Wellington Silva

Os deslizes perceptíveis do Oscar

 

Me parece que o “Senhor Oscar” queria aprontar umas com a gente nos States, a começar por aquele “figuraço” apresentador sem graça com “pintas” de boneco de filme de terror. Seus comentários, de muitíssimo mal gosto, e suas piadinhas ácidas e sem graça deixaram no ar palavras de preconceito com o Brasil e no particular com o cinema brasileiro, leia-se, Ainda Estou Aqui.

Mas, pior que isso foi o comportamento nada ético dos jurados que colocaram o filme “Anora” como a excepcionalidade das excepcionalidades, algo “altamente” fantástico, quando, na realidade, fantástica foi a incrível atuação de Fernanda Montenegro em Ainda Estou Aqui ao interpretar o papel de Eunice Paiva.

Incrível também foi a atuação de Demi More interpretando o papel principal no impactante filme A Substância!

E o que me dizem de Duna com seus vermes, uma dramática e impactante visão surrealista de futuro?

Sinceramente, ficaria muitíssimo mal para o “Senhor Oscar” se por acaso nenhum troféu fosse dado ao filme brasileiro Ainda Estou Aqui.

“Entonces”, se Ainda Estou Aqui ganhou o troféu de Melhor Filme Internacional, porque não ganhar então o de Melhor Filme?

Muitas perguntas ficaram na cabeça de muitos…

O certo é que Ainda Estou Aqui foi record de público em todo o mundo, razão para se criar mais um título ao Oscar:

Melhor Público, ou coisa parecida…

Sob a direção de Walter Salles e produção original do Globoplay, “Ainda estou aqui” é a história da vida real de Eunice Paiva em plena ditadura militar no Brasil.

O drama de Eunice começa exatamente no momento em que agentes da ditadura “convidam” o Deputado Federal Rubens Paiva, seu esposo, (papel muito bem interpretado pelo ator brasileiro Selton Mello) para uma espécie de “entrevista de averiguações”. Ela vislumbra a cena da despedida da porta de sua casa, com o coração apertado, e, desde este dia, nunca mais o viu…

E assim Eunice passa 40 anos de sua vida em uma busca inglória e angustiante como advogada e mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva para tentar descobrir a verdade sobre o paradeiro de seu marido.

Sobre o momento presente que estamos vivendo de radicalismos, de pensamentos e regimes totalitários, Fernanda assim se expressou:

“Enquanto vemos tanto medo no mundo, esse filme nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos difíceis como esses”.

A luta de Eunice Paiva é exatamente a luta de todos aqueles que lutaram e ainda lutam contra o totalitarismo. E o grito, deve ecoar sempre alto e uníssono:

Ainda estamos aqui!!!

 

Hannah Arendt e a banalidade do mal

 

Sem nos darmos conta no tempo e no espaço a gente percebe que boa parte da sociedade mundial aos poucos vai se conformando ou se acostumando com a banalização do mal em todas as suas formas, cores e nuances perversas. Os que por ventura se insurgem contra este mal logo são taxados de loucos, anarquistas e subversivos, por que via de regra a estratégia é exatamente a de desmoralizar e depois esmagar opositores.

 

Obviamente, assim age o movimento bolsonarista no Brasil, o trumpismo nos Estados Unidos da América, Maduro na Venezuela, Putin na Rússia e na Ucrânia e Netanyahu em Israel e Gaza, por exemplo…

 

Eis, senhores, a natureza do pensamento totalitário, qual seja a de total ampliação equalizada e sistemática de sua doutrinação sobre as massas desvalidas e desinformadas.

 

Foi assim com o nazismo na Alemanha, o fascismo na Itália e o franquismo na Espanha!

 

A partir do julgamento do nazista Adolf Eichmann, em 1.961, Hannah Arendt, filósofa e teórica política judaico-alemã, propõe uma séria análise sobre a chamada banalização do mal na sociedade contemporânea.  Em sua avaliação, após observar a frivolidade no depoimento e comportamento de Eichmann, ele afirmando que apenas cumprira com o seu dever, ela concluiu o seguinte:

 

“A maldade não se dá por causa da natureza de caráter ou de personalidade, mas sim pela incapacidade de julgar e conhecer as situações, os fatos, as estruturas e o contexto.”

 

Sempre digo aos amigos e leitores que um bom historiador, assim como um bom advogado, tem a obrigação moral de analisar minuciosamente os fatos pois certamente existe a versão oficial, um lado, o outro lado e os bastidores com novos fatos apresentados. É mister não se deixar levar por influências externas, realizar o estudo comparativo dos fatos e rascunhar seu próprio juízo de valor.

 

A banalização do mal a que Hannah se refere é exatamente a perversa rotina diária de trabalho dos oficiais nazistas. Foi esta cega rotina de cumprimento fiel do dever que fez Eichmann se declarar inocente por diversas vezes dos diversos crimes cometidos.

 

Sua destacada função no Departamento de Segurança de Berlim o tornou grande responsável pela morte de milhares de judeus, ciganos, comunistas, afrodescendentes, gays, lésbicas, crianças autistas e crianças com dificuldades motoras. Ele só foi descoberto em meados dos anos 60 através do serviço de inteligência de Israel, o Mossad, escondido e com identidade falsa na Argentina.

 

É exatamente a partir deste momento de frivolidade nas narrativas de Karl Adolf Eichmann, em seu julgamento em Jerusalém, que Hannah Arendt passa a teorizar sobre a questão da banalização do mal, justamente a pulverização da razão e da coerência do ser humano para dar lugar a bestialidade como algo normal, natural e rotineiro…

 

Hannah nasceu na Alemanha, em 14 de outubro de 1.906. Faleceu em 04 de dezembro de 1.975, aos 69 anos.

 

É autora das notáveis obras:

Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal;
Origens do Totalitarismo: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo;
A Condição Humana.

 

Cupixi, tragédia evitável?

 

Como evitar um desastre ambiental da proporção recentemente ocorrida no Estado do Amapá na área de garimpo localizada na região do Cupixi, município de Porto Grande?

 

O mau exemplo clássico no Brasil continua sendo a famigerada barragem de rejeitos de mineração denominada de “fundão”, localizada no município de Mariana, Minas Gerais, um empreendimento conjunto envolvendo a mineradora Samarco, Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, consideradas as maiores do ramo.

 

Porque a barragem de Mariana rompeu, assim como a do Cupixi, em Porto Grande?

 

No bom português direto ao ponto é o que nós popularmente podemos chamar de “galiqueira”, remendo mal feito, improviso, “arranjo”, obviamente optando-se pela economicidade para não gerar grandes gastos em investimentos necessários de segurança.

 

Eis, senhores, o ponto da questão!

 

Até que ponto a economicidade na segurança da atividade mineral pode sobrepor a saúde da segurança de vida da Mãe Natureza e da comunidade arredores?

 

Esta é a grande pergunta que não quer calar uma vez que até as grandes mineradoras, detentoras de grande capital, por vezes negligenciam a norma primaz de segurança para optar por algo mais barato. Algo que não implique em grandes custos e ignore o risco de uma grande tragédia ambiental.

 

A “galiqueira”, o remendo mal feito, o improviso, somada as fortes pancadas de chuvas, acabaram por provocar fissuras, fendas nas tais barragens de Mariana e agora, do Cupixi, tudo culminando em uma grande desgraça ambiental.

 

Haveria como prever tais desastres ou impedir o pior?

 

A perícia o dirá, no caso específico do Cupixi, mas creio certamente que sim, se houvesse mais cuidado com projetos de improviso, as atividades ilícitas e as absurdas articulações políticas.

 

Desde o Zoneamento Ecológico Econômico-ZEE que venho observando uma pressão do setor de mineração para “liberar geral” a atividade no Amapá, eles sempre com o velho argumento de melhora do PIB, geração de riquezas, etc e tal…

 

A questão de ordem que levantei no ZEE Amapá, em Macapá, no parque de exposições da Expofeira, é que a atividade de mineração pode ser uma boa opção desde que ela traga em seu bojo a boa segurança jurídica e ambiental com evidente retorno social para a comunidade. E bem sabemos que existe um abismo atual entre o ambientalismo cultural e o pensamento predador conservador bolsonarista.

 

O ambientalismo cultural defende a Mãe Natureza e se baseia no conceito da sustentabilidade ambiental através do conservacionismo ou do preservacionismo, dependendo da situação ambiental ou necessidade regulatória. Já o pensamento predador conservador bolsonarista simplesmente defende a exploração dos bens minerais a qualquer custo com o velho argumento de melhora do PIB e de geração de riquezas.

 

Eu sinceramente considero que não se pode falar de mineração sem a construção de um conjunto claro de regras normativas, padrões que devem nortear a atividade para maior segurança da Mãe natureza e da coletividade.

 

Sem isso, estaremos sempre nos deparando com tais desgraças, até que tudo se acabe, ou não!

 

Super Trump, o supremacista, em… Tiros no pé!

 

Anotem bem o que digo, dia e horas:

Mister Trump, “el grandioso” supremacista, dará tiros no pé!

A primeira onda de reação contra a “matraca” giratória de mister Trump foi o inesperado e muito bem aplicado golpe de Jeet Kune Do, estilo Bruce Lee, de parte dos chineses contra as tais Big Techs norte americanas, leia-se Elon Musk e demais associados ao governo “trump post”.

Com o discurso de fazer os “states” novamente grandioso o presidente da maior potência militar e econômica do planeta inesperadamente aparece com uma série de medidas contrárias ao seu discurso de campanha em proteger imigrantes legais. Briga na justiça e tenta a todo custo expulsar trabalhadores latinos e outros imigrantes devidamente documentados, eles que sempre deram movimento econômico ao setor de bens e serviços, ao comércio, hotéis, restaurantes, agricultura e turismo.

Sua tentativa insana em tentar demitir cerca de dois milhões de servidores públicos já foi parar na justiça, acionada por sindicatos!

Qual a alegação d’ele, e de Elon Musk?

Enxugar a máquina pública substituindo o homem pela máquina, sim porque na visão de Trump & Musk a máquina com certeza será programada para dizer sim senhor sem cobrar salário, férias, 13º salário, auxílio creche, auxílio alimentação e por aí vai…

E danem-se os humanos e o desemprego!

Mas, a coisa não para por aí!

Os chamados “tarifaços” de Trump contra produtos de outros países já começam a provocar movimentos de várias nações, como, por exemplo, a delicada questão do aço envolvendo Brasil, Canadá e México.

 

Nesta briga de “cabo de aço”, quem sairá perdendo?

A grande maioria, que detém o produto, a matéria prima, e obviamente são um grupo de interesses em comum, ou o “pastor alemão”?

Eu sinceramente antevejo nos Estados Unidos da América e mundo afora muitas ações judiciais contra o governo supremacista de Donald Trump!

Mundialmente já se desenha forte reação política, jurídica e econômica contra este senhor que parece desconhecer tratados internacionais. Ignora acordos políticos e econômicos históricos entre países e de tabela tenta se apropriar daquilo que politicamente e geograficamente não é seu como é o caso do canal do Panamá e da Groenlândia.

Com certeza, dia vai, dia vem o caso irá parar em corte internacional, como “sói” acontecer com o velho Golfo do México que agora “mister supremo” quer por que quer mudar seu nome para “golfo americano”, o “americanismo trumpista’, por assim dizer!

Eu, na minha pequenez e simplicidade de escritor, de livre pensador e cidadão progressista deste mundo de meu Deus, novamente, me pergunto:

– O que tal criatura tem na cabeça!?

Ele findará seus dias com a marca “indelével” de pior presidente americano!

Será “o cara” que marcará a vida americana e do mundo livre com um festival de absurdos!

Quem viver, verá!

 

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Deponham Maduro!

 

 

“Tigamente” as meninas assim cantavam nas cantigas de roda:

“Quantas laranjas maduras oh! menina, que cor são elas? Elas são, verde e amarelas…”

“Mister” Maduro continua se comportando como uma fruta desprezível, a laranja podre do pomar!

Porque ele age assim!?

Quer somente chamar a atenção para desviar olhares clínicos sobre a grave situação política e social em que vive a Venezuela ou realmente quer provocar um conflito bélico suicida com a Colômbia, Brasil, Guiana Francesa, França, Estados Unidos, e de tabela com toda a força militar da ONU ou da OTAN?

E a gente sinceramente fica se perguntando o que uma pessoa desta natureza tem na cabeça?

Qual será o legado histórico de Maduro para a Venezuela?

Eleições “arranjadas” e fraudadas, soterramento do processo democrático, violência, autoritarismo, isolamento territorial, perseguição e eliminação de opositores, gravíssima crise social e econômica, elevados índices de fome, miséria e êxodo populacional de venezuelanos para o Brasil e países vizinhos.

Eis senhores, o triste legado de Maduro!

Daí honestamente se pode dizer:

“Caracas, pô!

Recentemente o tal “Escudo Bolivariano” movimentou tropas do regime de Maduro na fronteira com o Brasil chegando descaradamente a invadir nosso território!

A tal operação militar, de acordo com o ditador, é para “garantir a paz, a soberania, a liberdade e a verdadeira democracia”.

Para o mundo verdadeiramente livre e democrático a expressão dita pelo ditador soa como uma piada de muito mal gosto e altamente hilária pela sua própria natureza!

Todo mundo sabe e a imprensa livre sabe da inexistência de liberdade e democracia na decadente governança venezuelana.

Para quem conhece história figura como uma aberração usar o nome do Grande Libertador Simon Bolivar na boca e expressões de um regime ditatorial, ele que foi um grande guerreiro em defesa da liberdade, da democracia e fundamentalmente do pensamento progressista.

De resto é a América Latina, o mundo livre e o povo venezuelano gritarem uníssonos, em alto e bom som:

Já chega!

Deponham Maduro!

 

 

Super Trump, o supremacista!

 

Não, por favor, não façam como a mente do “inviajável”, ironizado por Benvindo Cerqueira, e não confundam o super Trump, o supremacista, com a fantástica banda Supertramp, de quem eu sou muito fã!

O “inviajável” não pode ir a “festa do absurdo” de mister Trump, com passaporte cassado, processos, etc e tal…

Muitos não observaram, mas eu observei atentamente que os únicos negros presentes a cerimônia de posse do supremacista Donald Trump, no Capitólio, eram tão somente Kamala Harris e Barak Obama!

Michele Obama não se fez presente à cerimônia!

De resto, o ambiente supremacista ali presente “branqueju” geral!

E quem, em sã consciência neste mundo de meu Deus, faria questão de ir a um evento supremacista desta natureza!?

Eu sinceramente fico me perguntando:

Será que os negros americanos, latinos e imigrantes que votaram no “cara” não se mancam!?

Hillary Clinton não se conteve e deu boas gargalhadas na plateia após ouvir o “grandioso” e “apoteótico” festival de absurdos ditos em alto e bom som por “mister monster”, o 47º presidente eleito dos Estados Unidos da América que certamente marcará a vida da nação americana e do mundo livre com muitas e muitas aberrações…

Seu discurso denota claramente total falta de diplomacia internacional, péssima educação, desrespeito a constituição americana, agressão vil aos direitos humanos e absurdo desrespeito aos tratados internacionais e as tradicionais relações dos Estados Unidos da América com velhos parceiros.

Não sei como acabará este governo, que já começa de forma desastrosa e agressiva, tentando intimidar a tudo e a todos com discursos supremacistas de ódio, de puro separatismo e divisionismo político ideológico.

Só sei o que certamente sei e todo mundo sabe, que Donald Trump não é Deus e muito menos é o dono “Monsenhor” absoluto do mundo!

Unamo-nos, pois uma andorinha só não faz verão, mas muitas, juntas, fazem muito e muito barulho!

É como canta Raul Seixas:

Sonho que se sonha só é só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade!

 

A China que não conhecemos

 

Sobreviver em situações extremas sempre foi uma característica histórica bem típica do povo chinês. Na pré-história, a China foi habitada entre 550 mil a 300 mil anos antes de Cristo pelo Homu erectus, antepassado do Homo Sapiens. A cultura Majiabang, por exemplo, surgiu no sexto milênio a.C. sendo sua principal característica o cultivo do arroz, isso à cerca de 6.500 a.C.

A agricultura chinesa tornou-se bem organizada e intensiva ao longo dos séculos seguintes, especialmente no sul.

Com o aparecimento dos chamados reinos combatentes, no final do século V a.C. houve grandes disputas por controle e poder na China:

Os reinos Quin, Qi, Zhao, Han, Wei, Chu e Yan, e depois as dinastias Ming, Song e Man Chu, sempre envolvidas em massacres ou genocídio de populações para impor o poder pela força.

Tempos mais tarde surge a segunda grande onda cruel da força mongol na China:

Kublai Khan, destinado a realizar o sonho de seu avô, Gengis Khan, de conquistar o território chinês. Em 1.271 Kublai funda a dinastia Yuan e domina os territórios atualmente ocupados pela Mongólia, Tibete, Turquestão Oriental, norte da China e boa parte da China ocidental e algumas áreas adjacentes, assumindo para si o título de Imperador da China.

Em 1.279 as forças Yuan, com o apoio da genialidade de Marco Polo e suas gigantescas catapultas, aniquilam com sucesso a última resistência da dinastia Song meridional. Logo Kublai Khan se torna o primeiro imperador não chinês a conquistar toda a China e o único khan mongol a realizar conquistas bem maiores que seu lendário avô, Gengis Khan.

Após a queda de Napoleão Bonaparte, entre 1.839 e 1.842, com a expansão do poderio naval inglês, somado ao seu poder militar, a China é colonizada pela Inglaterra, mais especificamente Hong Kong, na época considerada a joia do império britânico. Hong Kong só foi devolvida à China no dia 1º de julho de 1.997, após um século e meio de ocupação e aculturação inglesa.

Em 07 de julho de 1937, meados da Segunda Grande Guerra Mundial, o Japão invade a China, controla o país e proíbe terminantemente apresentações de artes marciais, treinamento e fabricação de armas tradicionais chinesas. O Japão impõe um estado de pânico e terror na população e provoca a guerra sino-japonesa que durou até 9 de setembro de 1945, data em que o Japão finalmente se rende aos Aliados, leia-se, americanos.

A partir do dia 1º de outubro de 1949 inicia a chamada onda maoísta (Mao Tse Tung). Logo é proclamada a República Popular da China, resultado de sucessivas lutas entre o campesinato e o Partido Kuomitang, de Chiang Kai-shek. A idealização do socialismo chinês, pensado por Mao, seguiu o modelo soviético. Não demora o poder político de Mao ocupa o Tibet com esmagadora força militar e trava uma luta desigual ao impor a dialética materialista maoísta sobre os conceitos espiritualistas tibetanos, pisoteando assim os milenares ensinamentos de Buda e Confúcio.

Portanto, entender a arquitetura geopolítica atual da China, sua condição ideológica, social e econômica no mundo globalizado é buscar entender seu passado e seu presente.

Atualmente, mudamos nós ou mudou a China ao realizar contratos comerciais importantes com o Brasil e o mundo, sempre inovando em tecnologias, tudo sob a liderança do carismático Xi Jinping, um gentleman no trato da diplomacia internacional desde 15 de novembro de 2012.

Esta é a China que não conhecemos!

 

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Ainda estamos aqui!

 

O Brasil continua em polvorosa!

A merecidíssima indicação da atriz Fernanda Torres ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz em filme de drama, por sua interpretação no papel de Eunice Paiva, no filme brasileiro “Ainda estou aqui”, fez o país vibrar de emoção!

Sob a direção de Walter Salles e produção original do Globoplay, “Ainda estou aqui” é a história da vida real de Eunice Paiva em plena ditadura militar!

O drama de Eunice começa exatamente no momento em que agentes da ditadura “convidam” o Deputado Federal Rubens Paiva, seu esposo, (papel muito bem interpretado pelo ator brasileiro Selton Mello) para uma espécie de “entrevista de averiguações”. Ela vislumbra a cena da despedida da porta de sua casa, com o coração apertado, e, desde este dia, nunca mais o viu…

E assim Eunice passa 40 anos de sua vida em uma busca inglória e angustiante como advogada e mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva para descobrir a verdade sobre o paradeiro de seu marido.

Fernanda Torres, filha da consagrada atriz brasileira Fernanda Montenegro, que é membro da Academia Brasileira de Letras, assim se manifestou em homenagem a sua mãe:

“Quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não têm ideia… Ela estava aqui há 25 anos. Isso é uma prova de que a arte pode permanecer na vida das pessoas, mesmo em momentos difíceis, como os que Eunice Paiva viveu.”

Sobre o momento presente que estamos vivendo de radicalismos e de pensamentos e atos extremistas totalitários, Fernanda assim se expressou:

“Enquanto vemos tanto medo no mundo, esse filme nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos difíceis como esses”.

A atriz fez um merecido agradecimento a Walter Salles, diretor de “Ainda estou aqui” e “Central do Brasil”, e enfatizou em público o seguinte durante o ato de premiação:

“Que história, Walter!”

Formado em engenharia, Rubens Paiva foi eleito deputado federal em 1.962 pelo Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB. Após o golpe militar de 1.964, tem seu mandato cassado e se autoexila do Brasil, por medidas de segurança. Ao retornar ao país volta a exercer a atividade de engenharia e a cuidar de seus negócios, procurando também manter acesa a luta pelo processo de redemocratização nacional.

Em 1.971 agentes da ditadura prendem Rubens Paiva e entre 20 e 22 de janeiro de 1.971 ele é torturado e morto nas dependências de um quartel militar. Ano depois seu corpo é enterrado e desenterrado diversas vezes por agentes da repressão e depois jogado ao mar, em 1.973, na costa da cidade do Rio de Janeiro.

Eunice Paiva lutou bravamente durante longos anos para responsabilizar o estado brasileiro pela morte de seu esposo, uma brutalidade bestial e covarde praticada por um regime eminentemente totalitário.

A luta de Eunice Paiva é exatamente a luta de todos aqueles que lutaram e ainda lutam contra o totalitarismo. E o grito deve sempre ecoar uníssono:

Ainda estamos aqui!

 

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Uma vergonha histórica

 

O Brasil começa a virar as negras páginas da vergonha histórica por que   está passando perante a comunidade internacional após o famigerado movimento de tentativa de golpe de estado, deflagrado em 08 de janeiro de 2023!

 

Através da imprensa nacional e internacional aos poucos a sociedade brasileira e mundial vão se dando conta da minuciosa orquestração do manual de planejamento golpista bolsonarista, inclusive com ações programadas de atentados terroristas.

 

Pelas declarações visíveis e risíveis de militares e de autoridades palacianas fica evidente nos áudios e vídeos a clara intenção do golpe de estado, evidências corroboradas com “arroubos” absolutistas totalitários, da tentativa de tomada de poder com o uso da força bélica.

 

A participação direta de autoridades, religiosos, militares e parlamentares bolsonaristas no 08 de janeiro, tanto no quesito mobilização das massas como nas fontes de financiamento, deixa óbvio nos autos que realmente houve uma clara e consciente intenção de agitação subversiva com intenção de tentar subverter a ordem legal constituída e assim sorrateiramente burlar o estado democrático de direito. O passo seguinte, houvesse sucesso no ato, seria uma espécie de “reedição moderna” do AI-5 editado pelos militares golpistas do dia 13 de dezembro de 1.968.

 

Resumo da ópera:

O movimento golpista extrapolou o extrapolado, tendo como grande ato final atos & fatos minuciosamente comprovados, quer seja em documentos, depoimentos ou áudios, com todos agora respondendo na justiça!

Volto a repetir que a democracia brasileira muito deve a três importantes e valorosos brasileiros:

Ao Ministro do STF Alexandre de Moraes, ao general de Exército Marco Antônio Freire Gomes e ao Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior. O primeiro, Ministro Alexandre de Moraes, que se valeu do arcabouço jurídico constitucional e da jurisprudência do Código Civil Brasileiro para imediatamente fazer valer o restabelecimento da ordem e fortalecer nossos históricos e verdadeiros valores democráticos. O segundo, o ex-Comandante de Exército General Freire Gomes, que ameaçou dar voz de prisão ao presidente caso houvesse insistência na possibilidade do golpe de estado, procurando assegurar de maneira firme a sua postura democrática, legalista e constitucionalista. O terceiro e último, o ex-Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Baptista Júnior, que em harmonia e consonância com Freire Gomes se mostrou totalmente oposto ao ato golpista, também assegurando de maneira firme a sua postura democrática, legalista e constitucionalista, ato natural na postura de um bom militar.

O tempo, os fatos, a história dirão e farão jus…

De resto é lamentar tão triste aventura política golpista envolvendo militares de alta patente das Forças Armadas do Brasil, fato já consagrado e consignado como grande vergonha histórica nacional!

O pior de tudo são as evidências de tentativa de assassinato contra o Presidente Lula, Vice-Presidente Geraldo Alkmin e Ministro Alexandre de Moraes, tudo na intenção de deixar o país sem comando!

É como diz o jornalista Boris Casoy:

“Isto é uma vergonha”!

 

Um pouco de crédito a Jawlani

 

O grande líder da revolução síria, Abu Mohammed al-Jawlani, vem ultimamente chamando a atenção da imprensa e das autoridades internacionais quando fala sobre o novo governo que se pretende instalar naquela região.

 

Quem pensava encontrar algo pior que Bashar-al Assad acabou pré-julgando uma personalidade até então quase completamente desconhecida do mundo.

 

As narrativas de Jawlani à CNN mostram um homem cansado de conflitos, do horror da guerra, e muito disposto a unir seu povo em torno de um governo de coalizão de lideranças. Assisti integralmente sua entrevista e sinceramente o que vi foi um revolucionário e intelectual muito inteligente disposto a tudo para libertar seu povo da tirania cruel do governo de Bahar-al Assad, o que de fato conseguiu, e muito rapidamente, se mostrando um grande estrategista.

 

Na verdade, a derrubada do governo de Bashar-al Assad foi um inteligente movimento de pinças, e muito bem arquitetado, sem muito derramamento de sangue!

 

Sempre muito centrado em seus propósitos, a tranquilidade e serenidade das falas de Jawlani contrastam com outras lideranças que por décadas já estávamos acostumados a ver aos gritos e berros.

 

Ao que se vê, pelo menos em suas falas o propósito é exatamente o de união nacional para a reconstrução da Síria!

 

Para quem não sabe, em 2016 a Al-Nusra definitivamente rompeu com a Al-Qaeda e mudou de nome. Assim surgiu o HTS, Hayat Tahir al-Sham, que se fundiu com outras facções, em 2017. Depois, o HTS conseguiu consolidar seu espaço de poder nas províncias de Idlib e Aleppo, derrotando seus rivais, inclusive comandos e grupos da Al-Qaeda e do Estado Islâmico.

 

Hoje, o chamado Governo de Salvação Sírio pretende administrar o território seguindo a lei islâmica.

 

Em entrevista à CNN Jawlani declarou que planeja criar um governo baseado em instituições e um “conselho escolhido pelo povo”.

 

Esperamos que assim seja!