueno da Costa Funfas e Luiz Holanda de Souza, por exemplo.
Novamente, imerso em pensamentos, pensava Mestre Lopes:
Estavam dados os primeiros passos, os passos decisivos, para o ousado projeto de disseminação de conhecimento sobre cultura maçônica e cultura geral. Portanto, chegara o dia, o grande dia de fundação da sonhada Academia!
E foi assim, com a força motora deste pensamento, ação e reação, causa e efeito, planejamento e boa concepção, que no dia 13 de setembro de 2008 surgiu este belíssimo projeto intitulado Academia Amapaense Maçônica de Letras-AAML.
São membros fundadores da Academia Amapaense Maçônica de Letras, AAML:
Raimundo dos Santos Lopes (idealizador do projeto da AAML), Fernando Pimentel Canto, João Lourenço da Silva (in memorian), Giovani Tavares Maciel Filho, Inácio Barroso da Rocha, José Araguarino de Mont’Alverne (in memorian), José Damildes das Neves Tavares, Biracy de Jesus Guimarães, João Nobre Lamarão (in memorian), Luiz Holanda de Souza, Manoel Sobral de Souza, Rogério Bueno da Costa Funfas.
O LIVRE PENSAMENTO DE ROSSEAU E A DEMOCRACIA
Jean-Jacques Rousseau, em seu histórico pronunciamento à República de Genebra, em Chambery, no dia 12 de junho de 1.754, assim se expressou:
“Quisera ter nascido num país em que o soberano e o povo só pudessem ter um único e mesmo interesse, a fim de que todos os movimentos da máquina tendessem sempre unicamente para a felicidade comum. Como isso só poderia ser feito se o povo e o soberano fossem a mesma pessoa, segue-se que eu gostaria de ter nascido sob um governo democrático, sabiamente moderado. Quisera ter vivido e morrido livre, isto é, de tal modo submetido às leis que nem eu nem ninguém pudesse sacudir o honroso jugo, esse jugo salutar e suave, que as cabeças mais altivas carregam tanto mais docilmente quanto são feitas para não carregar nenhum outro. Os povos, uma vez acostumados a senhores, não podem mais passar sem eles. Se tentam sacudir o jugo, afastam-se tanto mais da liberdade quanto, tomando por ela uma licença desenfreada que lhe é oposta, entregam suas revoluções quase sempre a sedutores que só fazem agravar seus grilhões”.
Mais atual que nunca, Rousseau nos faz refletir sobre o serviço do intelecto humano para o desenvolvimento e fortalecimento de uma democracia unicamente voltada a felicidade comum. Ele invoca a moderação, a prudência, e exalta a liberdade, o livre pensamento e o necessário tratamento legal e igualitário para todos. Enfatiza que o desenvolvimento da atividade intelectual de livres pensadores só é possível numa democracia!
Rousseau alerta, de sobremodo, sobre o cuidado e a Vigilância que se deve ter com pensamentos e formas totalitárias de governos, falsos líderes, e seus extremos perigosos…
Enfim e por fim, Jean-Jacques Rousseau nos mostra o caminho maçônico do verdadeiro progressismo, justamente, o caminho de serviço do intelecto humano em defesa das liberdades individuais e coletivas, do livre pensamento, do bem comum, de seu povo, sua cultura, identidade cultural, suas tradições, sua terra, sua gente. Ele nos faz sempre pensar que a Declaração de Princípios da Maçonaria Universal é obviamente um dever sagrado universal para todos os maçons espalhados pela superfície do planeta Terra, quando enfatiza textualmente que:
“A Maçonaria é uma Instituição essencialmente iniciática, filosófica, PROGRESSISTA E EVOLUCIONISTA. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade. Afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito maçônico. Seus fins Supremos são: LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE!
Servidores federais, edificadores do Amapá
Nesta festiva comemoração dos 80 anos de Amapá quero aqui ressaltar a figura lendária do servidor público federal amapaense, pois sem ele muita coisa não seria possível!
Sem ele, a máquina pública não andaria, os projetos não seriam possíveis, a ação não se desenvolveria, e os resultados jamais chegariam à população.
O ministro Relator, Edson Fachin, em sábia e inspirada decisão de voto inequívoco proferido em defesa dos servidores públicos federais dos extintos territórios, assim se manifestou sobre a nossa realidade, por ocasião do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade-ADI 5935, com todos os ministros votando favoráveis com a Relatoria:
“A verdade é que a transformação dos ex-Territórios em Estados foi, sim, um trabalho árduo, realizado sob condições muito distantes do ideal. Não havia apenas riscos nos planos pessoal ou familiar. Também as condições de trabalho, o exercício profissional, eram muito precários, chegando, por vezes, a serem penosos. Menos ainda se tinha segurança jurídica, pois tudo estava por ser feito. O aparato normativo era um edifício em suas fases iniciais de construção. A administração pública era, meramente, um fato”!
E continua o ministro:
“Nesse contexto, é preciso fazer justiça! Reconhecer e declarar que muitas das situações, de fato, vividas à época, retratavam importantes vínculos ou relações de trabalho entre o Estado e o particular, das quais o interesse público muito se favoreceu. Precisamos, agora, retribuir, ao menos parcialmente, o muito que essas pessoas contribuíram não apenas para que se implantasse o poder público local, mas, principalmente, para que Roraima e o Amapá se erguessem como unidades da federação. Naturalmente, os primeiros a chegar – os pioneiros – foram muito penalizados. E ainda piores foram as condições a que se submeteram os que ousaram ir mais longe, afastando-se rumo aos pontos mais distantes do território estadual”.
O advento da Constituição Cidadã, promulgada no dia 05 de outubro de 1.988, trouxe em seu bojo, no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, artigo 14, a elevação do Amapá a categoria de estado. Foi somente em 1.991, no governo de Annibal Barcellos, que ocorreu a implantação da estrutura organizacional do estado, com a edição e publicação do Decreto 0161, de 01 de outubro de 1.991.
O começo dos anos 90 foi marcado pela construção de necessárias obras de infraestrutura física para abrigar todo o corpo administrativo dos poderes executivo, legislativo e judiciário, Banco do Estado do Amapá, Instituto de Previdência, etc…
Durante este período, muito trabalho fora desenvolvido pelos servidores públicos federais. Históricos documentos foram pensados e elaborados e todo o processo de planejamento para abrigar o estado estava a pleno vapor, pois tudo estava por fazer!
Somente depois, após a fase crucial de instalação do estado, que se pensou e criou o Quadro de Servidores Públicos do Estado do Amapá.
E foi assim, neste diapasão, que os servidores públicos federais do Amapá serviram a vários governos, e outros mais continuam a servir, até hoje, merecedores que são de respeito, valorização, reconhecimento e tratamento digno em função dos relevantes serviços prestados a esta terra, expondo sua saúde para cumprir a missão!
SALVE OS SERVIDORES PÚBLICOS DO AMAPÁ!
Independência, República e o golpismo
Neste dia 07 de setembro de 2023 comemoramos 201 anos de proclamação da Independência do Brasil, ato realizado em 1.822, sob o comando geral de D. Pedro I, Imperador Regente.
Dia 15 de novembro é outra data importantíssima por todos nós comemorada para a consolidação definitiva de nossa nação:
Os 134 anos de proclamação da República Federativa do Brasil, movimento idealizado por Benjamin Constant, e realizado sob a liderança geral do Marechal Deodoro da Fonseca no dia 15 de novembro de 1.889. Sua proclamação, feita por José do Patrocínio, ocorreu na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
O país já teve seis diferentes repúblicas!
Mas, antes de novembro, temos outubro, mês histórico em que foi promulgada a nossa Constituição Cidadã, ocorrida no dia 05 de outubro de 1.988, na grandiosa e histórica reunião plenária do Congresso Nacional, ato realizado exatamente às 15h50, sob a liderança de Ulisses Guimarães. Naquele exato momento, plenário lotado, passava a valer a nova Constituição da República Federativa do Brasil. Estavam definitivamente quebrados os grilhões do passado, de castração das liberdades individuais, da falta de liberdade, de impedimento de formação sindical e de falta de livre expressão política e cultural.
Ao longo de sua história, o Brasil já teve sete constituições!
E o que vemos hoje, nestas ensolaradas e quentes manhãs de setembro de 2023?
Formações de embriões golpistas, propagandas golpistas, núcleos políticos extremistas golpistas, todos como parte integrante de processamento de um imundo ideário bolsonarista. São células desejosas de contaminação da nação “brasilis” a agredir frontalmente a democracia, o estado democrático de direito, a Constituição, o Código Civil Brasileiro e a Carta das Nações. Atentam claramente contra a Declaração dos Direitos Humanos estabelecida pela Organização das Nações Unidas-ONU, seu Estatuto, suas normas, criadas após a Segunda Guerra Mundial (1.938/1.945) para defender o estado democrático de direito e combater o totalitarismo, assim como para defender a vida, a paz, o respeito a diversidade étnica, cultural, política e religiosa, dever universal, legal e constitucional de qualquer Força Armada de país integrante da ONU.
Sempre com os conhecidos discursos de ódio, os tais embriões golpistas continuam a promover ataques contra autoridades que se opõe aos seus propósitos absurdos!
E qual seria este insano e insistente propósito?
Destruir séculos, décadas, anos de lutas para a promoção de nossa Independência, República, democracia, de consolidação do estado democrático de direito após a promulgação da Constituição Cidadã, em 1.988.
O projeto político deles (nazifascismo) é um retrocesso histórico!
É exatamente o culto de exaltação ao mito, o líder máximo inquestionável, por sua própria natureza, tudo baseado na centralização decisória de poder, ideário historicamente inadmissível para o mundo democrático.
Portanto, ditadura, nunca mais!
O passado, nunca mais!
Modelos metropolitanos de governança
Recentemente, recebi do Ipea interessante estudo sobre sistemas de governanças municipais dos Estados Unidos e do Canadá. O estudo aponta experiências positivas, históricas, e outras ainda em fase de, como eles mesmos definem: “concertação”.
Trata-se de um documento interessante que deveria ser lido e refletido por toda e qualquer autoridade municipal interessada em fazer história, até para registrar em seu tempo um novo marco inovador em gerenciamento das coisas de seu município.
Conforme analisa e define Lefèvre, existem três tipos de modelos de gestão metropolitana:
O chamado Arranjo de Governança forte que se caracteriza pela coordenação metropolitana instituída para gerir o território com a instituição de um novo ente; Arranjo Flexível, que se caracteriza por ações consorciadas entre os entes e sem a instituição de uma autoridade metropolitana; a Governança Coorporativa, caracterizada por ações compartilhadas entre os agentes públicos e privados, com a finalidade de desenvolvimento de grandes projetos urbano-regionais.
Na análise do documento do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) as experiências de governança metropolitana revelam diversidade estrutural, constituição de pacto federativo e distintos níveis de descentralização e cooperação entre os entes.
Nos Estados Unidos e Canadá encontra-se uma diversidade de estruturas de arranjos metropolitanos. A área metropolitana de Portland, por exemplo, é representada por 3 condados e 25 governos. Ela configura uma área de aproximadamente 1,3 milhão de habitantes.
MEMÓRIA HISTÓRICA:
Nas eleições de maio de 1.970 foi aprovada pelos eleitores dos três condados das 25 cidades a instituição do arranjo de Portland para integrar o Columbia Region Association of Governments (CRAG) e a Metropolitan Planing Commission. Em 1.979, foram desenvolvidas articulações entre os entes para a instituição do Greater Portland Area (GPA), um distrito de serviços urbanos comuns.
A estrutura do arranjo de Portland configura um dos raros arranjos metropolitanos eleitos de forma direta nos Estados Unidos. Sua estrutura de governança metropolitana é representada pelo presidente do Conselho do GPA e pelos seis comissários que correspondem aos distritos que integram o arranjo.
Já o nível de cooperação metropolitana nas cidades gêmeas de Minneápolis e St. Paul foi potencializada pela mobilização das esferas locais com o objetivo de atrair indústrias para a região. Na estrutura do Greater Minneápolis and St. Paul (GMSP) existe o compartilhamento da receita industrial e tributária entre os agentes que integram o arranjo além de políticas que fortalecem a atração de indústrias e a geração de novos postos de trabalho.
Toronto é outro exemplo, pois desde a década de 1.950 que se destaca no fomento a mecanismos de governança metropolitana. Pesquisadores conhecidos como Golden e Slack e Klink já apontaram Toronto como a área metropolitana mais bem consolidada das experiências canadenses.
Em 1.954, o governo de Toronto criou o chamado Metropolitan Toronto (Metro Toronto) e implementou ações de coordenação e de concertação nas áreas de planejamento, financiamento e implantação de infraestruturas e de serviços urbanos compartilhados, na escala Metro.
A estrutura inicial de Toronto, criada em 1.954, era representada por doze municipalidades. Em 1.967 elas foram modificadas, resultando em um arranjo metropolitano de dois níveis de governos – provincial e as seis municipalidades (Greater Toronto Area). Parte das atribuições das atividades de segurança e dos serviços sociais foi transferida para o Metro Toronto. Durante a década de 1.970 os mecanismos de coordenação e de concertação propiciaram importantes investimentos em saneamento básico, ampliação e instalação de empresas, conexão de redes de transporte e comunicação e de mão de obra qualificada.
Modelos históricos para o mundo, para se pensar, e no particular, para o Brasil!
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BRICS Forever
A importante reunião de países membros do BRICS, realizada esta semana em Joanesburgo, África do Sul, sela um marco histórico para o futuro:
A Necessária ampliação do bloco de líderes do Brics formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A necessidade de expansão do número de membros do Brics foi importante tese de defesa do presidente Luís Inácio Lula da Silva, com mais de 40 países já manifestando claro interesse formal em se juntar e participar do bloco. São países da África, da América do Sul, do Caribe e da Ásia, que desejam ter um melhor espaço no cenário mundial político e econômico.
O Irã, Arábia Saudita, Egito, Argentina e Emirados Árabes vem ganhando cada vez mais força entre os pretendentes.
O Presidente Lula enfatizou que “é muito importante a Argentina estar nos Brics. O Brasil não pode fazer política de desenvolvimento industrial sem lembrar que a Argentina tem que crescer junto”.
A 15ª reunião de cúpula dos Brics, realizada esta semana em Joanesburgo, contou com a participação dos presidentes Lula (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul), Xi Jinping (China), e do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participou on line, de forma remota.
Além da excelente ideia e importante necessidade de ampliação dos Brics, seria muito bom o Brasil pensar em ser o grande protagonista de uma agenda global em defesa do desenvolvimento sustentável, do meio ambiente, da bioeconomia, fazendo despertar nos demais países membros do Brics a grande necessidade de juntos levantarem a bandeira, para o bem de todos e felicidade geral da saúde ambiental do mundo, um mundo combalido em graves danos ao meio ambiente, poluição do ar, de rios, mares e oceanos, incêndios florestais, derretimento de geleiras, devastação de florestas, e por aí vai…
O que é BRICS?
BRICS é um termo utilizado para designar o grupo de países de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
É um acrônimo, ou seja, a junção das iniciais de palavras que formam a expressão BRICS.
Seu criador foi o economista britânico Jim O’Neill, do grupo financeiro Goldman Sachs, em 2001. Ele tentava encontrar uma forma de traduzir o crescimento econômico que seria protagonizado naquela década por Brasil, Rússia, Índia e China. Assim, empregou a expressão “BRIC”.
O estudo realizado por Jim O’Neil foi recebido com imensa satisfação nos países que protagonizam o BRIC.
Assim, diante das perspectivas de crescimento e das notas das agências internacionais, os governos do BRIC impulsaram oficialmente a possibilidade de constituição de um bloco entre esses países emergentes.
O BRIC se constituiu em bloco em 2009 e desde então, vários encontros já foram realizados entre esses países.
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Cenários do Amapá tem apoio de Bruno Mineiro e da Deputada Estadual Liliane
A obra CENÁRIOS DO AMAPÁ, de 236 páginas, de autoria deste humilde escriba, Jornalista e Historiador, já está devidamente atualizada no site do Diário do Amapá, Sessão Articulistas, Wellington Silva, bem como no site da Academia Amapaense Maçônica de Letras-AAML, da Secretaria de Planejamento do Amapá e no Grupo de Estudos da Unifap.
A devida atualização foi feita recentemente, de acordo com as novas informações postadas no banco de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE.
O acesso, é gratuito, a qualquer usuário interessado em pesquisar ou desejar conhecer as informações históricas e estatísticas dos 16 municípios do Estado do Amapá, sua população, domicílios, PIB, IDH, Finança Pública, dados sobre educação e saúde, produção, lavouras permanente e temporária, extração vegetal e silvicultura e atividade pecuária.
CENÁRIOS DO AMAPÁ é um trabalho de interesse coletivo, sem fins lucrativos para o autor, construído em uma linguagem simples, acessível a qualquer leitor, à municipalidade, estudantes do ensino médio e fundamental, acadêmicos, professores, historiadores, empresários, comerciantes, investidores, e a comunidade em geral. Ele é fruto da realização de um grande sonho, e resultado de um trabalho pensado para ser concebido como documento permanente de informação e de pesquisa sobre o Estado do Amapá.
Como já citado anteriormente, a fonte de pesquisa, como não poderia deixar de ser, advém do conceituado e mundialmente renomado Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Longos e solitários dias me conduziram a pensar para simplificar e formular a informação em tabelas, selecionar tais informações, inserir números, e a contar com o notável e prestimoso apoio dos designer’s gráficos Adauto Brito e Pedro Velleda, para dar vida a obra, um bom conceito visual, com harmonização de imagens e dados, uma parceria que certamente deu muito certo.
Esta é a quarta edição deste trabalho, que dedico ao povo do Amapá, sempre contando com o apoio e incentivo do Jornalista Luiz Melo, Cap do Sistema Diário de Comunicação, e de Márlio Melo, que cuidadosamente cria e sempre inova no incrível sistema de paginação eletrônica da obra, postado no Diário.
Graças ao Supremo Arquiteto do Universo, este trabalho, de interesse coletivo, repetimos, vem conseguindo obter apoio e incentivo de diversos amapaenses, da Academia Amapaense Maçônica de Letras-AAML, de colegas da Seplan, de professores universitários, e agora de autoridades públicas, entre elas, do Prefeito Bruno Mineiro e da Deputada Estadual Liliane, que não vem medindo esforços para sua impressão/publicação.
Gratidão a todos!
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